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Avião abatido na Ucrânia, Israel invade Gaza: medo também nos mercados

Crises internacionais assustam as bolsas – Tóquio em baixa, Wall Street sofre a pior perda desde 10 de abril – Bolsas europeias no vermelho ontem e hoje – EUA: Microsoft anuncia cortes, boas contas do Google – Mediobanca: Bolloré sobe – Telefonica desacelera Telecom, Classificação da Gtech em baixa – Rumores alemães são bons para a Fiat – Efeito da Rússia pesa sobre Enel e Eni.

Avião abatido na Ucrânia, Israel invade Gaza: medo também nos mercados

Prima Avião da Malaysia Airlines com 295 pessoas a bordo abatido no céu da Ucrânia na fronteira com a Rússia, então a ofensiva terrestre israelense em Gaza. As crises internacionais, há muito afastadas dos mercados, irromperam no cenário financeiro sem, no entanto, provocar reações dramáticas: o ataque é considerado, por enquanto, um gesto isolado. 

Tóquio fecha com queda de pouco mais de 1%. O balanço da semana é ligeiramente positivo. Wall Street, já nervosa com as sanções contra a Rússia, em poucos minutos registrou ontem a maior perda desde o último dia 10 de abril: Dow Jones -0,94%, S&P -1,14%. O Nasdaq caiu 1,41%. Final em vermelho escuro também para as listas de preços europeias: Paris -1,21%, Frankfurt -1,07%, Londres -0,68%. Madrid perde 1,17%. A Piazza Affari, que caiu nas etapas finais, perdeu 2,21%.

O euro vale 1,3526 em relação ao dólar esta manhã. O ouro com vencimento em agosto saltou US$ 17,1, ou 1,3%, para US$ 1.316,9 a onça. O petróleo fechou em alta de 1,81%, a US$ 103,03 o barril. 

Os títulos do Tesouro também estavam em alta com o rendimento de 2,465 anos (que se move inversamente aos preços) caindo para 10%. Durante o dia, o BTP de 2,77 anos foi negociado com rendimento de 2,82%, de 1,16%. O spread moveu-se pouco porque o rendimento do Bund alemão também caiu, em XNUMX%, apenas um fio do seu mínimo histórico. 

MICROSOFT ANUNCIA 18 MIL CORTES. BOAS CONTAS DO GOOGLE

Diante do choque do ataque nos céus, as muitas novidades da Corporate America ficam em segundo plano. A Microsoft +1% anunciou a demissão de 18 funcionários, representando 14% da força de trabalho, principalmente na subsidiária Nokia.

Google avança, +1% na negociação pós-troca. À noite, a empresa anunciou suas contas trimestrais: receita de 15,96 bilhões (contra 15,61 bilhões esperados), lucro de 3,42 bilhões (3,23 bilhões há um ano). Os cliques dos clientes em ofertas pagas cresceram 25%.

As receitas e lucros da IBM foram melhores do que o esperado, mas as ações caíram 0,6%. Mesmo destino para o Morgan Stanley: -0,62%, apesar de um lucro líquido mais que dobrar para 94 centavos por ação, receita de 8,6 bilhões.

MEDIOBANCA, SALT BOLLORE'

Os bancos destacam-se entre os setores mais sacrificados (Stoxx europeu do setor -0,9%). A queda do Banco Espírito Santo voltou a cair na Bolsa de Lisboa (-6,5%): a Standard&Poor's reviu o rating do banco para B- e confirmou o outlook negativo. Na Piazza Affari, os grandes perdem as chances: Unicredit e Intesa deixam 1,9% no chão. Monte Paschi -2,3%.

Mediobanca perde 2,2%. o conselho extinguiu os três grandes grupos de acionistas que compõem o acordo de acionistas do banco, tornando mais leve a estrutura do acordo. O pacto voltará a se reunir no dia 29 de setembro para elaborar as listas de candidatos à nova diretoria, enquanto no dia 17 de setembro a diretoria fará a reunião sobre o orçamento. Vincent Bolloré aumentou sua participação no capital do instituto Piazzetta Cuccia de 6,4% para 7,01% As novas regras do acordo prevêem que Unicredit e o grupo Bolloré, respectivamente primeiro e segundo acionista, designarão os dois vice-presidentes.

Pop.Milan -2,2%, Banco Popolare -2,5%. Generali cai 1,6% apesar da nova recomendação positiva (Overweight) do JP Morgan. 

TELEFONE FREIOS TELECOM. QUEDA DE CLASSIFICAÇÃO DA GTECH

Pesando para baixo no índice, houve uma forte reviravolta de algumas ações antes da alta de quarta-feira. A Telecom Italia, já protagonista de um salto de 7,5% na véspera, recuou ontem 3,4%, também como reação ao anúncio de que a Telefonica, principal acionista com 14,8%, lançou uma operação para reduzir sua participação para 9 %. Equita (rating de compra e preço-alvo a 1,05 euros confirmados) sublinhou que a descida da Telefonica foi ditada pela necessidade de cumprir as disposições do Antitruste brasileiro (sob pena da obrigação de abrir o capital da Vivo) e não inspirada por considerações estratégicas ou oportunidades financeiras.

Mediaset perde acessos, -2%. A GTech ficou estável (-0,2%) após o grande salto (+4%) após o anúncio da maxi aquisição nos Estados Unidos, a fabricante de caça-níqueis Igt. A Standard & Poor's rebaixou o rating corporativo da empresa italiana para 'BBB-' de 'BBB' e seu rating de curto prazo para 'A-3' de 'A-2'. Kepler confirma a compra, mas reduz o preço-alvo de 23 para 26,5 euros. A corretora destaca o endividamento, que chegará a 6,7 ​​bilhões de euros no final de 2016. O aumento do lucro por ação só ocorrerá daqui a dois anos, quando o efeito das sinergias prevalecerá sobre os custos de reestruturação.

RUMORES ALEMÃES SÃO BONS PARA A FIAT

Um dia de grande turbulência para a Fiat que fecha a +2% depois de ter atingido uma subida de 5% na sequência dos rumores de um jornal alemão segundo o qual a Volkswagen iniciou negociações com a família Agnelli para adquirir a totalidade do grupo Fiat-Chrysler. A Exor, holding da família Agnelli, sobe 0,9%: um porta-voz da Exor negou, um comunicado da Volkswagen diz que o grupo atualmente não tem planos de fazer aquisições. 

A Pirelli perde 0,9%, apesar do Credit Suisse ter iniciado o hedge com uma recomendação positiva de Outperform. Entre os industriais, Finmeccanica -0,4%, StM -0,8%, Prysmian -1,3%, Tenaris -1,5%. 

O EFEITO DA RÚSSIA PESOU NA ENEL E NA ENI

Dia negro para o Estado Grande, penalizado por estreitas relações comerciais com a Rússia. Recuo da Enel (-1,9%) e da Eni (-1,1%) após os aumentos de ontem. Ambos os grupos têm relações comerciais com empresas russas e as novas sanções devem pesar nos negócios. 

No luxo, continua a recuperação da Yoox (+4,6%), na onda da opinião positiva de JP Morgan. Brunello Cucinelli (+1,20%) fechou os primeiros seis meses do ano com receitas de 175,8 milhões de euros, um aumento de 11,6% em relação aos 157,6 milhões do mesmo período do ano passado. Tod's -2,3%, Ferragamo -2,2%, Moncler +0,1%. 

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