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Apple dá a cobrança a Wall Street e ao dólar

A Apple vai repatriar 38 bilhões em 2018 – Bolsa de Valores de Tóquio em seu nível mais alto desde 1991 O Dow Jones atinge 26 pontos, boom da indústria – superestrelas da Boeing e da IBM, Goldman Sachs decepciona, queda da Ford e da Ge – S&P: Itália à frente, mas precisamos de continuidade – Bancos, nada aconteceu na reunião com a supervisão do BCE.

Apple dá a cobrança a Wall Street e ao dólar

A Big Apple enfeitiçou os mercados. Ontem, o CEO da Apple, Tim Cook, anunciou que, graças a uma série de novos investimentos e gastos planejados com fornecedores e grupos industriais americanos (estimados em 55 bilhões de dólares em 2018), a gigante do iPhone espera dar uma contribuição direta aos EUA economia "mais de 350 bilhões de dólares nos próximos cinco anos".

A APPLE VAI REPATRIAR 38 BILHÕES EM 2018

Cook revelou que a empresa sediada em Cupertino (“já é o maior contribuinte dos Estados Unidos hoje”) trará 38 bilhões de dólares de volta aos Estados este ano após a reforma tributária desejada por Donald Trump. O CEO da Apple, que vai criar 20 novos empregos altamente especializados (e bem remunerados), explica assim a decisão, a mais importante da história das autoridades fiscais (não só nos EUA): "A Apple é uma história de sucesso que só poderia acontecer na América… Acreditamos fortemente na engenhosidade americana e estamos nos concentrando em áreas onde mais empregos podem ser criados”.

Até uma das empresas mais hostis à filosofia do presidente começa a colaborar de forma formidável com os planos de Trump.

JAPÃO NO MAIS ALTO DESDE 1991

O vento altista que soprava de Wall Street empurrou os mercados asiáticos, aguardando a divulgação dos dados do PIB chinês de 2017. A bolsa japonesa, também favorecida pela valorização do dólar frente ao iene, segue em alta: índice Nikkei +0,3%, no maior nível desde 1991.

As bolsas de valores da China estão em alta. Hong Kong +0,2%, índice CSI 300 +0,3%. Acima de tudo, os bancos estão em destaque, depois que o escritório central de estatísticas de Pequim comunicou dados reconfortantes sobre o mercado imobiliário: os preços das casas subiram no mês passado em 57 das 70 principais cidades do país.

A Bolsa de Valores de Taipei subiu 0,8%, a de Seul 0,3%, a de Mumbai 1%.

THE DOW JONES PITCHES 26 MIL PONTOS, BOOM DA INDÚSTRIA

Novos recordes para os mercados dos EUA. Ontem o índice Dow Jones “quebrou” a barreira dos 26 pontos no fechamento: +1,25%, para 26.115,65. Também subiram o S&P 500 (+0,94%) e o Nasdaq (+1,03%).

O dólar recupera, valorizando-se face às principais congéneres da Ásia e face ao euro moveu-se pouco em 1,220.

Os dados da produção industrial foram melhores do que o esperado: em dezembro o crescimento foi de 0,9%, ante -0,1% em novembro. O Livro Bege do Federal Reserve sinalizou que a economia está crescendo entre “modesto” e “moderado”. Nos 12 distritos houve um ligeiro aumento salarial, uma novidade, face às edições de 2017.

RENDIMENTOS EM BOND, BOEING E IBM SUPERSTAR FLY

Os sinais de recuperação da inflação não passaram despercebidos. O rendimento do Treasury Bill de 10 anos caiu para 2,58%, um nível não visto desde março. A bienal subiu para 2,04%, a maior desde 2007.

Várias ideias na lista: Boeing +4,7%, também impulsionada pela joint venture com a Adient, líder na produção de assentos para aeronaves.

Em evidência IBM (+2,9%): pendente de contas, o Barclays elevou sua classificação para sobreponderação. Os semicondutores também lideram o rali: Intel +2,6%, Texas Instruments +2,7%.

