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Trabalho: mais funcionários, mas boom de vouchers

Segundo a primeira nota conjunta do Istat, Ministério do Trabalho, Inps e Inail, o emprego recuperou quase dois pontos percentuais em relação a 2013, mas ainda está a um ponto e meio dos níveis pré-crise - Nos primeiros 9 meses de ano +34,6% de vales

Na Itália, no terceiro trimestre de 2016, o nível geral de emprego voltou a crescer anualmente e estabilizou substancialmente a nível económico, mas ao mesmo tempo manteve-se o aumento dos vouchers. É o que revela a primeira nota trimestral conjunta sobre a evolução do emprego publicada simultaneamente nos sites institucionais do Istat, do Ministério do Trabalho, do INPS e do Inail.

Il taxa de ocupação ajustada sazonalmente foi igual a 57,3% nos últimos dois trimestres, recuperando quase dois pontos percentuais em relação ao momento de mínima (terceiro trimestre de 2013, 55,4%) considerando a última década (2007-2016), mas ainda longe de um ano e meio pontos do pico (segundo trimestre de 2008, 58,8%).

A tendência de crescimento do emprego foi inteiramente impulsionada pela componente empregado, tanto em número de empregados totais (+1,8% Istat-força de trabalho) como em postos de trabalho especificamente referidos aos setores da indústria e serviços (+3,2% Istat-Oros).

A tendência confirma-se tanto nos dados relativos às comunicações obrigatórias (Ministério do Trabalho) revistos (+543 mil em média no terceiro trimestre de 2016 face ao terceiro trimestre de 2015) como nos dados do INPS-Observatório do emprego precário referente apenas a empresas privadas (+473 mil postos de trabalho em 30 de setembro de 2016 face a 30 de setembro de 2015).

A substancial estabilidade cíclica do emprego total é a síntese de um crescimento dos funcionários (+66 empregados, força de trabalho Istat para todos os setores e +77 postos de trabalho para a indústria e setores de serviços, Istat-Oros) e contextual redução do auto-emprego (-1,5% igual a -80 mil empregados, Istat-mão-de-obra), que voltou a diminuir também em termos de tendência (-1,4% Istat-mão-de-obra).

O aumento cíclico dos postos de trabalho dos colaboradores é confirmado pelos dados dessazonalizados das comunicações obrigatórias revistas: no terceiro trimestre de 2016 registaram-se 2,1 milhões de ativações contra pouco mais de 2 milhões de desligamentos, que determinam um saldo positivo (ativações menos desligamentos) de 93 mil postos de trabalho, após o crescimento de 48 mil postos no segundo trimestre de 2016 e 257 mil no primeiro trimestre.

No que respeita ao tipo de contrato, o aumento cíclico dos postos de trabalho registado no terceiro trimestre com base na revisão das comunicações obrigatórias resulta de 83 mil postos de trabalho Temporário e 10 mil posições indefinidamente. Em particular, os postos de trabalho a termo voltaram a crescer após a redução do segundo trimestre de 2016.

A tendência de crescimento é quase inteiramente atribuível ao aumento de postos de trabalho indefinidamente, como evidenciam os dados das comunicações obrigatórias revistas (+489 mil) e do INPS (+457 mil). Este aumento, particularmente significativo e concentrado nos trimestres entre 2015 e 2016, documentado quer pela evolução quer pela conjuntura económica, foi de molde a induzir efeitos prolongados de reporte também nos trimestres seguintes.

Quanto ao vale, foram vendidos 9 milhões nos primeiros 109,5 meses do ano, 34,6% a mais que no mesmo período do ano passado. Os vales resgatados pelas atividades realizadas em 2015 (quase 88 milhões) correspondem a cerca de 47 trabalhadores em tempo integral por ano e representam apenas 0,23% do custo total da mão de obra na Itália. A mediana de vales recolhidos pelo trabalhador individual que os utilizou foi de 29 em 2015: isto significa que 50% dos trabalhadores auxiliares angariaram vales no valor (máximo) de 217,50 euros líquidos.

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