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Trio de discos de alta tecnologia dos EUA e Enel batem no Brasil

Chuva de recordes para Microsoft, Apple e Amazon – Enel vence OPA brasileira da Eletropaulo – Estado francês sai da Air France. Em maio, menos compras do BCE na Itália

Trio de discos de alta tecnologia dos EUA e Enel batem no Brasil

Tom Orlik, economista-chefe da Bloomberg na Ásia, calculou que atualmente os países liderados por governos populistas respondem por 41% do PIB global, cerca de dez vezes a porcentagem de uma década atrás. Neste contexto, deve-se interpretar o conflito crescente na frente tarifária alimentado por Donald Trump, bem como a turbulência que chega à zona do euro, aguardando a cúpula no final do mês.

Além disso, as bolsas de valores dão a impressão de já terem metabolizado essa atmosfera. De fato, o Bull está avançando graças aos bons dados dos EUA e ao novo impulso da tecnologia, testemunhado pelo novo recorde histórico do Nasdaq, +0,76% para 7.606 pontos à frente do Dow Jones (+0,72%) e do S&P500 índice (+0,45%).

MIROSOFT, APPLE E AMAZON, TRIO DE DISCOS

O push mais consistente vem de alguns Bigs. A Microsoft anunciou a compra do GitHub, uma comunidade de programadores de código paga por 7,5 bilhões de dólares. Recorde também para a Apple, enquanto a conferência de desenvolvedores de aplicativos da Apple, agora lançada em Inteligência Artificial, está em pleno andamento. A Amazon também está no topo, no sexto dia consecutivo de recordes.

Enquanto isso, a curva de rendimento dos títulos americanos, cada vez mais achatada, atingiu um nível não visto desde 2007. O spread entre os títulos de dez e dois anos caiu para 42 pontos básicos. No final de 2006 a curva havia se invertido, hoje teme-se que o fenômeno se repita.

IENE FRACO APOIA TÓQUIO

As bolsas de valores asiáticas flutuaram um pouco acima da paridade esta manhã, incapazes de acompanhar as listas de preços dos EUA. O Nikkei de Tóquio subiu 0,1%, enquanto o iene enfraqueceu em relação ao dólar para 109,9.

Hong Kong ganha 0,1%, o índice CSI 300 das bolsas de Xangai e Shenzhen 0,5%. O mercado de ações da Coreia do Sul caiu 0,1%.

O petróleo do tipo Brent foi negociado a US$ 75,5 o barril esta manhã, alta de 0,2% em relação aos -2% de ontem. Com a aproximação da cúpula da OPEP no final de junho em Viena, a tensão aumenta nos mercados de petróleo bruto: o OIL VIX ETF, um indicador de volatilidade, está próximo dos máximos dos últimos 4 meses.

Petróleo fraco ontem em Milão. Eni cai 0,93%, pior Saipem (-2,72%) e Tenaris (-2,09%) lutando com as tarifas impostas ao México.

MILÃO APENAS CÂMBIO EUROPEU EM VERMELHO

Na Europa, apenas a Itália fechou a primeira sessão da semana no vermelho, às vésperas da confiança no governo Conte. Mas o abrandamento da crise política na Itália deu novo fôlego às apostas na normalização da política monetária do BCE. Os dados do PMI de sexta-feira permaneceram em linha com a leitura instantânea, mas os da Itália estão no nível mais baixo em 18 meses.

O euro recuperou para 1,1680 face ao dólar. Esta manhã é negociado nos mercados asiáticos a 1,169 face ao dólar, face aos 1,170 de ontem.

Hoje o foco será a confiança no governo Conte. Os dados dos serviços PMI serão divulgados na Europa.

ADVANCE MADRID, PARIS: O ESTADO SAI DA AIR FRANCE

O Milan, após uma manhã com o sinal de mais, ficou vermelho ao final da sessão, com perda de 0,45%, um cabelo acima de 22 pontos (22.010). Foi o pior desempenho da Zona Euro.

Por outro lado, a recuperação de Madri continua (+1,19%), após a convulsão política que marcou o fim do governo Rajoy e o início do liderado pelo socialista Sánchez.

Paris também subiu (+0,19%), impulsionada pela notícia de que a Accor avalia a compra de 14,3% da Air France (+5,47) controlada pelo Estado.

Frankfurt +0,4%. quinta-feira a multinacional química e farmacêutica Bayer fechará aquisição da Monsanto, lançada em 2016. A operação, uma das mais importantes da história, foi concluída por 62,5 bilhões.

Londres também está em terreno positivo, com alta de meio ponto percentual.

Grandes manobras em vista da cúpula da UE no final do mês. A chanceler alemã, Angela Merkel, propôs ontem um orçamento interno da zona do euro para investimentos nos Estados membros mais fracos, com o objetivo de melhorar o estilo de vida das pessoas nesses países e fortalecer a convergência entre os países que usam a moeda única.

