Tenaris cai 5,14% para 15,51 euros após suspensão com queda teórica de 7,65%. O grupo sofre com os números decepcionantes da concorrente francesa Vallourec, que fechou o segundo trimestre com lucro negativo de 11%, para 112 milhões de euros, devido ao aumento dos custos das matérias-primas.
No entanto, para Elizabeth Collins, analista da Morningstar, a Tenaris tem uma vantagem competitiva inquestionável em relação aos demais players e se caracteriza pela oferta de produtos com alto valor agregado. Os resultados do segundo trimestre do grupo Dalmine serão divulgados no dia 4 de agosto e depois veremos se terá os mesmos problemas do concorrente francês.
Mas também há a frente argentina, que após meses de tensão acaba de terminar com um 1 a 0 para Christina Kirchner, presidente do país sul-americano. A Siderar, ligada à Tenaris por meio da Techint, teve de fato que abrir espaço no conselho de administração sob pressão do governo para 3 representantes executivos.
Os homens de Kirchner representam a Anses, a instituição nacional de seguros que possui 25,9% da Siderar. Apesar da forte presença accionista, a Anses tinha até então conseguido colocar apenas um representante no conselho de administração por força de uma lei que proibia as entidades políticas de exercerem direitos de voto superiores a 5% do capital. A lei foi então eliminada por decreto, mas a Siderar travou um cabo de guerra, provocando a descida para o campo do argentino Consob. É o outro lado da internacionalização.