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Está acontecendo o Talento das Ideias 2011, concurso para empresários iniciantes

A nova edição do concurso promovido pelos Jovens Empresários da Confindustria e o grupo Unicredit apresentou em Santa Margherita Ligure – Morelli: “Não somos crianças grandes” – Piccini: “Foco na internacionalização” – Três casos de sucesso: Techlab Works, Win e fubles

Está acontecendo o Talento das Ideias 2011, concurso para empresários iniciantes

“Não é verdade que a nossa é uma geração de bebês grandes”. Com estas palavras Jacopo Morelli, presidente dos Jovens Empreendedores da Confindustria, lançou a segunda edição do “Talento das ideias”, concurso nacional promovido em colaboração com o grupo Unicredit.

Estarão concorrendo jovens entre 18 e 40 anos que desejam transformar suas intuições em empresas capazes de se firmar no mercado. Alguns de seus projetos ainda não foram realizados, outros acabaram de se tornar realidade. A iniciativa – apresentada esta manhã em Santa Margherita Ligure – visa demonstrar que, apesar da crise, abrir um negócio não é impossível.

“Todos os dias lemos dados não muito animadores – disse Morelli ao FIRSTonline sobre o que foi anunciado ontem pela Viale dell'Astronomia sobre a produção industrial italiana -. Mas nós, jovens, vamos lutar para remover esses obstáculos”. O Talento das Ideias “é um projeto único na Europa e um bom sinal para a Itália. Também porque são criados mais empregos com start-ups do que com empresas existentes”.

O mecanismo do concurso é simples: para cada uma das sete áreas geográficas identificadas no país, as três melhores propostas de negócio serão premiadas com financiamento personalizado e um programa de formação master. Os três vencedores nacionais também receberão um prêmio em dinheiro e poderão acessar um programa de mentoria-tutoria gerenciado pela Unicredit. “Vamos colocar os nossos contactos com fundos de private equity à disposição destes jovens – disse ao FIRSTonline Gabriele Piccini, Country chair Itália da Unicredit – e, na medida do possível, vamos apoiá-los também do ponto de vista financeiro”.

Segundo Piccini, “boas ideias nascem todos os dias: por isso só em 2010 apoiámos cerca de 24 start-ups, desembolsando 2,3 mil milhões de euros, ou seja, 13% do crédito total”. A Unicredit “está presente em 22 países e deve contribuir significativamente para a internacionalização das empresas, realizando encontros na área e dando-lhes apoio e em alguns casos até formação”.

Exemplos de sucesso são três das empresas que venceram a primeira edição da competição localmente. Vamos começar com a Techlab Works, uma empresa que desenvolve e comercializa tecnologias de vídeo para gerenciamento de dados clínicos e segurança corporativa. Entre as várias funções, seus sistemas de computador são capazes de registrar as imagens de uma operação na sala de cirurgia, para depois armazená-las no prontuário do paciente. A empresa foi fundada em 2008 por iniciativa de três engenheiros com menos de 30 anos e hoje emprega oito pessoas.

A Win (Wireless Integrated Network), que produz sistemas para monitoramento remoto de pacientes, também atua no setor médico. Fundada em março de 2009, a empresa é um spin-off da Scuola Superiore Sant'Anna. Para se ter uma ideia do crescimento da empresa, basta pensar que em todo o ano de 2010 as receitas ascenderam a 68 euros, enquanto em abril de 2011 atingiram os 200. No mesmo período, o número de funcionários passou de 4 para 12 e a patente foi estendida aos EUA e países do Bric.

Uma realidade diferente, mas não menos tecnológica, é a da rede social Fubles.com. É uma comunidade online que fornece aos membros uma plataforma para organizar partidas de futebol e outros esportes. As reuniões acontecem naturalmente no mundo real: são cerca de 500 por mês e envolvem mais de 25 pessoas. Também neste caso os pais da iniciativa são engenheiros recém-formados, com idade média de 25 anos. Até à data são 35 membros, 1.100 equipas e mais de 1.500 centros desportivos registados. Alguns credores investiram recentemente uns bons 300 euros em Fubles. O aplicativo para iPhone foi lançado e em breve chegará uma nova versão do site para o mercado mundial.

São empresas que conseguiram, mas para quem está entrando no mercado hoje existem muitos obstáculos. “Antes de tudo, é preciso ter a capacidade de trilhar o caminho da inovação – explicou Piccini -, não apenas no nível da start-up; depois há o desafio do crescimento, porque as nossas empresas são muito pequenas; finalmente a internacionalização, já que o consumo interno não está crescendo. Devemos afirmar o made in Italy: nossa atenção deve estar voltada para isso”.

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