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SELECÇÃO – Começa a era de Conte: esta noite a nova Itália contra a Holanda

O novo técnico da seleção quer despertar a Itália logo após o último mundial ruinoso no Brasil e também quer vencer no amistoso de luxo desta noite em Bari contra o vice-campeão holandês – Conte: “É um momento difícil para o país e nós da seleção queremos dar o exemplo” – Immobile no centro do ataque e talvez a estreia de Zaza

SELECÇÃO – Começa a era de Conte: esta noite a nova Itália contra a Holanda

A Itália de Conte, primeiro ato. O novo campo azul começa esta noite e não importa que o da Holanda seja apenas um amistoso. O entusiasmo está de fato crescendo como demonstrado pela cidade de Bari, pronta para encher San Nicola mesmo que seja uma partida oficial. “Espero dormir mais algumas horas do que costumo dormir, mesmo que muitas vezes o sono me traga boas ideias – brincou Antonio Conte na coletiva de imprensa. – Não importa se é apenas um amistoso, ninguém gosta de perder. E a Holanda é um time forte, com valores consolidados. Queremos mostrar que queremos fazer as coisas direito".

Nem é preciso negar que os olhares de todos, no estádio e na televisão, estarão voltados para o novo técnico, capaz de despertar o interesse geral por uma Itália que saiu destruída pelo Mundial do Brasil. Mas agora começa a parte mais difícil, a de manter o fogo da paixão acesa durante o jogo e os resultados. “Precisamos criar a mistura certa entre veteranos e jovens promissores, que têm tudo para se tornarem grandes jogadores – pensou o treinador. – O fato é que o sucesso do projeto dependerá sobretudo de Buffon, De Rossi, Chiellini, Barzagli, Pirlo… essas pessoas devem nos ajudar no futebol, mas também ajudar os jovens em seu crescimento”.

O verdadeiro desafio de Conte, porém, está inteiramente no aspecto do personagem: será que ele conseguirá transferir para o azul a fúria competitiva já vista em preto e branco? Impossível dizer com certeza, mas as chances disso acontecer são bem altas. O treinador quer uma equipe humilde, dedicada ao trabalho e ao comprometimento, tendo o respeito às regras como prerrogativa absoluta. Basta olhar o plantel para perceber que o ar, com a camisa azul, está bem diferente em relação a alguns meses atrás: fora Balotelli e Cassano, dentro do Blazers. “O que quero dizer é ter visto uma atitude positiva e pró-ativa por parte de todos – Conte interrompeu. – Há sentido de responsabilidade, sabemos que é um momento difícil para o país e nós, com a seleção, queremos dar o exemplo”. 

Já vão tentar esta noite num estádio que, como já referi, estará cheio de gente e entusiasmo. Não poderia haver local melhor para a estreia do treinador visto que, por aquelas paragens, tem treinado e também com excelentes resultados. “Voltar aqui tem um efeito maravilhoso em mim – admitiu Conte. – Neste local conquistei a minha primeira vitória como treinador (promoção à Serie A na época 2008/09, ed) e guardo-a com ciúmes. E então estou orgulhoso de ser o primeiro treinador do sul". Para uma “estreia” deste género, estará alinhada uma respeitável formação, ainda que se trate de um amigável e o jogo fora de casa na Noruega (terça-feira, estreia na fase de qualificação para o Euro 2016) esteja a chegar. Sirigu estará no gol (Buffon voltará a campo em Oslo), na linha de defesa de 3 homens com Bonucci, Ranocchia e um entre Astori e Ogbonna. 

No meio-campo, dois alas de garra e perna como Candreva e De Sciglio, no meio De Rossi (favorito sobre Verratti), Parolo e Marchisio (suspenso pela Noruega). Dúvidas também no ataque com apenas Immobile certo de uma camisa: uma de Giovinco (favorito) e Zaza atuará ao lado dele enquanto El Shaarawy, lesionado no tornozelo, partirá do banco. Sem seleção para Osvaldo, mas não é uma escolha disciplinar: o atacante não se recuperou do problema no adutor e voltou para Appiano para tratamento. 

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