GOLDMAN SACHS DESAPONTA, BAQUE DE FORD E GE

Decepções não faltaram: o Goldman Sachs -1,9%, também devido aos encargos financeiros iniciais ligados à reforma tributária, fechou no vermelho pela primeira vez desde 2011. Houve forte queda nas receitas com negociação de títulos. O Bank of America também caiu pelo mesmo motivo (-0,2%).

Ford mergulha (-7%) após contas decepcionantes. Outra queda seguida pela General Electric (-4,7%). O CEO John Flannery falou da possibilidade de dividir a sociedade, quase um anátema para aqueles que pregaram a palavra de integração nos últimos vinte anos.

O petróleo Brent está pouco movimentado, perto do limiar dos 70 dólares, o crude do Mar do Norte é negociado a 69,5 dólares o barril. Na Piazza Affari Saipem (-0,9%), Eni (-0,4%).

NOVO BANHO DE SANGUE PARA BITCOIN

Não para o deslizamento de terra do bitcoin, no dia em que fecham os primeiros contratos futuros assinados em Chicago. A criptomoeda ainda caiu abaixo do limite de 10 dólares e depois se recuperou para 10.900, com uma queda de 48% em relação ao máximo. Esses colapsos não são novidade: em 2011, o Bitcoin havia perdido 93% em apenas cinco meses.

EUROPA, ÚNICO LOCAL DE NEGÓCIOS NÃO ESTÁ EM VERMELHO

O debate sobre o momento e os métodos da saída da zona do euro do BCE está esquentando, do qual, por enquanto, depende a força do euro. Neste contexto, apesar do clima político cada vez mais quente, a Bolsa italiana fecha, ainda que ligeiramente, em terreno positivo.

O índice Ftse Mib fechou a sessão próximo da paridade em 23.514 (+0.08%). Vendas em outros mercados europeus: Frankfurt -0,47%; Madri -0,44%; Paris -0,36%; Londres -0,39%.

A incerteza sobre o resultado das próximas eleições não deve pesar muito sobre a economia italiana, que há tempos não passava por uma fase tão favorável; o importante é não nos afastarmos das recentes reformas estruturais. Essa é a visão da S&P menos de dois meses após a votação política no país.

S&P: ITÁLIA AVANÇA, MAS CONTINUIDADE É NECESSÁRIA

Durante a conferência de imprensa para apresentar as perspetivas para 2018, o economista-chefe para a EMEA da agência de rating S&P, Jean-Michel Six, afirmou: "Desde que sou economista houve eleições em Itália, sempre incertas... sempre continuou a avançar, talvez mais lentamente do que em outros países, mas continuou”. O country manager da S&P, Roberto Paciotti, também falou sobre o tema das eleições, explicando que “a questão fundamental é ter continuidade”.

Por outro lado, o spread entre as obrigações italianas e alemãs a dez anos aumentou fortemente: +3,25%, na área dos 150 pontos base, com a yield do Btp 10 a situar-se nos 1,99%. O tom do debate uma semana antes da diretoria do BCE marcou a sessão.

Atendendo às solicitações dos falcões, o número dois do BCE, Victor Constancio, quis insistir na força do euro que não vem acompanhada da recuperação da inflação. É a falta de aceleração dos preços ao consumidor, declarou o banqueiro central, que torna necessário que o banco central continue com a política monetária expansionista.

BANCOS, NADA FEITO EM REUNIÃO COM A SUPERVISÃO DO BCE

Dia de discussão entre banqueiros italianos e Danièle Nouy, ​​responsável pela Supervisão do BCE, sobre o tema do crédito malparado. O resultado, à primeira vista, foi decepcionante: todos permaneceram em seus cargos diante da formulação do aditivo de diretrizes prevista para março próximo.

