Os australianos do Fundo Macquerie conhecem bem a Itália, onde já estão presentes em empresas de energia, e têm o ex-presidente da Enel e Tim, Fulvio Conti, como conselheiro para o nosso país. Talvez seja por isso que há dias eles estão refletindo sobre a possibilidade de entrar em campo para a Autostrade per l'Italia (Aspi). Mesmo que o enigma das concessões, tarifas e estruturas acionárias da empresa do grupo Atlantia dos Benettons os torne cautelosos e ainda não os tenha levado a dissolver suas reservas. Mas há uma pista que deixa claro que a Macquerie, especializada em investimentos em infraestrutura, é séria e está no fato de ter contratado recentemente um consultor excepcional para a operação da Autostrade como o ex-banqueiro do Goldman Sachs e ex-presidente da Cassa Depositi e Prestiti (Cdp), Claudio Costamagna.
Os australianos não têm a menor intenção de almejar o controle da Autostrade com as complicações políticas que isso acarretaria e, em vez disso, gostariam de uma participação minoritária qualificada, desde que o CDP estivesse no jogo com eles: é também por isso que eles pediram a Costamagna para dar-lhes uma mão.
Segundo o que escreveu esta manhã "la Repubblica" ao lado de Macquerie, o Fundo F2i também poderia entrar em campo, mas o tempo está se esgotando e dentro do mês se entenderá se haverá ou não um ponto de inflexão para a Autostrade, com ou sem o austríacos.
