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Dívida em declínio, o Superbônus permanece: aqui estão os números do Nadef

O conselho de ministros aprovou a nota de atualização do Def - PIB 2021 em 6%, déficit em 9,4%, 18 bilhões ao ano de margem para os próximos 3 anos - Reforma do Irpef e redes de segurança social em andamento - Aprovado o decreto de prorrogação, o superbônus confirmado

Dívida em declínio, o Superbônus permanece: aqui estão os números do Nadef

Dívida pública abaixo das expectativas e crescimento acima do esperado e margens de gastos maiores. Estes são os pontos marcantes do novo programa de finanças públicas aprovado em Conselho de Ministros hoje, quarta-feira, 29 de setembro.

A PREVISÃO ECONÔMICAHE

A Nota de Atualização do Def prevê que em 2021 o dívida pública situar-se-á nos 153,5% do PIB, menos dois pontos percentuais face aos 155,8% de 2020 e quase seis pontos face às estimativas constantes do Documento Económico e Financeiro divulgado em abril. Uma reversão tão poderosa quanto inesperada, possível também graças ao crescimento acima do esperado e ao déficit abaixo do esperado.

Já o Premier Draghi já havia antecipado na semana passada: em 2021 o PIB italiano aumentará 6% contra os 4,5% esperados na dezembro de abril. Nos próximos anos, porém, o crescimento será igual a 4,7% em 2022, 2,8% em 2023 e 1,9% em 2024.

Bem também o déficit que este ano se estabelecerá em 9,4% contra 11,8% calculados na primavera. Em 2022, porém, o déficit cairá para 5,6% do PIB, valor superior à tendência que se estima em 4,4%, liberando 1,2 ponto do PIB de recursos para a Lei Orçamentária. “Existe uma possibilidade concreta de recuperar gradualmente os níveis normais de abertura nas atividades sociais, culturais e desportivas, o que ajudará a atingir o nível do PIB trimestral pré-crise em meados do próximo ano”, indica o ministro da Economia, Daniel Franco, na introdução ao Nadef. "Concluída esta primeira etapa - prossegue Franco - terá início a fase de expansão real da economia, que trará o crescimento do PIB e do emprego claramente acima das taxas registradas na última década".

Inflação, que deverá ser de 1,5% este ano, se acomodará em 2022% em 1,6 e depois chegará a 1,5% em 2023 e 1,7% em 2024. Por fim, o taxa de desemprego passará de 9,3 para 9,6% em 2021 e cairá para 9,1% em 2022, 8,4% em 2023 e 7,7% em 2024. 

O documento também prevê que nos próximos três anos haverá margens de aproximadamente 1 ponto do PIB 18 bilhões por anoimplementar novas intervenções.

“Este documento prevê um cenário de crescimento para a economia italiana e uma redução gradual do déficit e da dívida pública. A entonação da política orçamentária segue expansiva nos próximos dois anos e, aos poucos, passa a ser mais focada na redução da relação dívida/PIB”, diz o prefácio ao Nadef do ministro da Economia, Daniele Franco. “A implementação integral do Pnrr continua a ser a grande aposta para os próximos anos, num contexto global que talvez seja o mais complexo e articulado da história recente. É uma aposta que a Itália pode vencer com coesão interna, boa governação e fortes raízes europeias”, continuou Franco.

FISCO

“As intervenções de política fiscal que o governo pretende adotar – continua o documento – determinam um fortalecimento da dinâmica expansionista do PIB neste e no próximo ano. De realçar a confirmação de políticas inalteradas e a renovação das intervenções a favor das PME e da promoção da eficiência energética e da inovação. Além disso, a primeira fase do reforma do imposto de renda pessoal e amortecedores sociais e prevê-se a implementação do subsídio único universal para crianças”.

No Nadef, o Governo antecipa ainda que “as receitas provenientes da revisão dos impostos ambientais e dos subsídios nocivos ao ambiente serão utilizadas para reduzir outros encargos dos setores produtivos”. “Os recursos orçamentários – lemos – serão cada vez mais direcionados para investimentos e gastos com pesquisa, inovação e educação”.

SUPERBÔNUS

Como parte da Nota de Atualização do Def, o Governo confirmou a superbônus 110%, o incentivo válido para reformas verdes. A efetiva prorrogação virá então com a Lei Orçamentária. "O percurso programático para o triénio 2022-2024 - lê-se na introdução do documento - permite colmatar as necessidades das chamadas políticas inalteradas e a renovação de inúmeras medidas de importância económica e social, incluindo as relativas ao sistema de saúde, o Fundo de Garantia às PME e incentivos à eficiência energética dos edifícios e a investimentos inovadores”, explica o texto.

EXTENSÕES

O Nadef vem acompanhado de decreto com prorrogações há muito esperadas: haverá mais um mês para pedidos retroativos do cheque único e novos prazos até 31 de outubro de 2021 para pagamento do IRAP suspensos em 2020. Prorrogação de um mês também para os prazos para os referendos.

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