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Inter-Juve, o dérbi italiano que vale muito mais que 3 pontos

O aguardado dérbi italiano de San Siro desta noite não será decisivo para o Scudetto, mas certamente é um divisor de águas para o campeonato: quem perde se mete em confusão, quem ganha se empolga – Pretática de Simone Inzaghi e Allegri que reencontra Dybala

Inter-Juve, o dérbi italiano que vale muito mais que 3 pontos

Vai sobrar apenas um. O derby italiano número 242 na história (204 na Série A) promete ser uma verdadeira entrada ou saída, entre duas equipas obrigadas a perseguir o topo da classificação, atualmente ocupada pelo Milan a uma altitude de 25, 8 a mais que os nerazzurri e 11 que os bianconeri. Veja bem, nada pode ser considerado decisivo no dia 24 de outubro, mas é claro que quem perder se encontrará em grandes apuros, além de ser forçado a uma reviravolta realmente complicada.

É claro que o Inter tem 3 pontos a mais e por isso parte de uma situação melhor, mas os últimos jogos os viram em baixa, ao contrário uma Juventus cínica e vencedora como seu treinador. É por isso difícil encontrar um favorito, até porque este não é um jogo normal, mas sim um caldeirão de rivalidades e polémicas incendiárias como poucos no mundo.

“Vai ser um bom jogo entre duas equipas importantes, na minha opinião o Inter continua a ser o favorito à conquista do Scudetto – análise de Allegri -. Na minha opinião não é decisivo, mas permitiria prolongar esta sequência de resultados, o da Roma foi muito mais importante para a nossa classificação. Não podemos pensar que em uma partida podemos ganhar ou perder o campeonato novamente...".

"Fico feliz que Allegri ainda nos considere o time mais forte, mas posso muito bem dizer o mesmo para eles, para o Milan, para o Napoli ou para outras equipes - disse retorquiu Inzaghi -. Digamos que é uma luta que vale mais do que os três pontos em jogo. Teremos de ser bons a fazê-lo nosso, tentando expressar o nosso futebol e tentando estar sempre equilibrado. A Juventus recuperou todos e vem de resultados muito bons, será preciso muita atenção”.

Ambos vêm de duas vitórias europeias que trouxe sorrisos e moral, mas no campeonato são os alvinegros que têm a melhor sequência, graças às quatro vitórias consecutivas obtidas com Spezia, Sampdoria, Turim e Roma, as duas últimas (que dobram também considerando a Liga dos Campeões) sem sofrer gols. Já o Inter está de volta da derrota para a Lazio, que, sem a polêmica do famoso gol de Felipe Anderson com Dimarco no chão ("pelo que aconteceu decidimos que não vamos mais jogar a bola fora" trovejou Inzaghi), destacou i problemas defensivos da equipe, já emergiu parcialmente com Fiorentina, Atalanta e Sassuolo.

Resumindo tudo, pode-se dizer que esta noite, diante de um San Siro lotado (60 espectadores, o máximo considerando os 75% da capacidade), enfrentará duas filosofias opostas: A ludicidade de Inzaghi, sempre em busca do gol extra e a miopia de Allegri, mestre do 1 a 0. “

Sempre vi a minha equipa bem em campo, mesmo nos jogos que correram mal – continuou o treinador dos nerazzurri -. O percurso é bom, a derrota de sábado abrandou a nossa classificação mas o grupo está consciente da sua força, é normal que tenhamos de melhorar e estar concentrados em todos os momentos do jogo”.

“Não é que a Juve fique mais à vontade quando não tem de jogar, mas no futebol é preciso acima de tudo saber bloquear e passar bem a bola – confirmou o colega da Juventus -. Vamos precisar de muita atenção defensiva e jogo técnico. Teremos que ser lúcidos e assassinos quando temos a bola, assim como a luta a nível físico, sobretudo no início”.

Resumindo, o roteiro tático do desafio já pode ser adivinhado com uma boa dose de segurança, agora só falta ver quem vai levar a melhor em campo. Inzaghi terá que prescindir de Correa, de resto terá todos à disposição e por isso poderá fazer um 3-5-2 decididamente competitivo com Handanovic na baliza, Skriniar, De Vrij e Bastoni na defesa, Darmian, Barella, Brozovic, Calhanoglu (à frente de Vidal) e Perisic no meio-campo, Dzeko e Lautaro no ataque.

Allegri reencontra Dybala, de volta ao plantel após a lesão antes do intervalo, e está pronto para responder com um 3-5-2 que terá Szczesny na baliza, Danilo, Bonucci, Chiellini nas costas, Cuadrado, Bentancur, Locatelli, Bernardeschi e Alex Sandro no meio, Chiesa e Morata como dupla ofensiva.

O árbitro da partida será Maurizio Mariani, chamado para dirigir uma partida muito complicada, com a missão de se fazer quase invisível: se amanhã ao menos pudéssemos falar do relvado, aliás, um dos vencedores por excelência seria certamente ele. 

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