Os Grandes estão subindo as tabelas de preços, graças ao empenho dos presidentes. Da China vem, por meio de um furo do South China Morning Post em Hong Kong, que o presidente Xi poderia se encontrar com a delegação dos EUA no final das negociações na sexta-feira, confirmando que as negociações estão avançando. Em vez disso, Bloomberg escreveu esta noite que a Casa Branca está avaliando a possibilidade de adiar a introdução de tarifas sobre produtos chineses que entram nos Estados Unidos por trinta dias: o prazo atual é o início de março.
O otimismo é transmitido às moedas. O dólar se fortaleceu em relação ao iene pelo quarto dia consecutivo em 111,03. Voltamos às altas desde o Natal. A moeda norte-americana também se valoriza face às suas principais homólogas asiáticas, face à rupia indonésia e ao won sul-coreano. Em sentido contrário, o euro abrandou, fechando ontem em baixa de 0,6%, penalizado pelos dados da produção industrial na zona euro e pela crise política em Espanha. No dia da votação na Câmara dos Comuns sobre a última proposta de Theresa May sobre o divórcio da União Europeia, a libra se recuperou ligeiramente em relação ao dólar em 1,287.
Mas os mercados já estão atentos à próxima audiência do presidente do Fed, Jerome Powell, no Congresso, que dará indicações mais precisas sobre os próximos movimentos do banco central: os dados de inflação não sugerem risco de aperto: as bolsas podem comemorar o Dia dos Namorados com serenidade.
TRAVA DE TROCAS ASIÁTICAS. A CHINESA COMÉRCIA BEM
Ligeira correção de baixa das bolsas chinesas: Hong Kong -0,3%, Shanghai Composite -0,2%.
Durante a noite, foram divulgados os dados da balança comercial chinesa, condicionada pelo recente feriado do Ano Novo Lunar. As exportações, expressas em dólares, subiram 9,1% em janeiro, ante previsão de -3,3%. As importações caíram 1,5% (estimativa dos economistas -10%).
O Nikkei de Tóquio moveu-se pouco após a divulgação dos dados do PIB do Japão, no quarto trimestre a expansão foi de 0,3% trimestralmente. No período junho-setembro houve contração de 0,7%.
Petróleo continua subindo: Brent a 64 dólares, impulsionado pela decisão saudita de cortar a produção.
WALL STREET COMEMORA O RETORNO DA LEVI'S APÓS 30 ANOS
O setor de energia foi o que mais brilhou nas bolsas americanas, subindo pelo quarto dia consecutivo: Dow Jones +0,46%, S&P 500 +0,30%. O Nasdaq +0,08% foi menos movimentado.
Subindo acentuadamente após a Cisco Stock Exchange, após os resultados. Mas a verdadeira novidade é o anúncio do retorno à Bolsa da Levi Strauss & Co., que saiu de Wall Street há mais de 30 anos. Os tiros perdedores são American Eagle e Abercrombie & Fitch.
As listas europeias também mostram grande poeira, apesar de a produção industrial da Zona Euro ter confirmado o abrandamento que já vinha ocorrendo há vários meses (-0,9% em dezembro contra uma previsão de -0,4%). Nem mesmo a legítima mas surpreendente decisão do Banco de Santander de não proceder ao reembolso de um título Coco impediu a corrida ao mercado obrigacionista, sustentada pela perspetiva de taxas ainda mais baixas. E assim avança o Touro, independentemente dos antigos (Brexit, Itália) e novos (eleições iminentes em Espanha) desafios políticos.
LOCAL DE NEGÓCIOS AINDA NO TOPO, TENSÃO EM MADRID
A Bolsa de Milão +0,93% fechou a sessão nas novas máximas do ano em 20.047 pontos. Desde o início do ano, o ganho é de 10%, o melhor resultado da Zona Euro (Eurostoxx +7%).
Os demais índices também foram positivos: Frankfurt sobe 0,38%; Paris +0,35%. Apenas Madri permanece estável após a rejeição da lei orçamentária de 2019 proposta pelo governo socialista de Pedro Sánchez, que abre caminho para eleições antecipadas.
A crise espanhola enfraquece o Euro que perde 0,3% face ao Dólar para 1,128.
