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Crise e luxo: até a Versace procura um parceiro. Meta é estar listada na Bolsa até 2015

A casa fundada há 40 anos e órfã desde 1997 por seu criador Gianni Versace pode em breve passar para mãos estrangeiras: Santo, Donatella e Allegra Versace Beck (que possui 50%) confiaram ao Goldman Sachs a tarefa de encontrar um sócio para recapitalizar a empresa – A meta é estar listada na Bolsa dentro de 2 a 3 anos – Só a Armani resiste.

Crise e luxo: até a Versace procura um parceiro. Meta é estar listada na Bolsa até 2015

E no final apenas o rei George sobreviveu. Das grandes marcas da moda italiana dos anos 80, Armani é o único que resistiu em simultâneo com a globalização e a crise, conseguindo não só não vender, como também comprar (por exemplo 5% da Luxottica, que vale 600 milhões em Bolsa), e ainda apresentar resultados invejáveis ​​em 2011, com receitas crescendo para quase 2 bilhões e caixa e equivalentes de mais de 640 milhões, impulsionado principalmente pelos mercados emergentes (China in primis).

Em vez disso, é notícia de ontem que, depois do que já aconteceu com Ferré e Valentino, entre outros, Versace também está procurando um parceiro, que pode apoiar a recapitalização da marca adquirindo uma participação entre 30 e 40%. A notícia foi avançada pelo semanário económico Il Mondo, segundo a qual os irmãos Santo e Donatella Versace, juntamente com a filha deste último, Allegra Versace Beck (dona respectivamente 30, 20 e 50%).

O pouso pode ocorrer na Piazza Affari ou em outra lista internacional como, por exemplo, a Prada fez no ano passado (em Hong Kong), e nos planos da família está a concretização do valor de 1 bilião de euros antes da entrada. No entanto, a empresa terminou 2011 com um rendimento positivo, na sequência do excelente desempenho de todo o setor do luxo, que no ano passado resistiu de forma brilhante à crise e espera para 2012 um volume de negócios global recorde, de 200 mil milhões de euros. Segundo o seu CEO Gian Giacomo Ferraris, o ano passado foi mesmo "acima das expectativas" da Versace spa, com +16,4% nas receitas (340,2 milhões de euros) e +73% no ebitda (margem operacional bruta de 38,7 milhões). Sobre tudo, o ano voltou a ser positivo depois do prejuízo de 21,7 milhões no ano anterior, registando-se lucros de 8,5 milhões de euros.

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