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PIB dos EUA abaixo das expectativas e T-bonds deslocam Wall Street

A Piazza Affari limita os danos e defende os 23.000 pontos. O setor petrolífero tem o bom e o mau tempo. No exterior o Nasdaq continua a sofrer, sofrendo mais uma queda (-3,5%).

PIB dos EUA abaixo das expectativas e T-bonds deslocam Wall Street

 Os rendimentos dos títulos do governo sobem e as bolsas aparecem nervosas, por um lado alerta sobre o risco de inflação e por outro sobre a disseminação de variantes do coronavírus, que podem reduzir a eficácia das vacinas. A fotografia final das listas europeias está em claro-escuro, enquanto Wall Street, já negativa no início, segue em baixa após o novo recorde estabelecido ontem pelo Dow Jones. Vendas voltam a ser focadas na Nasdaq (-3,5%) e nas ações de tecnologia.

Piazza Affari limita o dano a 0,15% e cai para 23.063 pontos base, com o saldo mantido precariamente por duas ações da indústria petrolífera face às contas de 2020 e às diversas previsões: Tenaris +13,74% e Saipem -9,28%. O mercado secundário, por outro lado, é vermelho brilhante, onde o spread entre os títulos italianos e alemães de dez anos ultrapassa 100 e sobe para 102 pontos base, um aumento de 2,58%. O yield do BTP salta para +0,79% (de 69% ontem), enquanto o alemão sobe para -0,23%. O Tesouro italiano também leiloou nesta manhã 5 bilhões de BTPs de cinco anos com as taxas subindo ao máximo desde outubro: quatro pontos base a mais para 0,11%.

Este é um movimento ascendente que está a afetar quase todos os títulos do governo a partir dos US Treasuries, com a yield a 1,49 anos a ultrapassar os 7,5% (+XNUMX%). Tudo por causa dos temores de uma recuperação da inflação, que aumenta os rendimentos dos T-bonds e desloca o mercado de ações ao mover o capital do mercado de ações para o mercado de títulos, apesar das palavras tranquilizadoras do presidente do Fed, Jerome Powell, nos últimos dias no Congresso e a confirmação de uma política monetária expansionista. Uma atitude que pesa no dólar e favorece a subida do euro para 1,22. Enquanto isso, busca-se uma estratégia europeia comum contra a pandemia, dada a expansão das variantes e os graves danos das restrições a alguns setores. O primeiro-ministro Mario Draghi reuniu-se com o presidente francês Emmanuel Macron para falar sobre estes temas, que estão no centro dos dois dias (hoje e amanhã) do Conselho Europeu extraordinário.

Enquanto isso, na Itália, em fevereiro, o índice de confiança do consumidor melhorou (de 100,7 para 101,4) e das empresas (de 88,3 para 93,2), talvez graças ao efeito Draghi, conforme afirma a associação de consumidores. O Istat informa que para as empresas de manufatura e construção, o índice recupera a queda devido à emergência de saúde, enquanto para serviços e comércio varejista, apesar do aumento acentuado em fevereiro, os níveis ainda estão longe dos anteriores à crise.

Quanto aos consumidores, o aumento do índice de confiança é impulsionado pela melhoria acentuada das expectativas sobre a situação económica geral e sobre o desemprego. No restante da área, porém, os sinais são mistos. Na Alemanha, o índice líder Gfk mostra uma recuperação da confiança em março acima das expectativas dos analistas, enquanto na França em fevereiro houve uma leve queda de 92 para 91 pontos.

Também à luz destes dados e de uma série de importantes relatórios trimestrais, no resto da Europa Frankfurt perde 0,68%, Paris -0,24%, Londres -0,11%. É plano Amsterdã, enquanto Madrid subiu 0,6%. Os resultados de empresas como Bayer, Axa, Standard Chartered, Telefonica e Mediaset Espana contribuíram para governar a sessão.

Na Piazza Affari, o setor petrolífero teve o bom e o mau tempo: Tenaris está entre os melhores títulos a nível europeu após um quarto trimestre de 2020 cair 34%, mas em linha com as expectativas do mercado. Melhoram também as perspetivas para 2021. Segundo a Mediobanca Securities, “o maior nível de atividade de perfuração está a apoiar a recuperação dos lucros da empresa o que se pode traduzir numa melhoria do consenso”. A corretora Equita hipotetiza “um segundo trimestre com um Ebitda de pelo menos 232 milhões, pelo que mesmo assumindo uma estabilização do Ebitda no segundo semestre chegamos a cerca de 830-900 milhões para 2021”.

Em vez disso, Saipem decepciona. O grupo controlado pela Eni (+1,08%) fechou 2020 com prejuízo de 1,13 mil milhões, bem abaixo das expectativas, e não deu guidance para o corrente ano devido à incerteza ligada à pandemia. Além disso, durante o call com analistas, a administração disse que a pandemia deve pesar no Ebitda e nas margens também em 2021 com retorno ao normal em 2022.

O petróleo, após as vendas na Ásia, segue em leve evolução com o Brent acima de 66 dólares o barril. Voltando às blue chips milanesas: Diasorin rebate, +3,73%, Generali sobe +1,73%. Os bancos se opõem: o Intesa ganha 1,15%, enquanto o Mediobanca cai 2,12%. Entre os títulos em vermelho encontramos Telecom, -2,84%, após o dinheiro do dia. Reduções também para Cnh -2,47%, Leonardo -1,93% e Atlantia -1,76%.

Fora do cabaz principal, a Mediaset (+2,67%) beneficia dos resultados do quarto trimestre da subsidiária espanhola Mediaset Espana que se valorizam acima do esperado. Segundo uma importante corretora italiana, os resultados confirmaram uma grande capacidade de caixa.

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