Pedir empréstimos ao Mes, o Mecanismo Europeu de Estabilidade, do ponto de vista dos custos pode ser mais barato do que pedi-los no mercado com títulos nacionais. De fato, de acordo com um estudo publicado pelo próprio Mes, para 11 países, incluindo a Itália, no vencimento de sete anos as taxas seriam até negativas, enquanto acima de 10 anos, ainda seriam inferiores aos garantidos pelos títulos.
Entrando em detalhes, ao longo de 7 anos, a Itália em 26 de maio estava endividada em 1,34%, enquanto um empréstimo ao Mês teria uma taxa negativa: -0,07% (com taxas negativas, ou seja, você recebe um reembolso). Quanto a um empréstimo com prazo de 10 anos, ao emitir um título nacional, a Itália acabaria com uma taxa de 1,64%, enquanto com o empréstimo do Mes cairia para 0,08%.
“A taxa negativa do nosso empréstimo significa que os países que o usarem receberão um pagamento, serão pagos para se endividar: e isso é positivo para os cidadãos, para os contribuintes, porque diminui a carga tributária. Isso torna essa linha de crédito muito atraente”, explicou o diretor financeiro da ESM, Kalin Anev Janse.
Para as obrigações a 7 anos, seria sobretudo a Grécia a beneficiar das taxas mais cómodas, seguida do Chipre e da Itália. Espanha, Portugal, Malta, Eslovênia, Eslováquia, Letônia, Lituânia e Irlanda também estão no mesmo barco. Para um empréstimo de 10 anos, os maiores benefícios iriam novamente para a Grécia, seguida pela Itália, Chipre, Portugal, Eslovênia, Malta, Lituânia, Letônia, Irlanda. “Nas atuais condições de mercado, para alguns países, a economia de custos pode chegar a 6 bilhões de euros em 10 anos”, conclui a análise do Mes.
No momento, a Itália ainda não decidiu se vai explorar o potencial do Mes ou não. Respondendo a uma pergunta dos jornalistas, o Primeiro-Ministro Giuseppe Conte, disse: “Vamos pedir para participar do projeto Sure, onde cerca de vinte bilhões serão destinados a redes de segurança social. Vamos participar do projeto Bei. Quanto ao Mes, sou bastante teimoso e não mudo de ideia da noite para o dia: quando tivermos todos os regulamentos, irei estudá-los e levá-los ao parlamento. E vamos decidir com o Parlamento".
“Como parece dinheiro de graça, vamos lembrar a todos que é um empréstimo. Quando há empréstimo, depende muito da utilidade e comodidade, das condições que se fazem”, concluiu o governante que finge não perceber a comodidade nos números e nas poupanças reais para o Estado.
