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Bolsas emergentes: até os BRICS estão chorando

Esses são os centros financeiros que mais satisfação deram aos investidores nos últimos anos - Mas agora eles também estão sobrecarregados com a última tempestade financeira - O índice Bovespa de São Paulo perdeu 26% desde o início do ano, metade apenas no mês passado – Até a Bolsa de Xangai está no vermelho há trinta dias (-9,39%)

Bolsas emergentes: até os BRICS estão chorando

As economias estão crescendo, os países estão se desenvolvendo, as perspectivas são boas, mas as bolsas dos mercados emergentes continuam em colapso infetado pela desconfiança que se espalha nos mercados europeus e em Wall Street. Sem dúvida o problema da inflação, assim como a valorização das moedas, pesam nas escolhas dos investidores. Mas a razão dessa desaceleração financeira não se encontra tanto na economia real, que também sinaliza alguma desaceleração.

Num momento de perdas generalizadas, fundos e bancos de investimento como os hedge funds monetizam os títulos que mais os renderam. E são justamente as ações e títulos dos países emergentes que mais satisfação têm oferecido aos investidores nos últimos anos. Infelizmente, porém, agora que tudo está dando errado, eles também são os primeiros a pagar o preço.

Brasil – O índice Bovespa perdeu 25,67% desde o início do ano, cerca de metade dos quais, 12,67%, apenas no último mês. Mas se considerarmos os últimos 3 anos, a bolsa brasileira ainda está no verde com um crescimento de 2,83% e saltaria para +69,15% se considerássemos os últimos 5 anos. Pensar que na quarta-feira a Bovespa registrou a pior queda desde novembro de 2010, fechando em -5,70%.

Índia – O Sensitive Index da Bolsa de Valores de Bombaim fechou hoje com uma perda de 2,35%. Desde seu pico mais alto em novembro passado, perdeu 22%, cerca de 13% no último mês. Até a Bolsa de Valores da Índia obteve um excelente desempenho de longo prazo: se olharmos para os últimos três anos, notamos que o índice Bses mantém seu sinal positivo com um aumento de 10,99%.

Rússia -O índice Rts, que foi o mais forte de toda a Europa este ano, atingindo +10,8%, caiu nas últimas semanas (cerca de -20%) refletindo preocupações com a desaceleração da economia global, agora está perdendo 3,7%. O Micex, o índice russo denominado em rublos, perdeu (ao meio-dia, horário de Moscou) 12%, sua maior perda no ano passado.

China – O Shanghai SSE Composite perdeu 9,39% no último mês, mas ainda vê um crescimento positivo de 8,10% nos três anos. Certamente o Banco Central Chinês tem influência, com suas ações de combate à inflação (desde o início do ano aumentou três vezes os juros e seis vezes o percentual de reservas obrigatórias dos bancos).

África do Sul – A África do Sul também não está indo bem no mercado de ações. O FTSE de Joanesburgo perdeu 10,31% desde janeiro, mas ainda está positivo em 6,11% desde agosto passado.

Turquia – A Bolsa de Istambul perdeu 8% na segunda-feira, 7 de agosto, registrando a maior queda dos últimos três anos. Hoje perdeu 1,7% por volta das 14h.O ISE 100 nacional, que reúne as 100 maiores empresas do país, perdeu 19% no último mês.

Fontes de dados: Boursorama, Bloomberg 

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