A gigante norte-americana das vendas online não esteve presente na Feira do Livro de Frankfurt, mas a Amazon esteve na boca de todos após o anúncio da oferta de acesso ilimitado aos e-books do seu catálogo em troca de uma modesta subscrição mensal.
“Tememos que se desenvolva uma concorrência desleal com outras operadoras e que isso prejudique também os direitos autorais”, comentou o escritor austríaco Gerhard Ruiss durante mesa redonda realizada na Feira. “A Amazon não tem o mercado que gostaria na Europa. Essa é a razão desta oferta”.
Ruiss é um dos dois mil escritores de língua alemã que assinaram uma petição contra os métodos usados pela gigante de Seattle em sua batalha de preços contra a escandinava Bonnier, uma das mais importantes editoras presentes no mercado alemão. Os autores também acusaram a Amazon de atrasar o lançamento de títulos e boicotar escritores sob contrato com editoras com as quais a Amazon tem disputas legais em andamento.
A Alemanha é o maior mercado da Amazon fora dos Estados Unidos, mas a empresa foi prejudicada por repetidas paralisações em uma longa disputa salarial e pela exibição de um documentário na televisão alemã que não foi nada bom para a imagem da gigante.