Em teoria, basta passar a mão sobre o mouse e mover um dedo, mas aparentemente não é um gesto óbvio. Existe uma grande diferença entre olhar e clicar, a ponto de bem 6 em cada 10 links compartilhados no Twitter nunca foram abertos. Isso é apoiado por um estudo conjunto da Universidade de Columbia em conjunto com a Microsoft Research, o Instituto Nacional Francês de Pesquisa em Ciência da Computação e Automação e outros laboratórios em Sophia-Antipolis, o Vale do Silício transalpino entre Nice e Cannes.
Resumindo, o Twitter se esconde dentro de um cemitério feito de milhões e milhões de URLs copiadas, coladas e nunca usadas. O que isto significa? Que em mais da metade dos casos (59%) os usuários apenas lêem os títulos dos posts e constroem suas próprias opiniões com base nessas poucas linhas. É evidente que, nessas condições, a proliferação de boatos e informações de má qualidade é muito mais simples.
“As pessoas parecem mais dispostas a compartilhar um artigo do que a lê-lo – explicou um dos autores do estudo, Arnaud Legout – é típico do consumo moderno de informação. As pessoas formam uma opinião com base nos resumos, ou no resumo dos resumos, sem fazer nenhum esforço para aprofundar”.
