As grandes manobras nos vouchers continuam. Após as palavras do ministro do Trabalho, Giuliano Poletti, que na quarta-feira anunciou fortes restrições à passagem de empresas, as discussões continuaram entre os técnicos do Palazzo Chigi e o ministério para encontrar uma posição comum sobre o assunto. Os tempos não devem ser longos, uma vez que a apresentação da proposta de lei unificada está prevista na Comissão do Trabalho na Câmara no dia 8 de março (embora não esteja excluído o recurso ao decreto-lei mais rápido).
A proposta final do Governo poderá evitar o referendo promovido pela CGIL (que pede a anulação total da legislação laboral acessória), para o qual ainda não foi marcada data. A secretária Susanna Camusso, no entanto, destaca que a decisão do governo "deve ser consistente com a questão do referendo".
De acordo com os últimos rumores, aqui estão os principais pontos da reforma do voucher:
1) Os vales-trabalho voltarão a ser utilizados quase exclusivamente pelas famílias para o pagamento de serviços pontuais (o conceito de "ocasional" foi cancelado em 2013 pelo ex-ministro Enrico Giovannini).
2) Como resultado, as empresas não poderão mais usar vouchers. Este é um retrocesso total em relação à liberalização realizada em 2012 pela reforma Fornero.
3) No entanto, certas categorias de empresas podem ser excluídas da proibição, como aquelas sem funcionários nos setores de comércio, turismo e artesanato.
4) Outras derrogações devem dizer respeito à agricultura, especialmente no que se refere à vindima e à colheita sazonal.
5) O teto máximo de renda que pode ser recebido com vales deve permanecer em 7 euros, mas parte da maioria cairá para 5, como era antes da Lei do Emprego.