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Promotor: emplacamentos -9,2% em novembro

Em dezembro a queda será ainda mais significativa, -14,7% – Em 2012 cairá um pouco abaixo do nível deste ano – Segundo o presidente Quagliano “é como as folhas de outono nas árvores. No entanto, esperamos que a par do rigor exista um pacote válido de medidas de desenvolvimento, capaz de libertar recursos para alocar em setores estratégicos”.

Promotor: emplacamentos -9,2% em novembro

“As inscrições caíram 9,2% em novembro”. Esta é a estimativa do centro de estudos Promotor para o mercado italiano, apresentada hoje na tradicional conferência de imprensa sobre as tendências do setor automóvel, a dois dias da abertura oficial do Bologna Motorshow.

As más notícias, porém, não param por aí: em dezembro a queda será ainda mais expressiva, -14,7% em relação a dezembro de 2010 e o ano deve fechar com queda geral de 10,8%, para um total de um milhão e 750 mil carros registrado.

Não há muito otimismo para 2012 e as previsões, com as taças ainda, devem cair um pouco abaixo do valor de 2011, em um milhão e 730 mil. Tudo isso se o euro aguentar o impacto dos últimos meses. Para dar uma ideia da situação atual, o presidente da Promotor, Gian Primo Quagliano, cita Ungaretti: "É como as folhas de outono nas árvores". Também para Promotor o caminho para salvar o euro passa pelo papel do BCE, enquanto o caminho italiano para a recuperação deve conciliar "rigor e crescimento".

“Estamos bastante desapontados com os tempos de intervenção do governo Monti – afirma o pesquisador -. No entanto, esperamos que a par do rigor exista um pacote válido de medidas de desenvolvimento, capaz de libertar recursos para alocar em setores estratégicos como o automóvel e a construção”. É improvável, admite Quagliano, que seja possível hipotetizar incentivos generalizados, mas uma intervenção em soluções ecológicas é desejável.

Já o automóvel não aguentou mais aumentos de impostos “porque os bolsos dos automobilistas já sacaram bastante, sobretudo com os impostos especiais de consumo sobre a gasolina”. Em 2010, o Fisco teria arrecadado 68 mil milhões de euros com as viaturas, enquanto no final de 2011 já deveria contar com mais 1,8 mil milhões só de combustíveis, contra a quebra do consumo.

Em suma, um golpe difícil de absorver para os consumidores, que também são oprimidos na frente de seguros. Para Quagliano, a liberalização das tarifas do seguro de responsabilidade civil automóvel, introduzida em 94, revelou-se um fracasso: “A concorrência não curou nada, pelo contrário, com base nos dados do ACI, podemos dizer que uma cilindrada de 1.000-1.500 pagava, antes da reforma, um prémio de 411 euros enquanto hoje paga 1.821 euros. Provavelmente seria melhor recuar. Houve um aumento de 3434% contra uma inflação de 50,3%”.

No entanto, o mercado automotivo italiano tem um bom potencial: 36,8 milhões de carros circulam, 1,9 milhão precisam ser trocados todos os anos, cerca de 400 novos, enfim, a meta de 2,3 milhões de registros é, no papel, possível. “Se as medidas que o Governo adoptar derem algum respiro aos consumidores, fazendo com que paguem mais a quem tem mais e não a quem tem menos, então podemos esperar uma recuperação já na próxima Primavera, apontando para 1,8 milhões em 2012, para chegar aos dois milhões em 2013".

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