La Rússia lançou um foguete com sonda dirigir em direção à lua, lançando sua primeira missão ao satélite depois de quase cinquenta anos (a última vez foi em 1976).
O foguete Soyuz 2.1 transportando onave espacial Luna-25 (pesando 800 quilos) decolou do Cosmódromo Vostochny, 5.550 km a leste de Moscou, às 2h11 da sexta-feira, horário de Moscou. A sonda foi lançada para fora da órbita da Terra em direção à Lua mais de uma hora depois, momento em que o controle da missão assumiu o comando da espaçonave, disse a agência espacial russa Roscosmos.
Aterrissagem marcada para 21 de agosto no polo sul lunar
A operação visa revitalizar o setor espacial russo, lutando e isolado devido ao conflito na Ucrânia, mas também serve a propósitos mais científicos.
A missão lunar russa visa realizar um pouso suave no pólo sul lunar, uma região onde se suspeita da presença de r valiosoisserve gelo de água. Depois de 47 anos desde a última vez, eis uma nova tentativa de pousar na Lua e a primeira na região do pólo Sul. Um resultado que faria da Rússia a primeira nação a realizar essa façanha.
“Pela primeira vez na história, o pouso na lua será realizado no polo sul lunar. Até agora, todos estavam na lua na zona equatorial”, disse um alto funcionário da Roscosmos, a Agência Espacial Russa Alexandre Blokhine.
O pouso está marcado para 21 de agosto, conforme declarado pelo chefe da agência espacial russa, Yuri Borysov. "Agora vamos esperar até o dia 21. Espero que haja um pouso suave altamente preciso na Lua", disse Borisov aos trabalhadores no Cosmódromo Vostochny após o lançamento. “Esperamos ser os primeiros.”
A espaçonave permanecerá em órbita lunar por 5 a 7 dias antes de pousar em um dos três locais possíveis perto do pólo.
Objetivo descobrir água na Lua
La Lua-25, do tamanho de um carro pequeno, estará em missão por um ano. Pesando 1,8 toneladas e carregando 31 kg (68 lbs) de instrumentação científica, o Luna-25 usará uma pá para colher amostras de rocha de uma profundidade de até 15 cm (6 polegadas) para testar o gelo congelado. A área em que atuará será a polo sul lunar, uma região onde vestígios de gelo de água em áreas sombreadas de crateras foram detectados nos últimos anos por cientistas da NASA e outras agências espaciais.
Em 2018, mapas da NASA revelaram gelo de água em áreas sombreadas da Lua e, em 2020, a agência confirmou que também existe água em regiões iluminadas pelo sol. Numerosas potências mundiais, incluindo Estados Unidos, China, Índia, Japão e União Européia, conduziram explorações lunares nos últimos anos sem grande sucesso. Um pouso lunar japonês falhou no ano passado e uma missão israelense falhou em 2019.
Borisov anunciou que haverá pelo menos três missões lunares adicionais nos próximos sete anos, e indicou que, após esta etapa, o Rússia e A China vai cooperar para uma possível missão lunar tripulada.
“Meus colegas e eu na China passaremos para a próxima etapa – a possibilidade de uma missão tripulada à lua e a construção de uma base lunar”, disse Borisov.
Revivendo o setor aeroespacial do Kremlin
A missão Luna-25 é de importância significativa, pois o governo russo argumenta que as sanções ocidentais relacionadas à guerra na Ucrânia, muitas das quais afetaram o setor aeroespacial de Moscou, não enfraqueceram a economia russa como desejado.
A missão lunar, há muito planejada pela Rússia, servirá como um teste para a crescente independência do país no espaço, especialmente à luz da invasão da Ucrânia, que prejudicou significativamente os laços espaciais entre Moscou e o Ocidente e afetou o papel da missão da Rússia em a Estação Espacial Internacional.
A Rússia entrou competição contra a Índia, que lançou seu módulo lunar Chandrayaan-3 no mês passado, e com os Estados Unidos e a China, ambos com programas avançados de exploração lunar visando o pólo sul lunar.