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Juve faz história: quinto campeonato consecutivo

Apenas Grande Torino e Juve entre 1930 e 1935 conseguiram vencer cinco Scudettos consecutivos e ontem a vitória da Roma sobre o Napoli deu aos bianconeri a certeza matemática de serem novamente campeões italianos. Grandes méritos do clube presidido por Andrea Agnelli, do técnico Allegri, do capitão Buffon e de toda a equipe.

Juve faz história: quinto campeonato consecutivo

Que festa! A vitória da Roma sobre o Napoli selou o título da Juventus, desta vez para valer. Aliás, até a matemática teve de se render ao poder desmedido da Juventus, uma espécie de ditadura que já dura 5 anos e que parece não ter fim. Nunca como nesta temporada o tricolor é merecido, paradoxalmente ainda mais do que em 2013/14, quando a Dama do Conte somou 102 pontos na classificação.

Essa primazia não está em risco (por enquanto, claro), mas todas as outras foram pulverizadas por um roteiro incrível e inesperado. Porque o Napoli foi um verdadeiro adversário, muito mais do que a Roma de Garcia que nunca afetou a primazia de Conte, é sobretudo porque a Juve começou mal, aliás muito mal.

Na 10. .

"Todos estão prontos para comemorar nosso funeral, em vez disso, simplesmente escrevemos a história" comemorou Andrea Agnelli via Twitter, em seu quinto Scudetto consecutivo em 6 anos à frente do clube.

A referência histórica não é nada casual: na verdade, para encontrar um time capaz de conquistar 5 títulos consecutivos, precisamos voltar a 1930-1935. Foi a era de Edoardo Agnelli como presidente, de Carlo Carcano como treinador, do "método" como sistema de jogo (o famoso WW) e de campeões como Combi, Rosetta, Calligaris, Sernagiotto e Orsi em campo.

Passaram-se 81 anos e a história repete-se mas com diferentes protagonistas, destinados no entanto a permanecer na lenda tal como os referidos antepassados. “Foi um scudetto louco, a sequência de 24 vitórias em 25 partidas acho que será irrepetível – comentou Massimiliano Allegri. – Em outubro estávamos em 12º e fora de tudo, mas depois veio uma reviravolta incrível”.

O treinador da Juventus é um dos grandes arquitectos desta vitória, como bem recorda Giuseppe Marotta. “Sempre estivemos próximos da equipe porque sabíamos que tínhamos um excelente treinador – explicou o gerente geral. – Ele não só é bom no aspecto técnico-tático, como também sabe administrar o vestiário maravilhosamente. A renovação dele é apenas uma formalidade, acertaremos os últimos detalhes durante a semana”.

As vitórias nunca são fruto de um único elemento, e depois de ter festejado o clube e o treinador, é justo exaltar os jogadores, os verdadeiros protagonistas deste campeonato. Gigi Buffon certamente se destaca acima de tudo, autora de uma das melhores temporadas de sua extraordinária carreira. Invencibilidade (974') à parte, o capitão fez loucas defesas do início ao fim, quase como se o tempo, em vez de seguir em frente (38 anos em janeiro), tivesse parado.

Menção obrigatória então para os vários Barzagli, Bonucci, Chiellini, Marchisio, Evra e Lichtsteiner, senadores de um vestiário sem igual na Itália, assim como para Dybala (capaz de afugentar o fantasma de Tevez em menos de 6 meses), Pogba (depois de um começo assim, mister 100 milhões está de volta) e Mandzukic (não vai ser bonito de ver mas a sua utilidade é quase desconcertante).

Um degrau abaixo (ainda que alto, reparem) estão todos os outros, atestando um plantel ultracompetitivo e, mais uma vez, inatingível para qualquer adversário. A corrida ao Scudetto, também este ano, segue arquivada sem discussões: o +12 de Nápoles, aliás, não permite direito de resposta.

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