O resultado da cúpula interina foi óbvio e não afetou a sessão: a cesta dos bancos italianos fechou em +0,46% melhor que o Stoxx do setor. Excetuam-se os ex-Popolari, os mais sensíveis à questão dos créditos malparados: Bper deixa 1,95% no chão, Banco Bpm -1,09%, Ubi -0,55%. Por outro lado, os grandes nomes estão em alta: Unicredit +0,99%, à frente do Intesa (+0,46%). No Mediobanca (+0,31%). O Morgan Stanley reiterou a recomendação Overweight ajustando o preço-alvo de 11,50 euros para 11,40 euros.

A corrida pelo FinecoBank continua (+0,42%): Banca Imi confirmou a opinião de espera, com um preço-alvo de 8,3 euros para a ação após o Italian Equity Roadshow da Borsa Italiana em Londres. O azimute se estabiliza (-0,3%).

Entre as seguradoras, a Generali subiu à tarde (-0,82%) no fechamento. O Mediobanca confirmou o rating Neutro, no entanto empurrando o preço-alvo para 17 euros de 16,0 euros idêntico ao definido pelo Ubs, que tem um rating mais otimista: Comprar. Em vez disso, o Mediobanca reforçou sua visão positiva sobre a Unipol, elevando o preço-alvo de € 4,90 para € 4,88, confirmando a recomendação Outperform. Desde o início do ano, a ação acumula valorização de 11%.

MONCLER NO TOPO, LEONARDO ACORDA

Moncler melhor título da lista principal com uma subida de 3,14% para 26,24 euros, a um passo do recente recorde histórico de 26,58 euros.

Leonardo ganhou 1,81% depois que a SocGen melhorou seu julgamento para "comprar" de "manter" com uma meta de 12 meses em 14 euros, afirmando que o desconto em relação aos concorrentes diminuirá à medida que o mercado ganhar confiança na nova equipe de gerenciamento. O grupo vai aprovar e apresentar o novo plano industrial no próximo dia 30 de janeiro.

Fiat Chrysler terminou com alta de 0,43%. Segundo a Acea, associação de fabricantes de automóveis, a Europa 2017 fechou com alta de 3,3% nas matrículas. As vendas estão em alta em todos os principais mercados, exceto no Reino Unido. O grupo FCA vendeu 1.044.714 automóveis em 2017 na Europa dos 28 mais EFTA, com um aumento de 5,2% face a 2016. A quota passou de 6,6 para 6,7%.

No setor das utilities, destacou-se o A2A (+1,35%): a Banca Imi confirmou o rating add e o preço-alvo de 1,8 euros.

TELECOM ITALIA, JV COM VIVENDI COMEÇA NOVAMENTE

Telecom Italia (-1,63%). ontem o processo de a criação da joint venture com o Canal Plus, grupo Vivendi, aplicando o procedimento com partes relacionadas de maior relevância, portanto em linha com as indicações do conselho fiscal e da Consob.

Recordati perdeu 1,27% depois que o Credit Suisse cortou sua classificação para "underperform" de "neutral" com uma meta estável de 38,6 euros. A Pirelli caiu 1,39%.

TRÊS ESTRELAS EM VOO: TECHNOGYM, FILA E IMA

Technogym (+3,6%) marca um novo recorde histórico com 9,60 euros. A empresa será a fornecedora oficial dos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang. Esta é a sétima experiência olímpica do grupo desde Sydney 2000.

Fila (+2%) também fechou em novo máximo de 20,85 euros. O estoque está de volta após três anos consecutivos de alta (+45% em 2017). A Exane anunciou que iniciou a cobertura das ações com um julgamento de compra Outperform e um preço-alvo de 23 euros. De acordo com analistas franceses, a ação é negociada com desconto em comparação com seus concorrentes no múltiplo Ev/Ebit 2018-2019.

Assento brilhante para Ima (+2% a 72,65 euros). A Banca Imi anunciou que iniciou a cobertura com uma recomendação Add (acumular) e um preço alvo de 81 euros que oferece uma reavaliação de cerca de 10% no papel.

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