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Juve conquista Brescia, mas Inter quer a supremacia de volta contra a Lazio

Os campeões italianos voltam a vencer na reviravolta: 2-1 em Brescia, mas Conte não desiste e exige o regresso imediato ao topo da classificação - No entanto, a imprevisível Lazio está na estrada do Inter

Juve conquista Brescia, mas Inter quer a supremacia de volta contra a Lazio

Juve coloca a flecha. O cansativo 2 a 1 contra o Brescia, aliás, já vale só o primeiro lugar na classificação, ainda que aguardando o duelo entre Inter e Lazio (aos 21), que pode voltar a derrubar as hierarquias. Entretanto, os bianconeri deixaram a sua marca e isso vale muito, até porque a noite em Rigamonti não foi nada fácil. As andorinhas de Corini incomodaram Sarri, forçado a perseguir como contra o Verona, fechando a virada com o mesmo resultado de sábado. Uma constante difícil de conciliar com o passado recente, em que marcar à Juve era danada mais difícil do que hoje mas que, pelo menos para já, não nos impede de meter feno na quinta, obviamente à espera de tempos melhores.

Que os bianconeri ainda estão longe da melhor forma pode ser entendido por muitas coisas, a começar pelos lapsos de concentração: como definir o erro da retaguarda (Szczesny acima de tudo, mas também Alex Sandro) que, logo aos 4', liderou ao gol de Donnarumma? Nem deu tempo de aquecer e já é 1-0 Brescia, com a Senhora obrigada a pisar fundo no acelerador na única noite em que Ronaldo falha.

Para complicar ainda mais, a lesão de Danilo aos 19 minutos, mais um mal muscular que se soma aos de De Sciglio e Douglas Costa, um grande indicador de uma preparação atlética que obviamente precisa ser revista. Parece uma noite muito ruim, mas a Juve, à sua maneira, está se recuperando minuto após minuto. Procura-se e encontra-se o Ramsey-Higuain-Dybala na frente de ataque, até porque o argentino, coincidentemente na noite em que falta CR7, se inspira e joga, falhando o golo por apenas alguns centímetros.

Rabiot e Khedira também participam do tiro ao alvo, enquanto do outro lado Balotelli tenta na cobrança de falta que obriga Szczesny a se redimir. No entanto, o empate surgiu na ocasião mais suja, nomeadamente num canto infelizmente desviado para a sua baliza por Chancellor (40'). A piada é grande e o Brescia a acusa ainda no início do segundo tempo, quando a Juve entra em campo e a bola do jogo. Rabiot esteve perto de marcar novamente, então aos 63 minutos Pjanic fez uma jogada decisiva, muito bom em coordenar com o pé direito e bater o inocente Joronen.

Nessa altura a equipa de Corini voltou a aparecer perto de Szczesny, criando algumas oportunidades perigosas e, ao mesmo tempo, permitindo espaços que os alvinegros não conseguiam explorar. Ao apito final da Páscoa, Sarri exulta de nervoso: venceu, sim, mas talvez também não tenha pensado que precisava suar tanto. “Não foi fácil num jogo onde se cai logo aos 4 minutos, frente a uma equipa animada, num ambiente cheio de entusiasmo – comentou o treinador da Juventus. – Vi boa personalidade e bom drible, mas ainda precisamos de evoluir na fase defensiva, também aqui sofremos um golo que poderia ter sido evitado”.

A bola passa agora para o Inter, que joga esta noite contra a Lazio naquele que, sem dúvida, pode ser considerado o grande jogo da quinta jornada. Jogo delicado no San Siro, entre duas equipas saudáveis ​​que regressam de duas boas vitórias, ainda que em contextos muito diferentes. De facto, é inegável que o sucesso dos nerazzurri no derby deixou um entusiasmo sem comparação, tanto que agora muitos falam mesmo do Scudetto. A fala, claro, vale sobretudo para os torcedores, pois Conte, em perfeita sintonia com seu personagem, não quer nem ouvir certas coisas.

“Temos que pensar jogo após jogo, hoje é certo, amanhã não – ilustrou o treinador dos Nerazzurri. – Vamos nos concentrar na Lazio, que também conquistou a Copa da Itália no ano passado… Fique longe de elogios, senão não vamos entender nada. Temos que reiniciar tudo rapidamente, estamos apenas no quinto dia. Vejo muitas reclamações depois de apenas quatro jogos, mas tenho a experiência certa para entender que tudo é artisticamente criado para nos dar uma boa "saccagnata" em breve. O Napoli é muito pouco citado, mas é um time muito forte, a Juve ainda mais. Então vamos pensar nas outras equipes, inclusive o Inter…”.

A tensão é sempre alta, assim como na Lazio, onde a partida de San Siro é vista um pouco como um exame de conclusão de curso. A vitória contra o Parma, de fato, não é suficiente para apagar o desempenho flutuante dos primeiros dias, em que vimos coisas boas, mas também erros que não devem ser repetidos. Mesmo no 2 a 0 de domingo houve espaço para a briga entre Inzaghi e Immobile, demonstrando um ambiente imprevisível, assim como o time.

“Ele já havia se desculpado após a partida e voltou a fazê-lo na segunda-feira diante dos companheiros e do clube, não há caso – o treinador biancoceleste encobriu. – Agora é só pensar no jogo contra o Inter, vamos enfrentar um time muito forte e um ambiente movimentado. Infelizmente treinamos pouco mas estudamos o adversário, o importante será sermos humildes e pé no chão”. Resumindo, palavra para o campo, para um jogo que promete faíscas.

Conte deverá confirmar o 3-4-2-1 do dérbi, sem algumas inevitáveis ​​concessões ao volume de negócios, pelo que Handanovic na baliza, Godin, De Vrij e Skriniar na defesa, Candreva, Vecino, Brozovic e Biraghi no meio-campo, Sensi e Politano no trocarte atrás do único atacante Lukaku.

O habitual 3-5-2 também para a Lazio, que responderá com Strakosha no gol, Luiz Felipe, Acerbi e Bastos na defesa, Lazzari, Milinkovic-Savic, Lucas Leiva, Luis Alberto e Lulic no meio-campo, Immobile e Caicedo no ataque .

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