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ECB-ESM, proposta italiana: compra automática de títulos quando o spread voa

Quando o spread dos vários países ultrapassar um certo limiar de alarme, poderá ser desencadeada a compra automática de títulos do governo pelo BCE ou o novo ESM - Esta é a proposta italiana sobre a qual a Europa está discutindo hoje.

ECB-ESM, proposta italiana: compra automática de títulos quando o spread voa

Torná-lo oficial acalmar as compras do BCE ou do novo fundo de resgate ESM no mercado secundário de títulos nacionais quando o spread dos vários países excede um certo limite de alarme. Essa é a ideia que está sendo discutida na "grande negociação" europeia para lidar com a crise do mercado financeiro. Isso foi confirmado pelo ministro italiano de Políticas Comunitárias Enzo, Moavero Milanesi: "É uma reflexão em curso que envolve governos e bancos centrais - disse -, é apenas uma ideia, ainda não existe uma proposta definitiva de mecanismo". 

O facto de o assunto estar a ser discutido nestes dias decisivos de preparação para a cimeira da UE no final do mês não significa que seja aceite ou que permaneça entre as opções possíveis para os próximos anos. De qualquer forma, nos próximos dias a ideia deve se materializar em algo escrito que começará a circular pelas capitais. Segundo o ministro, ainda não podemos falar de um plano definido, mas apenas de hipóteses ainda em formação. 

“O problema é como lidar com a divergência nos spreads dos títulos de alguns países em dificuldade em relação aos títulos alemães dentro da união monetária – explicou Moavero Milanesi -. A ideia é de um mecanismo de intervenção que seja acionado quando o fosso entre os spreads se alargar excessivamente com fortes repercussões” nos Estados. A proposta foi elaborada pela Itália e as conversas sobre ela começaram bilateralmente, em primeiro lugar com os encontros ítalo-franceses nos mais altos níveis.

No entanto, uma grelha de valores dispersos para além da qual se verificaria a intervenção europeia poria em causa um princípio básico (aliás escrito no Tratado da UE): a independência do Banco Central Europeu.

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