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O escândalo do Facebook está custando caro aos mercados e à alta tecnologia

Na Bolsa, uso político ilícito dos dados de 50 milhões de usuários do Facebook custa 37 bilhões à empresa de Zuckerberg e 118 às ações de alta tecnologia exchanges ansiosas com o possível fim do Qe em setembro.

O escândalo do Facebook está custando caro aos mercados e à alta tecnologia

A vingança do "velho" jornalismo tem sido implacável. Uma investigação de Guardian e New York Times sobre o uso político de dados de 50 milhões de usuários do Facebook coletados ilegalmente pela Cambridge Analytica, empresa ligada à direita norte-americana, abriu uma grave brecha na credibilidade da empresa de Mark Zuckerberg, que agora enfrenta o risco de queda nas vendas de publicidade e severas restrições ao uso dos dados coletados dos usuários. “Depois deste episódio – escreve o Financial Times – os políticos devem agir para salvar a web”. Um apelo que cai no mesmo dia em que a Comissão Europeia pediu ao G20 que abordasse a questão dos impostos para os grandes players da Internet.

ACIDENTE FATAL DE VEÍCULO AUTOCONDUZIDO

Tornando o dia da tecnologia ainda mais desastroso, veio a notícia do primeiro acidente fatal causado por um carro autônomo. Aconteceu em Tempe, Arizona, onde uma mulher atravessando a rua foi atropelada por um carro do Uber. Na sexta-feira, a Waymo (controlada pelo Google) e a própria Uber instaram o Congresso a mudar a lei para permitir a livre circulação de carros autônomos.

ZUCKERBERG PERDE 37 BILHÕES, 118 BILHÕES QUEIMADOS PELA TECNOLOGIA

A reação dos mercados não demorou a chegar. Facebook (-6,8%) queimou 37 mil milhões em capitalização, mas a derrocada estendeu-se a outros títulos do setor: Amazon, Apple e Netflix apresentam perdas superiores a 1,5%, Microsoft -1,8%. A Alphabet, controladora do Google, perdeu 3,2%. O setor deixa 118 bilhões no chão.

As consequências sobre os índices são pesadas. O Nasdaq perdeu 1,84%, o S&P 500 -1,42%, o Dow Jones -1,35%. Apenas uma blue chip, a Boeing (+0,3%), fechou a sessão com sinal positivo.

ORÁCULO COLAPSA (-7%) TRAÍDO PELA NUVEM

Após a bolsa, a Oracle divulgou dados do trimestre que não foram totalmente convincentes, principalmente no que diz respeito à área de cloud, o título perdeu 7%.

As altas cotações dos títulos (sexta-feira em máxima histórica) e a cautela dos operadores na véspera da reunião do Fed contribuíram para ampliar a queda.

ÁSIA FRACA, POPULARIDADE DE ABE COLAPSA

Chuva de vendas em tecnologia esta manhã também nas listas de preços asiáticas. Tóquio recua 1%, mas o iene não aproveita: a popularidade do primeiro-ministro Shinzo Abe continua a cair sob os golpes do escândalo do financiamento escolar. Após as revelações sobre a modificação dos documentos pelo Ministério das Finanças, as 2 últimas sondagens dão ao Premier um consenso no mais baixo desde que tomou posse em 2012.

Perdas em torno de 0,5% em Hong Kong e Coréia. As listas de preços chinesas também caíram -0,4%. Um pouco acima de Mumbai +0,2%.

Alguns preços do petróleo estão fracos na véspera da reunião de hoje entre Donald Trump e o príncipe saudita Bin Salman: novos movimentos militares estão surgindo em uma função anti-Irã.

Brent em 66,19, Wti em 62,16. A queda do preço do petróleo bruto pesou nas petrolíferas: Saipem caiu -2,42%, Eni -1,15% e Tenaris -1,24%.

ACORDO SOBRE BREXIT, QE NO FINAL DE SETEMBRO

Sessão difícil para os mercados europeus, apesar do brilho na frente do Brexit. A libra subiu, mas também o euro, negociado esta manhã a 1,2345 na onda de rumores sobre indicações vindas de Frankfurt.

De facto, teve grande repercussão a notícia lançada pela Reuters (fonte quase oficial dos estados de espírito do BCE) segundo a qual até os assessores "mais brandos" do Banco Central Europeu estão agora de acordo quanto ao facto de o QE terminar este ano, teve grande repercussão. O primeiro aumento das taxas de juro europeias, segundo o quadro partilhado pelos operadores, poderá ser de 10 pontos base no segundo trimestre do próximo ano e pelo menos mais um em 2019, enquanto a taxa dos depósitos deverá passar de -0,40% para zero dentro de dois anos.

MILÃO (-1%) É O MENOS PIOR

O Milan, negativo desde o início, sofreu uma queda menor que as demais tabelas de preços: 0,98%, a 22.633 pontos.

A queda mais forte foi a de Londres -1,69%, após o acordo alcançado com Bruxelas na fase de transição até 2020. A queda é explicada em parte pela valorização da moeda: a libra valorizou 1% em relação ao dólar, para $ 1,4088, maior valor desde fevereiro 16. Face à moeda única, a moeda britânica valorizou 0,8% para 87,46 pence por euro.

