Ataque repentino dos pilotos da Air Berlin. Pelo menos 70 voos da segunda maior companhia aérea alemã depois da Lufthansa foram cancelados na manhã de terça-feira, 12 de setembro, em protesto contra a Etihad. A gigante de Abu Dhabi, maior acionista da Air Berlin, retirou o apoio financeiro da companhia aérea de baixo custo, jogando-a em crise. Segundo o Bild, as negociações para a transferência de aproximadamente 1.200 funcionários da Air Berlin para o possível comprador teriam parado. Daí o protesto.
O transtorno já afetou 70 mil passageiros, ainda que o balanço final só seja possível no final do dia. Várias conexões internas importantes foram perdidas, como as de e para Berlim, Dusseldorf, Hamburgo, bem como Munique, Palma de Maiorca, Zurique, Estocolmo e Viena.
Para manter os aviões voando e garantir o retorno dos viajantes alemães em férias, o governo alemão garantiu um empréstimo provisório de 15 milhões em 150 de agosto. No início de setembro, a operação recebeu o OK do EU Antitrust. Mas o CEO da Ryanair, Michael O'Leary, denunciou um suposto acordo entre a Lufthansa e o governo alemão para a venda da Air Berlin.
Segundo afirmou o CEO da Air Berlin em entrevista ao Bild am Sonntag, haveria "mais de 10" interessados na compra, "incluindo muitas companhias aéreas".
