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Bancos e seguradoras testam dividendos, há leilão de BTPs

Wall Street corre nas asas da esperança por novos medicamentos anti-Covid19 – Indústria chinesa reinicia – Trump e Putin consultam sobre petróleo – O vírus está desacelerando na Itália – Dividendos só em outubro?

Bancos e seguradoras testam dividendos, há leilão de BTPs

A propagação do vírus na Itália está diminuindo, mas as notícias que chegam dos laboratórios da China e dos EUA estão alimentando o otimismo cauteloso nos mercados.

O índice PMI sobre as expectativas dos gerentes de compras de empresas manufatureiras chinesas voltou a dar sinais de expansão em março, tendo subido para 53, ante a mínima recorde do mês passado, quando caiu para 35,7. Ainda não é o regresso à normalidade, mas a indústria recuperou o dinamismo. O consumo, impulsionado pelos vales do governo (descontos em tudo, até em carros), seguirá.

ABBOTT E JOHNSON & JOHNSON AUMENTAM A ESPERANÇA

Dois anúncios chocaram Wall Street: a gigante farmacêutica Johnson & Johnson (+8%) deu sinal verde para testar uma vacina contra a Covid-19 em pacientes. Washington contribuirá com um bilhão de dólares para a droga, que poderá estar pronta no início de 2021 graças ao acelerador desenvolvido pela fundação Melinda e Bill Gates. Enquanto isso, a Abbott (+7%) anunciou o lançamento de um kit ultrarrápido para diagnosticar o vírus: em cinco minutos é possível ter uma resposta inicial resumida, 13 minutos para ter o resultado definitivo.

Enquanto aguarda a liberação, o vírus continua atacando: os tempos de fechamento das cidades estão ficando cada vez mais longos em todos os lugares, da Itália aos EUA. A Rússia também está se adaptando à emergência. E, acima de tudo, o número de vítimas está aumentando. Mas as bolsas já estão olhando além.

XANGAI SOBE, S&P 500 INDEX dispara

Esta manhã, o CSI 300 das listas de Xangai e Shenzen ganhou 0,5%, o Hang Seng de Hong Kong 1%, o Kospi de Seul 1,5%. O Nikkei de Tóquio perde 0,6%. O Japão já definiu a nova data para as Olimpíadas: o início está marcado para 23 de julho de 2021.

Grande animação nos mercados americanos, quarta alta nas últimas cinco sessões: o Dow Jones subiu ontem 3,19%, o S&P 500 +3,35%, o Nasdaq +3,62%. Destaques Microsoft (+7%).

O dólar, geralmente pouco valorizado face às outras moedas de referência, aprecia-se face ao iene japonês, desvaloriza-se face ao yuan chinês e está muito próximo dos máximos históricos face ao rand sul-africano: a dívida da maior economia africana foi rebaixada na sexta-feira de Moody's para o lixo.

CONSULTA DE TRUMP E PUTIN SOBRE PETRÓLEO

O petróleo Brent se recuperou fracamente para 23 dólares o barril, +1%, de -8,7% ontem. À noite, Donald Trump e Vladimir Putin falaram por telefone sobre iniciativas capazes de estabilizar o mercado de petróleo, onde o superávit gerado pelo colapso da demanda está empurrando para baixo os preços do petróleo bruto armazenado.

Euro caiu para 1,102 em relação ao dólar. Na próxima terça-feira, os ministros das finanças do Eurogrupo buscarão um acordo para romper o impasse dos Coronabonds que não venceram a oposição da Alemanha e da Holanda. Será procurada uma solução para a captação de liquidez através de um mecanismo cruzado com o Banco Europeu de Investimento.

LEILÃO DE LONGO PRAZO (8,75 BILHÕES) EM ANDAMENTO HOJE

O Tesouro italiano concluirá a rodada de leilões de fim de mês hoje. Serão oferecidos BTPs de 5 anos, 10 anos, CCTEUs e BTPs off-the-run de 8,5 anos. A quantidade total de emissões (8,75 bilhões) não supera o ofertado ao final de janeiro (XNUMX bilhões), confirmando o ritmo sustentado, mas não exagerado, com que o Tesouro segue sua trajetória de compras.

QUADRADO DE NEGÓCIOS SALTA NA FINAL

Ontem as bolsas europeias, em território negativo na primeira parte da sessão, começaram a subir na onda de notícias vindas do exterior. A situação do mercado de títulos é bem mais complicada, onde o BCE teve que intervir com fortes compras em BTPs.

A Piazza Affari (+0,3%) subiu na última meia hora, após uma sessão incerta, fechando a 16,872 pontos base.