Frankfurt (-1,39%), Paris (-1,13%) e Madri (-1%) também fecharam no vermelho.

DESACELERAR A PRODUÇÃO INDUSTRIAL

O ano de 2018 para a indústria italiana começou com uma forte queda na produção: -1,9% contra uma previsão de -0,7%. A queda pode ser atribuída, como no restante da Zona do Euro, à contração acentuada de energia, devido a temperaturas mais amenas do que a média em janeiro. A tendência subjacente permanece positiva.

Melhorar a balança comercial. A Istat anunciou que em janeiro a balança comercial italiana registou um défice de 87 milhões de euros, face a um défice de 575 milhões no mesmo mês de 2017. As exportações totais em janeiro aumentaram 9,5% para 34,695 mil milhões, e as importações ascenderam a 34,783 mil milhões, um aumento de 7,8% em termos de tendência.

Além de abolir Fornero. Segundo um documento do Fundo Monetário Internacional, as despesas com pensões italianas são e continuarão a ser muito elevadas nos próximos anos, apesar da entrada em vigor da reforma Fornero. Por este motivo, são necessárias medidas para reduzir as pensões calculadas com base no método salarial e misto, reduzir os critérios de atribuição das pensões de sobrevivência e aumentar o baixo nível das contribuições pagas pelos trabalhadores independentes.

Recuperação à tarde dos títulos italianos nos mercados obrigacionistas. No final, o spread face ao Bund situa-se na casa dos 140 pontos depois de ter atingido o máximo de 141,3. O prazo de 1,88 anos é negociado a XNUMX%.

A diferença entre os títulos italianos e os bônus espanhóis está sob tensão: o spread de rendimento entre os títulos italianos e madrilenhos de dez anos aumentou pela manhã de 56 para 62 pontos base, o maior desde agosto passado.

STM PAGA PELA CRISE DE CHIP DOS EUA

A tempestade no setor tecnológico também teve eco na Piazza Affari. A Stm pagou o preço (-1,8%) na esteira das quedas do índice Philadelphia Soxx -3%, que agrupa ações de semicondutores. Em baixa também a alemã Infineon (-2,16%).

ITALGAS E POPOLARI PROTEGEM O ÍNDICE FTSE MIB

A melhor ação é a Italgas (+1,89%). Algumas das ações mais penalizadas recuperaram recentemente o sinal de mais: Atlantia +0,43%, Mediaset +0,36%.

A Telecom Italia se defende (+0,35%).

A Piazza Affari limitou os danos graças à estabilidade do setor financeiro. Os bancos, barômetro da tabela de preços, resistiram apesar dos rumores sobre o não alongamento do Qe: a cesta fechou em queda de 0,76%.

Acordo fraco (-1,2%); melhor Unicrédito (-0,35%). A queda de Banca Monte dei Paschi -2,72% não para. Bem Ubi (+0,36%). Na linha d'água Bper (+0,13%). Banco Fineco -2,08%.

Fora do cabaz principal, o Credito Valtellinese galopa (+5,34%) depois de entrar no índice FTSE Italia Mid Cap; o mercado olha com bons olhos para o futuro da instituição, apontada como uma possível presa em caso de fusão, após o sucesso do aumento de capital de 700 milhões. No sentido oposto Carigé: -6,32%.

A FITCH PROMOVE POLÍTICAS. A BENETTON CRESCE EM GERAL

As seguradoras limitam os prejuízos após o relatório da Fitch sobre o setor: a concentração de ativos presentes nas carteiras das empresas italianas, lemos, condiciona os ratings, mas o risco é parcialmente compensado pelo sólido perfil empresarial e pela base de capital que representam pontos de solidez na qualidade de crédito.

Cattolica Assicurazioni avança (+0,4%), UnipolSai (-0,4%) e Poste Italiane (-0,57%) estão em baixa. Generais -0,2%. A Edizione Holding, financeira da família Benetton, avalia a possibilidade de subir para 5%.

FREIE SEU CARRO, VOE CAIRO

O mercado automotivo europeu foi fraco (índice stoxx -1,2%). Em Milão Pesados ​​Exor (-2,33%), Fiat Chrysler (-1,95%) e Cnh Industrial (-1,65%). O CEO Richard Tobin deixou a liderança da empresa ontem. Ferrari -1,19% e Brembo -1,09%.

Pontos positivos para o luxo: Salvatore Ferragamo +1,18%, Moncler +0,78%. A oferta pela Yoox Pret a Porter começou ontem (+0,13%). Luxottica cai (-1,68%).

Fora da cesta principal, redescoberta seletiva para editoriais: Cairo Communication +7,2% e Mondadori +4,99%. Por outro lado, Monrif (-3,92%) e Gedi (-2,45%) sofrem. Class Editori (-9,09%) afundado pelo anúncio daintegração com Gambero Rosso (+ 14,65%).

A partir de hoje Giglio Group (+7%) é promovido pela Aim no Mercato Telematico Azionario (MTA), segmento STAR.

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