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Fitch reduz perspectiva de bancos, Azimut e seguradoras

A perspetiva de 5 bancos e 9 grupos de seguros, aos quais se junta a Azimut, foi revista em baixa de “estável” para “negativa”: a base para a escolha são as perspetivas “não róseas” sobre o futuro da economia italiana e o exposição da empresa a títulos do governo italiano

Fitch reduz perspectiva de bancos, Azimut e seguradoras

A piora das perspectivas econômicas italianas que levaram a Fitch a confirmar o rating do nosso país, porém baixando-o a perspectiva de "estável" para "negativa", também infecta bancos e seguradoras.

Em apenas três dias, a agência americana de fato revisou sua opinião sobre o futuro dos mais importantes grupos listados em nosso país.

Para entender o porquê, basta reler as razões por trás da revisão para baixo do panorama nacional. De acordo com Fitch iDívida pública da Itália continuará "muito alta", deixando o país "mais exposto a possíveis choques". Entre as questões críticas que surgiram, analistas norte-americanos apontam "a natureza nova e não testada do governo, as consideráveis ​​diferenças políticas entre os parceiros da coalizão e as contradições entre os altos custos de implementação dos compromissos assumidos no 'Contrato' e o objetivo de reduzir a dívida pública. Não está claro como essas tensões políticas serão resolvidas."

Por que demorar e não intervir imediatamente na classificação? A razão é óbvia: para 2018 as políticas do Lega Executivo - M5s razões Fitch, ainda não afetarão o nível do déficit, que deve cair para 1,8% do PIB contra 2,3% em 2017.

FITCH: A PERSPECTIVA BANCÁRIA

A sentença proferida em 5 de setembro sobre os bancos segue de perto e representa uma consequência direta da italiana. quarta-feira Fitch trouxe a perspectiva de cinco bancos italianos mudou de "estável" para "negativa": Unicredit, Intesa Sanpaolo, Mediobanca, Credem e Bnl. A notação de rating de longo prazo “BBB”, estabelecida a 31 de agosto, mantém-se entretanto confirmada.

Na base da mudança de perspectivas está o novo clima econômico trazido pelo novo governo. Ainda que, como referido, as políticas do Executivo liderado pelo Premier Giuseppe Conte não tenham repercussões diretas sobre o défice para o momento do corrente ano, o rácio défice/PIB ainda não conseguirá cumprir as previsões, mantendo-se superior a 0,2 %, também devido ao menor crescimento do PIB. Para o próximo ano, porém, espera-se um déficit de 2,2% do PIB, acima da meta de 2% estabelecida pela UE.

“As atividades da Intesa Sanpaolo, Mediobanca e Credem são principalmente domésticas e seus IDR e VR (os ratings, ed) são, portanto, impactados pelo perfil de risco da Itália e pela economia doméstica”, explicou a Fitch. No que diz respeito à Unicredit, no entanto, a sua diversificação geográfica não é suficiente para desvincular completamente a empresa-mãe do destino da Itália e da sua economia, considerando os npls essencialmente nacionais.

FITCH: PERSPECTIVA NEGATIVA TAMBÉM PARA AZIMUTO

Depois dos bancos, era 6 de setembro na Azimut enfrentar a revisão para baixo de sua perspectiva de "estável" para "negativo" e confirmação do rating "BBB".

“A perspectiva negativa – lê-se na nota da Fitch – reflete principalmente condições de mercado mais complexas o que poderá ter impacto nos activos sob gestão, na apetência pelo risco dos clientes e nas entradas líquidas, elementos que poderão pressionar a rentabilidade da Azimut e a relação entre a dívida bruta e o ebitda”.

Embora a Azimut esteja a tentar expor-se mais aos mercados externos, reduzindo simultaneamente a sua exposição ao mercado italiano, “acreditamos que a dinâmica que afeta o perfil de risco das obrigações do Estado italiano terá, em todo o caso, repercussões na empresa”. Não só isso, segundo a agência norte-americana, “ao contrário de outros operadores mais tradicionais, a Azimut aposta mais nas comissões de performance, que são variáveis, pelo que poderão ser mais influenciadas caso os mercados continuem a apresentar uma tendência negativa”.

PERSPECTIVAS DA FITCH E DO SEGURO

Mesmo os principais grupos seguradores italianos não têm escapatória. No setor, a Fitch reduziu a perspectiva de nove grandes empresas para "negativa" de "estável".

As classificações e avaliações de longo prazo sobre a força financeira de seguros (IFS) de todos permanecem confirmadas. No que diz respeito à redução da perspectiva, a lista inclui Generali, Reale Mutua, Sace, Intesa Sanpaolo Vita, Itas Mutua, Poste Vita, UnipolSai (juntamente com a controladora Unipol Gruppo), Siat e Vittoria.

O raciocínio por trás da decisão é o mesmo para todos: a presença em carteira de uma quantidade considerável de títulos do governo italiano. Tomando como exemplo a Generali, depois de confirmar o rating "A-", a Fitch informou que no final de 2017 a seguradora tinha em carteira títulos do governo italiano no valor de 64 bilhões de euros (2,5 vezes o patrimônio líquido). No final de 2017, a Unipol tinha 32 bilhões de títulos do governo em sua carteira (mais de 4 vezes o patrimônio líquido), a Vittoria Assicurazioni 0,8 bilhão de euros (antes o patrimônio líquido).

 

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