BREXIT, ÚLTIMA CHAMADA. SUÉCIA AUMENTA AS TAXAS
Londres +0,82%. A libra estava fraca em 1,288, na véspera da votação do Parlamento sobre as últimas propostas de Theresa May para o Brexit. O primeiro-ministro pediu à Câmara dos Comuns mais tempo para chegar a um novo acordo com a UE. Para o líder trabalhista Corbyn, “o governo continua a ganhar tempo e a inventar novas desculpas e adiamentos” para chegar ao ponto em que os deputados serão “chantageados” e obrigados a votar a favor do acordo do executivo.
Fora da Zona Euro, no entanto, a coroa sueca apreciou-se, depois de o banco central ter confirmado a sua vontade de proceder a uma nova subida das taxas na segunda metade do ano.
SPREAD CAI PARA 266 APÓS LEILÃO RECORDE
Os spreads e rendimentos do BTP caíram em outro dia positivo para o setor secundário italiano, galvanizado pelos resultados das colocações de médio prazo.
No leilão, limitado apenas a BTPs de 3 e 7 anos em vista dos recentes lançamentos de sindicatos com vencimentos de 15 e 30 anos, o Tesouro cedeu todos os 4,5 bilhões ofertados com taxas caindo para o nível mais baixo desde maio passado. A demanda pelo BTP de três anos foi muito forte, com o lance a cobrir chegando a 1,77, o maior desde julho.
O spread Itália-Alemanha no segmento de dez anos caiu abaixo de 270 pontos base, atingindo 266 na final, o nível mais baixo em uma semana (em comparação com 274 no início).
A taxa de referência a 2,80 anos caiu abaixo de 2,78%, parando em 2,87% face a XNUMX% no início da sessão.
A tendência não diz respeito apenas à Itália. Ontem a Alemanha colocou 1,18 mil milhões na reabertura do Bund a 30 anos com taxa a descer para 0,72% e Portugal que atribuiu 705 milhões na obrigação a 10 anos e 295 milhões na a 15 anos, em ambos os casos com taxas em queda.
JUVE, RONALDO BOND TAMBÉM NO GOL
A Juventus +0,45% na Piazza Affari aproveitou este contexto positivo para colocar o "Ronaldo Bond", ou seja, um empréstimo obrigacionista não convertível a cinco partes no valor de 175 milhões de euros reservado a investidores qualificados. A resposta do mercado foi boa: as encomendas ultrapassaram os 250 milhões de euros. O título, que paga um cupom de 3,375%, oferece um prêmio de 173 pontos-base sobre o título de outubro de 2024 da controladora Exor, que possui classificação BBB+ da S&P.
FINECO E AZIMUT MANTEM A CORRIDA, BEM UNICRÉDITO
Gestão de ativos e bancos foram os principais protagonistas da sessão na Piazza Affari. À frente da corrida está o Fineco Bank, o melhor da lista principal com uma subida de 4,94%, à frente da Azimut +4,17% que anunciou entradas positivas em janeiro de 554 milhões de euros e da Banca Generali (+4,1%).
O índice bancário italiano também foi tónico, subindo 1,17%, superando o europeu, que se situou em +0,3%. Os grandes nomes vão bem: Intesa + 0,35%, Unicredit voa + 2,16%.
Abaixo de 0,73% Bper. À tarde, a Moody's melhorou a perspectiva do banco para 'positiva' de 'negativa' após o anúncio da aquisição do Unipol Banca da Unipol +0,66%. Para este último, a agência americana colocou os ratings atribuídos em observação para um possível upgrade. Ubi -1,03%.
MPS TAMBÉM FUNCIONA, PRYSMIAN RESGATE
O MPs foge da lista principal: +3,58% após entrevista com o CEO Marco Morelli, que falou em possíveis fusões para o instituto. como elemento decisivo para o desenvolvimento do banco no médio prazo. Lucros do Banca Ifis: -4,83% após o rali dos dias anteriores (+30% em duas sessões).
As demais blue chips também tiveram bom desempenho, com exceção de Stm (-0,37%) e Ferrari (-0,32%).
REMOVER O SOL 24 HORAS (+20%)
A Prysmian se recupera em 3,55% após as quedas dos últimos dias nas perspectivas da multa antitruste no Brasil.
Os demais industriais tiveram bom desempenho: Brembo +2,5%, FCA +1,57%, CnH +1,29%, Leonardo Spa +0,98%.
Fora da lista principal, o Il Sole 24 salta 19,94% com volumes quase 10 vezes superiores à média dos últimos 30 dias. A ação perdeu 9% no acumulado do ano e quase 60% em 12 meses.
A hélice também voa: +14,1% após os resultados.