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Acordo grego: que efeitos para a Itália. E agora os receios por Portugal

ADVISE ONLY, o blog de consultoria financeira online, explica quais cenários podem se abrir na zona do euro após o acordo do governo grego sobre medidas de austeridade – Quais serão os efeitos em nosso país de uma queda no spread Btp-Bund? – Portugal: haverá um efeito dominó positivo ou Lisboa está em maior risco do que antes?

Acordo grego: que efeitos para a Itália. E agora os receios por Portugal

O governo interino de Lucas Papademos finalmente assinou o acordo com os demais líderes políticos da Grécia, essencial para receber a segunda onda de ajuda (de 130 bilhões de euros) e evitar a inadimplência. No entanto, a Troika (UE, BCE e FMI) ainda não parece segura em entregar o pacote de resgate ao país grego. Ontem o Eurogrupo adiou a decisão de conceder ajuda para a próxima semana por falta de garantias suficientes sobre as medidas de austeridade decididas pelo executivo Papademos. No entanto, se não fosse o acordo grego, pelo efeito Monti o spread inverteu a sua tendência e continua a diminuir.

Espalhar – A redação do Aconselhar apenas elaborou um gráfico (mais exatamente um “infográfico”), o que explica o reações que partem de um abaixamento da propagação entre o BTP de XNUMX anos, um título do governo italiano, e sua contraparte alemã, o Bund. Isso envolveria um circulo virtuoso o que traria benefícios para toda a Zona Euro. Existem dois efeitos imediatos de um hipotético estreitamento do gap Btp-Bund. Em primeiro lugar, os mercados financeiros estão ganhando mais confiança na Itália e isso faria com que o spread continuasse diminuindo. Além disso, os juros que o Estado italiano tem de pagar sobre a dívida diminuem. Portanto, aumentam os fundos públicos disponíveis para o governo e que, se investidos corretamente (por exemplo, em pesquisa e desenvolvimento), podem levar ao crescimento econômico da Itália. Com o aumento do PIB, a relação dívida/PIB diminui e isso leva novamente a uma maior confiança dos mercados financeiros em relação ao nosso país. Essa é a teoria, mas na prática o diferencial só diminui se as condições forem adequadas e, se por enquanto o governo Monti parece estar fazendo o seu trabalho, ainda é cedo para dizer.

Portugal - A manobra do BCE (LTRO em 3 anos) parece ter confiança do investidor restaurada sobre as compras de títulos de países periféricos. Para todos, exceto Portugal. A principal razão que torna o país lusitano tão pouco atractivo prende-se com as expectativas de um forte recessão no corrente ano para a economia, com as dificuldades associadas para que o governo não consiga obter financiamento de mercado Próximo ano. O mercado parece confiante numa participação privada na dívida portuguesa (“Private Sector Involvment”), o crescimento das taxas dos títulos públicos portugueses a 10 anos parece não parar (a dívida portuguesa parece ser negociada da mesma forma que a grega ) pelo menos até quando o “caso da Grécia” não será resolvido e não haverá clareza sobre como lidar com o “gap” financeiro que paira sobre as finanças de Portugal. A Advise apenas elaborou um gráfico (ver imagem) que permite comparar as yields das obrigações do Tesouro portuguesas a 9 anos e as suas homólogas gregas com um intervalo temporal de XNUMX meses.

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