comparatilhe

Indústria, eis quem sobe e quem desce na era Covid

O Relatório de Análise do Setor Industrial editado pela Prometeia e Intesa Sanpaolo e atualizado em outubro, a manufatura italiana está se recuperando, mas em 2020 perderá 14% do faturamento.

Indústria, eis quem sobe e quem desce na era Covid

A indústria manufatureira italiana se recupera, mas em 2020 perderá, sem novos bloqueios generalizados, 14,3% de seu faturamento. A estimativa é do Relatório de Análise do Setor Industrial editado pela Prometeia e Intesa Sanpaolo e atualizado em outubro. A única exceção, desnecessário dizer, é a farmacêutica que, de fato, está avançando 4%; depois, há aqueles que limitam os danos, como Alimentos e bebidas, FMCG, Eletrodomésticos, Eletrônicos e Produtos e materiais de construção; e os que mais perdem, como a Mecânica, o sistema da moda e a cadeia automotiva. Para 2021-22, o estudo confirma as previsões de uma recuperação fisiológica mas significativa do volume de negócios, com um crescimento médio anual de 6.8% a preços constantes.

Quanto à transformação para uma economia mais sustentável, Itália parece bem posicionada na corrida pela neutralidade climática União Europeia, com a redução de 17.2% de suas emissões de mudanças climáticas no período 1990-2018, para o qual também contribuíram os processos industriais. A manufatura italiana é hoje a segunda menos intensiva em emissões poluentes depois da alemã, à frente da França e da Espanha, graças ao esforço inovador das empresas, destacado pela participação de 5.1% no mercado de patentes verdes europeias destinadas a processos de fabricação.

ANÁLISE POR SETORES

Estimativas de crescimento confirmadas para Farmacêuticos (+3.9% a preços constantes em 2020), única exceção no panorama do setor, graças à dinâmica da procura global, face a um demanda interna por medicamentos em leve queda (síntese de aumento da procura de tratamentos Covid e quebra de outras terapias), e expectativas de estabilidade para o volume de negócios do setor da Alimentação e bebidas (-2.8%), fruto do fraco crescimento das exportações e do aumento do consumo alimentar produtos domésticos, que compensam parcialmente o declínio geral no canal Ho.Re.Ca.

A seguir no ranking, com uma quebra de volume de negócios na ordem dos 7% a preços constantes, encontram-se os bens de consumo, impulsionado pela forte demanda por produtos de higiene, que no entanto não compensa a quebra dos cosméticos, e dos Eletrodomésticos (que beneficiam da recuperação das encomendas do mercado externo e da procura interna suportada pelo motor da reabilitação habitacional, num contexto em que o ambiente doméstico é mais vivido e também usado para necessidades de negócios). Na Eletrônica, tanto o consumo de tecnologia nacional quanto os investimentos em digitalização contribuem para conter a queda do faturamento em 2020 (-8.9% a preços constantes).

Entre os setores que deverão contrair menos do que a média da indústria, encontram-se os produtos e materiais de construção (-10.5% a queda esperada em 2020, novamente a preços constantes), cujo volume de negócios beneficia da recomeçar o investimento na construção, em particular de reformas residenciais (para os quais foram reforçados os incentivos ecológicos e anti-sísmicos), Outros Intermédios (-11.8%), suportados pelo aumento da procura de produtos de plástico e papel ligados à emergência sanitária e Intermediários Químicos (-9.2%), graças ao demanda por produtos químicos para saneantes que está impulsionando as exportações.

Comportamento em linha com a tendência média da indústria da Metalurgia e Produtos Metálicos (com um volume de negócios que deverá diminuir 14.3% e 14.5%, respetivamente, a preços constantes), cuja atividade é afetada positivamente pela construção mas negativamente pela Mecânica e cadeia automóvel. As dificuldades económicas do sector automóvel penalizam também a Engenharia Electrotécnica, que abre a parte inferior do ranking do sector (-15.2% de quebra esperada do volume de negócios a preços constantes de 2020), apesar do força motriz oferecida por investimentos crescentes em uma chave ecológicatanto no setor automotivo quanto na construção civil. Ainda mais penalizada foi a Engenharia Mecânica (-18.4% de contração esperada em média para o ano), que enfrenta uma queda acentuada na demanda mundial (mais de 13% em 2020, segundo nossas estimativas, contra cerca de -10% para a manufatura total) e um revés no investimento na frente doméstica.

A requalificação do ambiente doméstico ligada ao trabalho inteligente está a impulsionar a recuperação do setor do Mobiliário, que após uma queda muito intensa na fase de confinamento, deverá conseguir conter a queda do volume de negócios a preços constantes de 18.5 para 2020%. do ranking estão colocados o sistema moda (-25.4% a queda esperada para 2020) e veículos automotores e motocicletas (-26.8%). Eles pesam no desempenho da moda uma temporada essencialmente perdida, devido às medidas restritivas à mobilidade empreendidas na primavera a nível internacional, e a um fecho do ano caracterizado por um clima de incerteza, com limitações à vida social que irão travar ainda mais o consumo destes bens.

O setor automotivo sofre os efeitos da forte crise econômica que levou a um adiamento da procura de veículos a motor, ainda que as expectativas sejam de recuperação parcial do faturamento do setor entre agosto e dezembro, graças ao reforço dos ecoincentivos ao automóvel aprovados no Decreto de agosto, que já voltaram a registrar números positivos em setembro.

Comente