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Salve o soldado do euro: mercados inquietos entre G20, fundo de resgate, voto alemão e risco de inadimplência

Bolsas em gangorra, euro em baixa, ouro e commodities sob pressão – Enquanto esperam para entender a viabilidade do plano de 3 trilhões contra o calote grego e em defesa do euro, os mercados vivem uma semana crucial: quinta-feira, a votação alemã sobre o fundo salva -Estados – A liquidez não chega para curar a doença da Europa: dívida alta, baixo crescimento, crise de confiança.

Salve o soldado do euro: mercados inquietos entre G20, fundo de resgate, voto alemão e risco de inadimplência

O que começa hoje parece ser uma semana crucial para o destino do euro. Não só para compreender a viabilidade do lançamento, defendido pelos EUA e discutido no G20 e à frente do Fundo Monetário Internacional, de um plano de poupança de 3 biliões de euros, mas também para a votação do Parlamento alemão na quinta-feira sobre o fundo de resgate. Mas uma coisa já está clara: o alerta que americanos e emergentes fizeram na Europa no fim de semana talvez também tenha aberto os olhos de quem pensava que o calote da Grécia, o contágio de todo o Velho Continente e a crise do euro eram apenas matéria para impalpáveis ​​conferências académicas.

Infelizmente, a dura lei do calendário é implacável: se até outubro a Grécia não receber os meios para pagar os juros de sua monstruosa dívida pública (200% do PIB), deve declarar falência. E numa das primeiras segundas-feiras de novembro haverá inadimplência, com pessoas correndo às agências bancárias para sacar suas economias, negócios fechando, empregos, salários e pensões virando fumaça ou até sendo cortados em mais da metade. Mas há mais: Nouriel Roubini pode ser um catastrofista, mas calculou que, se a Grécia entrar em calote, em três meses também será a vez da Espanha e da Itália. No Natal, nada além de panetone e champanhe.

Naturalmente, o alarmismo é a última coisa que falta, mas abrir os olhos e agir imediatamente é o mínimo que se pode esperar de quem tem responsabilidades públicas.

No entanto, há outro ponto que merece algum esclarecimento: o fundo internacional para salvar o euro ou o fundo europeu para salvar os Estados são bons e quanto mais cedo decolarem melhor. Mas ele nunca foi visto tratando pneumonia com aspirina. A liquidez ajuda e ganha tempo, mas a origem da dor da Europa (e do Ocidente) tem dois nomes precisos: dívida pública e falta de crescimento. Ou atacamos a dívida e estimulamos o desenvolvimento ou não sairemos do túnel. Cada um tem que fazer a sua parte e nós, italianos, temos uma tarefa ainda mais ingrata: recuperar a confiança e a credibilidade perdidas.

É desanimador ver o espetáculo de um governo e um primeiro-ministro completamente ausentes do cenário internacional e preocupados apenas em defender sua cadeira ao invés de enfrentar de frente a crise econômica e financeira. Não basta ter uma estreita maioria parlamentar para governar. Flutuando, ele desce e desta vez pode até afundar.

 

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