comparatilhe

Trento, o TAR salva o urso Gaia de ser morto

O Tribunal acolheu o recurso interposto pelas associações ambientalistas e decidirá o mérito no final do mês. O WWF se alegra, o governador da Liga do Norte protesta

Trento, o TAR salva o urso Gaia de ser morto

O urso JJ4 está seguro. Pelo menos por agora. De fato, o Tar de Trento suspendeu a ordem de abate por um mês, aceitando os pedidos de ativistas dos direitos dos animais. Em vez disso, o governador Maurizio Fugatti ordenou o abate de JJ4 ou Gaia, como seus defensores a renomearam, responsabilizada por ter atacado dois homens, pai e filho, enquanto eles estavam na floresta do Monte Peller.

O Tribunal Administrativo emitirá uma decisão no final do mês. Entretanto, outro recurso ao TAR foi anunciado pelo ministro do Ambiente, Sérgio Costa, que considera a decisão do abatimento "desproporcionada".

Até o Tar parece pensar assim, argumentando que, em essência, antes do abate - em qualquer caso previsto pelo protocolo Pacobace em caso de perigo - a Província de Trento deve primeiro implementar medidas como a captura e confinamento do animal, bem como aplicar o colar de rádio ao urso.

"Eles nos dizem onde colocar o urso", comentou o Presidente da Província Fugatti.

A decisão do Tar foi acolhida com entusiasmo pelas associações ambientais que promoveram o apelo - LAC, LAV, LIPU, LNDC e WWF. Este último anunciou que a petição lançada em 25 de junho – com o pedido à província de Trento para retirar a sentença de morte contra o urso – ultrapassou 100 assinaturas.

Mas, além do caso específico do JJ4, o abate "automático" de todos os ursos envolvidos em encontros próximos ou acidentes deve ser interrompido imediatamente, alterando o texto do Plano de Ação para a Conservação dos Ursos nos Alpes (PACOBACE), que prevê a possibilidade de matar mesmo no caso de ursos que simplesmente fizeram o que a natureza lhes ensinou, ou causaram alguns milhares de euros de danos.

“O sinal que nos enviam todas estas pessoas, a quem agradecemos, reforçados pela posição do TAR, é claro: devemos certamente garantir a segurança das populações locais também no que diz respeito a estes raríssimos acidentes, mas fazendo um esforço para encontrar medidas alternativas para a redução", declarou Marco Galaverni, diretor científico do WWF Itália. “Estamos sempre disponíveis para sentar à mesa com a província e os especialistas do ISPRA e do Ministério para buscar soluções compartilhadas e previdentes e ajudar a colocá-las em prática. A convivência é um valor que deve ser construído dia a dia, no interesse de todos”.

Comente