A partir das três da manhã, hora italiana, será encenado o primeiro debate televisionado entre os dois candidatos à presidência dos Estados Unidos: o republicano Donald Trump e o democrata Joe Biden.
O confronto acontecerá em Cleveland, Ohio, e seguirá uma série de regras inéditas na história dos encontros presenciais americanos: Covid exige evitar aperto de mão (embora, quatro anos atrás, Trump ainda evitasse apertar a mão de Hillary Clinton).
O chamado nem sequer está previsto declaração de abertura: o discurso de abertura que deixou os candidatos à vontade.
No entanto, respeitar as distâncias de segurança permitirá aos dois candidatos e ao moderador Chris Wallace ignorar o uso da máscara (outro hábito que Trump nunca teve de qualquer maneira).
O debate terá como foco seis tópicos:
- vida e politica de Biden e Trump;
- a pandemia;
- o Tribunal Supremo (com a controversa nomeação da superconservadora Amy Coney Barrett para substituir Ruth Bader Ginsburg, um ícone liberal que morreu em 18 de setembro);
- a economia (com mais de 30 milhões de desempregados devido à recessão provocada pela Covid);
- tumultos raciais e a violência nas cidades americanas;
- votação por correio e respeito às regras democráticas para uma possível passagem pacífica após a votação (embora Trump já tenha dito mais de uma vez que, em caso de derrota, apelaria para a Suprema Corte: a mesma que, justamente graças à indicação de Barrett por parte do o Presidente em exercício, agora goza de uma sólida maioria conservadora).
Trump subirá ao palco com problemas depois disso as revelações de New York Times em suas declarações fiscais. O jornal deu a conhecer ao mundo que no espaço de 12 anos o Presidente americano pagou ao fisco dos Estados Unidos apenas 750 dólares. Mas a revelação mais perturbadora é que Trump acabou sobrecarregado por 420 milhões em dívidas: Nancy Pelosi, presidente democrata da Câmara, disse que um presidente profundamente endividado e também exposto a bancos estrangeiros "é um problema para a segurança nacional", como chantageável. "Todos notícias falsas”, retrucou Trump.
A abordagem de Biden ao debate foi menos agitada: "Estou sereno - disse - para mim, ao contrário do Presidente, para ganhar basta dizer a verdade".