comparatilhe

A lição de Isidoro Albertini e o memorando para o Consob

Ontem no Bocconi foi realizada palestra de Filippo Cavazzuti em homenagem a Isidoro Albertini, corretor da bolsa de grande previsibilidade, independência e equidade, da qual relatamos a parte altamente atual sobre o Consob

A lição de Isidoro Albertini e o memorando para o Consob

O "memorando Albertini" merece ser recordado, quer pelo subjacente e raro conhecimento dos mercados internacionais e das suas bolsas, quer pela lúcida apresentação dos problemas então por resolver, quer pelos objectivos traçados desde 1983, não obstante a consciência de que, com linguagem que ainda me soa típica dos militantes do action party: "São objectivos que vão exigir um esforço tenaz ao longo de muitos anos" e, tal como a "história da SEC (...) batalhas duríssimas travadas com altos e baixos por homens e corajosos, derrotados quando encontram o necessário consenso político” (p. 199).

Hoje limito-me a extrair do "sumário" do memorando (pp.198-199) a "dura batalha" que, a meu ver, melhor marca a independência de julgamento de Isidoro Albertini do vernáculo usual sobre a independência e o profissionalismo da alta administração. Segundo Albertini, o Consob não teria alcançado seus objetivos se “os homens que o dirigem não estivessem (…) dispostos a enfrentar até confrontos violentos. Na escolha dos candidatos, é preferível apostar na formação jurídica e económica em sentido lato do que na profissionalização específica, deixando espaço para especialistas e consultoria externa”.

O memorando foi enviado ao presidente da Comissão de Finanças e Tesouro da Câmara, Exmo. Giorgio Ruffolo em 29 de novembro de 1983 com o pedido de ser ouvido durante a investigação de fatos sobre as operações do Consob. Mas não parece que Albertini foi ouvido.

Comente