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Votos, Pisapia e De Magistris vencem

O desafio para os órgãos administrativos, especialmente nas capitais da Lombardia e da Campânia, terá fortes repercussões a nível nacional. Em Milão, Giuliano Pisapia vence com dez pontos de vantagem sobre Letizia Moratti. Nápoles: triunfo De Magistris, 65% dos votos. Reversão também em Cagliari, Trieste e Novara. Comparado ao primeiro turno, comparecimento caiu doze pontos para 6

Votos, Pisapia e De Magistris vencem

Giuliano Pisapia é prefeito de Milão, enquanto Luigi de Magistris ganha o município de Nápoles. Este é o resultado dos desafios mais esperados do segundo turno das gestões.

Giuliano Pisapia está à frente de Letizia Moratti, 55% contra 45%. Pela primeira vez desde 1993 que a centro-esquerda conquistou as chaves do Palazzo Marino. O sucesso de De Magistris em Nápoles superou todas as expectativas: 65% para o candidato do IDV, enquanto Lettieri do PDL recua do primeiro turno e se fixa em 34%. A esquerda afasta Cagliari da direita pela primeira vez desde a introdução da eleição direta de prefeitos: Zedda supera o candidato de centro-direita Fantola com 59%. Trieste muda de mãos, com Cosolino de centro-esquerda com 57%. Em Varese, a centro-direita prevalece com 54%, enquanto Novara muda de lado e o candidato do Partido Democrático prevalece com 53%. Em contraste Rovigo, onde o novo prefeito é eleito pelo PDL com 50,5% dos votos e Cosenza. 
A centro-esquerda também vence em Grosseto, Crotone, Rimini, Pordenone. Nas eleições provinciais, reconfirmou-se em Trieste e Mântua, enquanto conquistava Pavia e Macerata, onde o Partido Democrata havia forjado uma aliança inédita com a UDC. A centro-direita impõe-se em Vercelli e conquista Reggio Calabria.
Do ponto de vista da geografia política, o dado mais interessante deste turno eleitoral é o sucesso da centro-esquerda em áreas onde historicamente não foi forte. O voto de Milan e Cagliari constitui um unico nos 18 anos de eleições diretas dos municípios mas não é a única novidade. 
De particular importância, os resultados eleitorais no interior milanês: a coalizão se afirmou na província de Milão em Rho, San Giuliano e Cassano d'Adda. Em Brianza, a esquerda leva Limbiate, Desio e Arcore, onde reside o primeiro-ministro Berlusconi. A queda de Gallarate, na província de Varese, foi perturbadora: um resultado que pode criar alerta na base da Liga Norte. No vizinho Piemonte, destacam-se as inversões de Novara e Domodossola.

As urnas encerraram às 15h de hoje: o foco está nos dois desafios politicamente mais relevantes, Milão e Nápoles. Na capital lombarda, o candidato de centro-esquerda Giuliano Pisapia tinha clara vantagem no primeiro turno há duas semanas, com 48% dos votos, contra 41,6% da prefeita cessante, Letizia Moratti. Enquanto em Nápoles, Gianni Lettieri (PDL) obteve 37,5%, seguido por Luigi de Magistris (IDV) com 27,5% (mas no segundo turno de Magistris conta com o apoio do Pd, cujo candidato parou em 19%).

A participação em declínio acentuado, em toda a Itália, em comparação com duas semanas atrás. Às 15h desta segunda-feira, 60,28% haviam votado, contra 72,26% no primeiro turno. Participação abaixo da média nacional em Nápoles (os eleitores foram 50,5%, contra 60,3%), enquanto em Milão a situação foi na contramão: no fechamento das urnas, 67,3% dos votantes tinham direito, substancialmente igual a 67,5% em 15 de maio. 

A votação ocorreu em 88 municípios, 13 dos quais eram capitais provinciais: Milão, Novara, Varese, Rovigo, Rimini, Grosseto, Nápoles, Cosenza, Crotone, Trieste, Pordenone, Cagliari e Iglesias. A votação também diz respeito a 6 administrações provinciais: Vercelli, Mântua, Pavia, Trieste, Macerata e Reggio Calabria. Na Sicília, a votação ocorre no primeiro turno em 27 municípios (a única capital sendo Ragusa).

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