FRANKFURT +1,9%. A LICENÇA DE SAÚDE ESTÁ A CAMINHO

Frankfurt é mais tonificada (+1,9%). No Helmholtz Center for Infection Research em Braunschweig, eles estão trabalhando em um projeto de teste em massa, 100 por dia, para verificar a presença dos anticorpos certos para serem imunes ao vírus. E volte ao trabalho.

Paris +0,62% apesar do abrandamento da atividade bancária, pressionada pela perspetiva de adiamento dos cupões. Bnp Paribas perde 5,44%, Soc Gen -5,06%.

SACOS, ZURIQUE CONQUISTA MADRID

Fora da zona euro, Londres esteve bem (+1,17%. A melhor foi Zurique (+2,27%), a pior foi Madrid (-1,74%). Bolsa: a Euronext retirou-se, deixando o campo aberto à oferta da Six (2,8 mil milhões de euros).

O SPREAD ACIMA DE 200. LEILÃO BTP HOJE

A yield da BTP piora para 1,48%, (+16 pontos base) após ultrapassar o patamar de 1,5%. O spread aumentou para 202 pontos base. O Bund é negociado a -0,53% (-5 pontos base).

À tarde, foi deserta a reabertura do leilão do Bot de seis meses na sexta-feira, oferecido a especialistas por mais 700 milhões.

CUPONS SÓ EM OUTUBRO? INTESA E UNICRÉDITO SOFREM

As tensões no spread, mas ainda mais a recomendação do BCE de adiar dividendos pelo menos até outubro, pesaram sobre o setor de crédito. Uma recomendação semelhante poderia ser feita em seguro do IVASS.

Intesa Sanpaolo (-6%) disse que a reunião do conselho de administração de hoje tratará do adiamento do dividendo. A Unicredit (-7%) comunicou que colocou em standby o plano de remuneração dos associados.

Mediobanca (-3,62%), Banco Bpm (-3,58%) e Ubi (-2,92%) também caíram. Mps (-0,27%) e Bper (-0,04%) pouco movimentaram.

Descontos mais contidos para poupanças geridas: Banca Generali (-0,4%) e Banca Mediolanum (-4,9%) adiaram a distribuição do cupão nas contas de 2019.

As ações farmacêuticas também brilharam em Milão. Alarga a Diasorin (+8%), uma das poucas ações que registam uma valorização para 2020. A Recordati também está a correr (+7,65%).

JUVENTUS MARCA GOLS, STM TAMBÉM

O título da Juventus está a todo vapor (+5,07%) após o acordo com os jogadores e com o técnico Maurizio Sarri no redução de taxas, um acordo que vai poupar à empresa 90 milhões de euros. Roma (+3,8%) e Lazio (+3,8%) avançam na sequência.

Stm (+5%), relançada pela Nasdaq, e as utilities contribuem para sustentar o mercado, aproveitando a queda do custo do dinheiro: Enel +3,7%, precedida pela Italgas (+6,3%), A2A (+5,95%), Snam (+5,3%) e Hera (+4,79%).

BREMBO SWENDS, NOVO BAQUE DE ATLANTIA

Dia ruim para a indústria automotiva: Fiat Chrysler perde terreno (-2,6%); forte desaceleração da Brembo (-7,64%). Cnh Industrial (-2,80%) falha na tentativa de rebote da manhã.

A Atlantia volta a figurar entre as piores da lista (-7,5%).

FERRAGAMO IN RED, TOD'S NÃO PAGA O CUPOM

Sob a ótica dos analistas do setor de luxo. Perdas pesadas para Ferragamo (-2,71%), em que Jefferies reduziu a recomendação de hold para underperform, com um preço-alvo de 12,5 para 11 euros. Rating neutro em vez de Goldman Sachs, que reduziu o preço-alvo de 16,8 para 13,5 euros.

Brunello Cucinelli está em baixa (-2,77% a 26 euros), pelo que a Jefferies cortou a recomendação de buy to hold, com o preço-alvo a cair de 32 para 30 euros.

A Tod's decidiu não distribuir dividendos. O presidente e o vice-presidente, Diego e Andrea Della Valle, decidiram renunciar às suas taxas para o exercício financeiro de 2020.

GRUPO GIGLIO (+9,6%) DANÇA DE MÁSCARA

Destaque para o Grupo Giglio (+9,63%). A Banca Imi confirmou a compra da empresa de e-commerce, com um preço-alvo de 3,3 euros e um potencial de valorização de 50%. O estudo expressa uma avaliação positiva do modelo de negócios da empresa, que em pouco tempo conseguiu converter algumas plataformas para a compra e venda de máscaras, úteis para combater a epidemia de Covid-19 graças às suas fortes raízes na China.

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