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Ainda hoje Wiggins vacila, mas no final chega com Nibali

Em Florença, vitória solitária para o russo Belkov. Crolla Hesjedal: o vencedor do Giro 2012 está agora 3'11” atrás da camisa rosa ainda nos ombros do Shark. dia de descanso amanha

Ainda hoje Wiggins vacila, mas no final chega com Nibali

A chuva continua a molhar o Giro enquanto o psicodrama de Bradley Wiggins continua: mas na verdade é só culpa do tempo que o campeão inglês neste Giro está fazendo um esforço terrível para manter as rodas de Nibali, Gesink, Evans, Scarponi mal está lá uma descida um tanto técnica? As dúvidas sobre a posse do campeão crescem a cada dia. Ainda hoje, descendo de Vallombrosa em direção a Pontassieve, o Team Sky teve que chamar todos os seus homens para ficarem perto de Wiggo que, bem visível graças à sua capa azul para se proteger do aguaceiro, foi rapidamente perdendo terreno do grupo de Nibali até acusar, curva após curba, atraso de mais de um minuto no fundo do vale.

Com a ajuda de Uran e Henao, o britânico conseguiu na parte plana alcançar o grupo de seus rivais que, felizmente para ele, nem pareciam dispostos a atirar até a morte para culpar o vencedor do Tour: não é justo play, Nibali dirá honestamente na linha de chegada que não percebeu a ausência de Wiggins na luta. Que, já no Grande Prêmio de montanha seguinte, voltou a perder o contato com as melhores rodas. Só um pouco, mas mesmo na subida, o inglês deu a impressão de não ter os melhores dias.

Assim, os pontos de interrogação, dado também o decepcionante contra-relógio em Saltara, se acumulam sobre o homem que foi derrotado no início do Giro. Talvez tenha sido superestimado após uma campanha promocional que culminou nas Olimpíadas de Londres? Dúvidas alimentadas pela lembrança dos momentos de sofrimento sofridos por Wiggins, ainda no último Tour triunfante para ele, toda vez que seu companheiro, Chris Froome, forçava o ritmo nos Alpes e Pirineus. Como todos bem se lembram, o chefe de equipa da equipa inglesa até interveio para travar o “ala” que estava demasiado atrevido para os ritmos do capitão.

No final, correu bem para ele na meta em Florença: porque hoje Wiggins, apesar de ter lutado mais do que deveria, salvou-se evitando agravar a sua classificação, chegando atrás do grupo de Nibali mas com o mesmo tempo no camisa rosa. Isso não quer dizer que amanhã, em seu dia de folga, Sir Bradley terá que fazer um exame de consciência e se perguntar se com esse estado de espírito sob seus calcanhares, com os olhos cheios de desânimo como se tivesse descoberto de repente uma profissão com riscos desconhecidos, vale a pena continuar um Giro que a partir de terça-feira será cada vez mais difícil para ele. Depois de amanhã já está agendada a totalmente nova subida ao Alpe di Montasio após o cume de Cason di Lanza, outra novidade da prova rosa, com desníveis superiores a 20%. Nibali poderia infligir um golpe mortal nos Wiggins vistos até agora sem esperar pelo Galibier ou pelo Stelvio.

Na etapa dedicada à memória de Gino Bartali, as vicissitudes dos grandes pilotos no topo da classificação não devem fazer esquecer o sucesso de Maxim Belkov, russo da Movistar radicado em Prato, autor de uma corajosa fuga que levou na descida de Vallombrosa e terminou no cenário majestoso da Piazza Michelangelo. Nos lugares de honra dois colombianos Betancur e Pantano te distanciaram por 45” e 46” do primeiro, Betancur, que – esquecendo que Belkov estava à frente – levantou as mãos para o céu convencido de que havia vencido. O grupo dos melhores foi comandado por Cadel Evans a 1'03” do vencedor. Neste grupo esteve Wiggins nas últimas posições, mas não Ryder Hesjedal, vencedor do último Giro, que chegou com uma diferença de cerca de dois minutos para o melhor. Já o canadense, já subjugado no contra-relógio de ontem, está a 3'11” de Nibali, cada vez mais com a camisa rosa.

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