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Banco da Itália: a renda familiar em 2012 caiu mais de 2,5%. Istat: salários +1,5% em outubro

Quinto ano consecutivo de redução – A crise de crédito se agrava, as hipotecas caem até meados de 2013 – Istat: índice de salários contratuais por hora +0,2% em outubro em relação ao mês anterior, +1,5% na comparação anual.

Banco da Itália: a renda familiar em 2012 caiu mais de 2,5%. Istat: salários +1,5% em outubro

Este ano a renda das famílias italianas cairá mais de 2,5%. Uma queda maior do que a registrada durante a recessão de 2009. O vice-diretor do Banco da Itália, Salvatore Rossi, fez soar o alarme, falando na conferência "Crédito a crédito" organizada pela Abi-Assofin.

“Para as famílias italianas estamos no quinto ano de redução da renda real, que já havia caído 2008% entre 2011 e 5 – disse Rossi -. Este ano há uma queda ainda mais acentuada do que a queda de 2,5% ocorrida durante a recessão de 2009”. As famílias, portanto, “redimensionam ou adiam a compra de casas e bens de consumo duráveis ​​e, consequentemente, reduzem a procura de empréstimos bancários. Estes, por sua vez, são induzidos a conter a dinâmica do crédito ofertado. A avaliação dos clientes torna-se mais selectiva, de forma a reduzir o risco dos empréstimos”.

ISTAT: SALÁRIOS DE OUTUBRO +0,2% NO MÊS, +1,5% NO ANO

De acordo com os últimos dados do Istat, em outubro o índice de salários contratuais por hora registrou um aumento de 0,2% em relação ao mês anterior e de 1,5% em relação a outubro de 2011. Na média do período janeiro-outubro de 2012 o índice cresceu 1,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. 

Quanto aos principais macrossetores, a remuneração por hora contratada em outubro registrou aumento tendencial de 2,1% para os empregados do setor privado e variação nula para os da administração pública.

Os setores que apresentam maior tendência de alta em outubro são: serviços de água e coleta de lixo (3,0%), eletricidade e gás (2,9%), têxtil, vestuário e beneficiamento de couro (2,8%). Por outro lado, nenhuma variação foi registrada para telecomunicações e todos os setores da administração pública.

BANKITALIA: A FORÇA DO CRÉDITO É PIOR PARA AS FAMÍLIAS

O crédito às famílias, “depois de um longo período de forte expansão, apresenta sinais de dificuldade – explicou Rossi -. Os empréstimos existentes estão se contraindo, embora lentamente, e os novos desembolsos são muito menores do que em anos anteriores. A desaceleração dos empréstimos às famílias italianas acentuou-se. A tendência finalmente se tornou negativa no terceiro trimestre deste ano, quando o total de empréstimos (excluindo inadimplência) caiu 1% em relação ao ano anterior”.

HIPOTECAS EM BAIXO ATÉ MEADOS DE 2013

Ainda de acordo com as estimativas do Banco de Itália, “a quebra das hipotecas imobiliárias vai continuar nos próximos meses, pelo menos até meados de 2013 – sublinhou Rossi -, apesar das taxas de juro historicamente baixas. A TAEG do novo crédito à habitação está próxima dos 4%, um nível não muito diferente do verificado na primeira parte da década passada, quando o crédito para aquisição de habitação crescia a um ritmo muito acelerado”.

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