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Bocconi: "Fazendo negócios com redes sociais". Casos de sucesso e o potencial italiano

O fenômeno da Internet das Coisas vai se tornar um negócio estimado pela Cisco em 15 trilhões de dólares (atualmente apenas 1% das coisas estão conectadas) participativo – Em 2014 a web vai ultrapassar a imprensa em investimentos publicitários.

Bocconi: "Fazendo negócios com redes sociais". Casos de sucesso e o potencial italiano

Os casos agora são diferentes: de Ovo de Creme Cadbury (espécie de Kinder ovo inglês), que por divulgar o produto mais no Facebook do que na televisão o tornou mais legal e mais vendido; para Jimmy Choo que organizou uma caça ao tesouro em Londres via Facebook e Twitter que rendeu um aumento de 35% nas vendas nos seis meses seguintes. Do desfile virtual de Louis Vuitton sempre no FB a Marc Jacobs que distribuiu crachás para quem localizou a loja no FourSquare; ou ainda ao envolvimento ativo dos consumidores por Fanta, Pringles, Água Vitaminada e Tesco, que deixam os próprios usuários escolherem o design do produto e a campanha publicitária.

Ou ao mesmo Facebook, progenitor das redes sociais e co-organizador em Bocconi da conferência sobre o tema "Fazer negócios com redes sociais", que com seus 1,19 bilhões de usuários ativos mensais em todo o mundo liderou esta revolução e agora está na vanguarda (também através do lançamento de seu próprio smartphone) na posterior conversão para celular. Desde que, como ele disse Nicola Mendelsohn, vice-presidente da EMEA no Facebook, na abertura das obras da universidade milanesa, “o mobiliário ultrapassou a TV e o rádio em penetração, mas não só. Já existem mais celulares no mundo do que escovas de dente: de quase 7 bilhões de habitantes, mais de 5 têm celular, enquanto apenas 4,2 têm escova de dente!”. Para ser exato, cerca de 1 cidadão em 5 (1,4 bilhão) tem um smartphone real, enquanto 1 em 15 (500 milhões) possui um tablet, cuja difusão, no entanto, está crescendo 5 vezes mais rápido que a de "mobile smart ".

Mas como tudo isso, definido "Internet das Coisas", está se tornando um negócios avaliados pela Cisco em US$ 15 trilhões em capacidade total (atualmente apenas 1% das coisas estão conectadas)? Em primeiro lugar porque a abordagem mudou: não há mais ações judiciais por uso indevido da marca na internet, mas sim o envolvimento do usuário e do consumidor na embalagem e difusão da própria marca. vamos chamá-lo crowdsourcing ou co-desenvolvimento, o fato é que o cliente, na era das redes sociais, tem mais do que nunca razão: seu poder de marketing está crescendo cada vez mais porque, como observado Roberto Pedretti, gerente nacional Itália Nielsen, "passamos de uma abordagem unidirecional (vendedor/comprador) para uma abordagem participativa, então agora para escolher um produto você olha primeiro os comentários de outros clientes do que o site oficial da empresa".

“A abordagem hierárquica é um bumerangue – confirma Emanuela Prandelli da SDA Bocconi -: já está estabelecido que o boca a boca é decisivo na escolha de compra, pelo que cada vez mais as marcas apostam no o envolvimento do cliente e na viralização porque o que interessa não é só atingir o potencial comprador mas também o formador de opinião do momento na respetiva rede social, que pode influenciar a escolha dos outros”. A viralização que depois também tende a traduzir-se em resultados eficazes, através do fenómeno da compras sociais: os fãs de uma página do Facebook em 2010 gastaram uma média de US$ 136 cada para um ou mais produtos na página de fãs, agora, em vez disso, eles gastam 174 cada, 43% a mais que os não fãs e acima de tudo 75% deles compartilham a experiência positiva com aquela marca online.

Pela primeira vez, a Itália está bem posicionada neste fenômeno: dos mais de um bilhão de usuários ativos no Facebook todos os meses, 10 milhões por dia vêm da Itália, onde penetração de smartphones de acordo com dados da Nielsen está a par dos melhores países, atingindo 62% da população (nos EUA é de 64%). Não só isso: de setembro de 2012 até este ano houve +35% de conexões via smartphone, e até +160% via tablet, o que também explica o enorme potencial e a aproximação dos iPads e afins no share de e- commerce, que ascendeu a 3 milhões, contra 4,1 milhões de compradores online via telemóvel e 6,2 milhões via PC.

Em suma, a conectividade está crescendo: sempre de acordo com a Nielsen, quase 40 milhões de italianos se conectam à internet pelo menos uma vez por trimestre, dos quais 21 milhões de smartphones e 6 milhões de tablets, com acesso à rede que tem melhorado de forma generalizada desde 2010, com por exemplo mais 40% na zona Sul e Ilhas, mais 50% entre a classe trabalhadora, mais 64% entre os reformados. Agora todos estão conectados, cada vez mais e mais e mais dentro do vasto ecossistema das redes sociais, que vão desde o networking puro como o Facebook, Google Plus e LinkedIn, até o compartilhamento via Youtube e Pinterest, até a simples publicação compartilhada através, por exemplo, do Twitter e do Instagram. Afinal, um estudo feito pela Nielsen com o público do Reino Unido, mas facilmente aplicável também na Itália, constatou que a utilização média diária do smartphone é de 83,5 minutos, dos quais apenas 7 em chamadas telefónicas contra os 24 passados ​​no Facebook ou outras redes sociais e 52 noutras aplicações, muitas vezes jogos.

Os aplicativos interessam menos aos negócios corporativos, mas certamente estão contribuindo para a próxima grande ultrapassagem, indicativa da importância cada vez maior da internet e do mobile no circuito econômico: em 2014, segundo estimativas do instituto Nielsen, a internet ultrapassará a imprensa e será a segunda mídia a atrair investimentos publicitários. Em primeiro lugar está a TV atemporal (embora nos EUA mais da metade dos entrevistados declare que mexe no smartphone enquanto assiste) com 51% da participação de mercado, depois a web com 19% e a imprensa, que também voltou a crescer, com 18%. Na retaguarda está o rádio com 4%. O futuro da publicidade, comunicação corporativa, comércio eletrônico e marketing está, portanto, cada vez mais entre as chaves de um smartphone. Ou ainda mais na tela sensível ao toque de um tablet.

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