BCE, MENOS COMPRAS NA ITÁLIA EM MAIO. NÃO HÁ LOTE

Enquanto isso, a polêmica sobre as compras de títulos europeus pelo BCE explode. Em maio, as compras de títulos do governo italiano totalizaram 3,609 bilhões, abaixo dos 3,9 bilhões do mês anterior. A porcentagem da QE voltada para a Itália caiu de 15% para 17%, contra 28% das compras da Bund. Os dados provocaram protestos da nova maioria do governo italiano, mas Frankfurt respondeu que "não houve ajustes no ritmo ou na composição das compras do programa de compra de títulos do governo".

A redução temporária das compras de BTPs (bem como de títulos franceses, austríacos e belgas) estaria ligada a uma queda anterior nas compras de Bunds. Isso é confirmado por Guntram Wolff, do Bruegel Institute: "Os números refletem apenas a necessidade de equilibrar o quadro após meses de sobrecompra de BTPs italianos".

O REI DOS BONDS PAGA PELA CRISE ITALIANA

Enquanto isso, a crise italiana custou caro a Bill Gross, apelidado de "rei dos títulos", que havia apostado na solidez dos títulos do Bel Paese. Seu fundo especializado, o Janus Henderson Global Unconstained Bond Fund, perdeu mais de 29% em 3 de maio, seu pior desempenho diário de todos os tempos. A principal falha deve ser atribuída à queda dos BTPs italianos, como Gross explicou à Bloomberg. Seu fundo se concentrou em uma redução progressiva do spread entre os títulos do Tesouro dos EUA e os Bunds alemães, mas a corrida por ativos de refúgio (como títulos do governo alemão), desencadeada após a crise política italiana, ampliou drasticamente o spread entre os EUA e a Alemanha. causando pesadas perdas. Gross, porém, não muda de estratégia: a redução do spread entre os títulos americanos e alemães, segundo ele, é apenas uma questão de tempo.

A RECUPERAÇÃO DA BTP CONTINUA. ESPALHO EM 216

Os BTPs fecharam ontem com alta decisiva: o spread, que caiu abaixo de 210 na sessão, fixou-se em 216 pontos base. A taxa de dez anos caiu para 2,57% de 2,74% no último fechamento.

Embora em declínio, o diferencial de rendimento entre o BTP e o espanhol Bono ainda é muito alto, em 125 pontos-base (de 129 na sexta-feira).

BANCOS SOB FOGO. UNICREDIT DESLIGA O EFEITO SOCGEN

A fragilidade dos bancos e de algumas blue chips, lideradas pela Fiat Chrysler, fizeram com que a Piazza Affari deslizasse para o vermelho, ao contrário dos restantes mercados europeus.

O que desencadeou a venda à tarde foi a notícia do declínio do BCE nas compras de títulos do governo italiano em maio.

O índice bancário fechou em baixa de 0,86%, resultado da evidente debilidade dos antigos bancos Popolari: Banco Bpm e Bper Banca, ambos -2,9%, Ubi Banca -3,16%. Compreensão manteve-se (-0,02%). A chama ascendente do Unicredit (-0,83%) se acalmou, subindo para 3% pela manhã, após novos rumores sobre uma fusão com a SocGen.

CAMISA PRETA FIAT CHRYSLER NOVAMENTE

A aproximação do fim da era Marchionne pesa sobre os preços das ações da Fiat Chrysler (-3,63%) que continuaram a realizar lucros depois que a expectativa de notícias sobre o pólo foi frustrada por ocasião do Investor day of luxury, information on alianças e notícias sobre a sucessão. Em geral, porém, o novo plano foi apreciado pelos analistas.

A queda da FCA arrastou para baixo as demais ações da galáxia Agnelli: Exor -2,48%, Ferrari -0,35% e CNH Industrial -1,01%.

ITALGAS NO TOPO. ENEL, GOLPE DO BRASIL

Dia positivo para as utilities, favorecido pela queda das yields no mercado de dívida. A Italgas (+2,8%) foi a melhor ação no FTSEMib, antes do Capital Markets Day da próxima semana.

A Enel também subiu (+1,3%). Ontem à noite, o grupo elétrico tornou-se líder na distribuição de energia no Brasil ao adquirir 73% da estatal Eletropaulo em leilão na Bolsa de Valores de São Paulo por 5,552 bilhões de reais (cerca de 1,388 bilhão de euros). A Enel também se comprometeu a realizar um aumento de capital na Eletropaulo de pelo menos 1,5 bilhão de reais.

NOVAS PROMOÇÕES PARA MONCLER E STM

Moncler +1,37% depois que o UBS aumentou o preço-alvo da ação de 39 para 30 euros.

A Prysmian (+0,7%) anunciou que fechará a fusão com a General Cable antes do previsto.

A Stmicroelectronics (-0,2%) foi incluída pela Société Générale na Lista Premium.

PIQUADRO SHOPPING EM RICHEMONT, ELICA CHECKOUT NA ÍNDIA

Venda Piquadro (+3,9%): a empresa adquiriu Lancel, uma marca de bolsas da Richemont.

A Elica (+1,1%) vendeu um terço da sua subsidiária indiana à Whirlpool of India Limited por 13,4 milhões de euros.

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