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UE: acordo sobre defesa, mas nada sobre migrantes

O Conselho Europeu marcou uma viragem histórica na cooperação em Defesa e na luta contra o terrorismo, através da criação de dois fundos - No entanto, a Itália continua isolada dos migrantes, ainda que Juncker prometa: "Roma pode contar com a solidariedade europeia".

UE: acordo sobre defesa, mas nada sobre migrantes

Os dirigentes europeus "acordaram estabelecer cooperação para a defesa: é um passo histórico", anunciou o Presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, precisando que os chamados PESCO (cooperação estruturada permanente) na defesa europeia "têm a ambição de serem inclusive" para o qual todos os Estados membros são convidados a participar e que "dentro de três meses" devem ser apresentadas as listas de compromissos para projetos de capacidades militares e de cooperação "no terreno".

O acordo histórico ocorreu durante o Conselho Europeu de Bruxelas, onde os líderes dos 28 também chegaram a um acordo para aprofundar os esforços contra os 'combatentes estrangeiros' e para cooperar mais estreitamente com as indústrias online, disse Tusk novamente, segundo o qual "o terrorismo continua sendo uma grande ameaça ". "Pedimos aos meios de comunicação - acrescentou - que façam todo o possível para desenvolver ferramentas para identificar e remover automaticamente o conteúdo" relacionado ao jihadismo.

No que diz respeito aos migrantes, porém, nada foi feito e a Itália não recebeu apoio particular, embora o primeiro-ministro Paolo Gentiloni, entrando na pré-cúpula do PSE, antes do Conselho Europeu, tenha dito que no dossiê dos migrantes "é necessário tanto de um ponto de vista econômico que as escolhas políticas são um compromisso maior, é preciso reconhecer que a comissão e o presidente Jean-Claude Juncker estão cientes desse compromisso. Espero que se traduza num refinanciamento de fundos para África, que a comissão vai promover”. A Itália pode "continuar a contar com a solidariedade europeia" na frente da crise migratória, disse Juncker durante a reunião bilateral, que, no entanto, não foi seguida de decisões oficiais.

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