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O quebra-cabeça da China está crescendo. O desejo pelo afunilamento está crescendo na Europa

Enquanto a manufatura chinesa cai abaixo de 50, as Big Techs of the Dragon se recuperam – A economia europeia está acelerada e os falcões estão pressionando para reduzir as compras do BCE – Lagarde fala sobre “auxílios cirúrgicos” – Dólar em queda, BTP em alta – Autogrill vence em Bali

O quebra-cabeça da China está crescendo. O desejo pelo afunilamento está crescendo na Europa

A China é hoje a grande incógnita da economia e das finanças globais. Os dados mais recentes confirmam a desaceleração do crescimento, não só nos serviços, mas também na indústria. O índice PMI Caixin, dedicado a empresas privadas, confirma a queda abaixo de 50 já registrada pelo índice oficial. A quebra da procura externa, o aumento das matérias-primas agravado por problemas logísticos e a fragilidade financeira das empresas imobiliárias fazem-se sentir.

EM PEQUIM A INDÚSTRIA AGUENTA-SE, MESMO PERTO DOS CAVALEIROS

Enquanto isso, cresce a pressão do Estado sobre o mundo do trabalho: desta vez é a vez do mundo do entretenimento, onde “caprichos ou atitudes efeminadas não serão mais tolerados”. Mas os sinais de “esquerda” também estão chegando. Na frente do piloto, por exemplo. Foi convocada a alta direção de onze empresas que atuam na entrega por meio de pessoas com transporte próprio: todas foram solicitadas a documentar detalhadamente a relação entre a empresa e os ciclistas/motociclistas que realizam a parte final do serviço.

O SALTO DAS GRANDES TECNOLOGIAS

Em suma, uma repressão total que a Bolsa parece ter metabolizado. Esta manhã, a Meituan, um dos grandes nomes das entregas ao domicílio, negociou em Hong Kong a 3.690 dólares locais, +40%. Em Wall Street, o índice FANG Plus, que reúne as dez principais ações do setor tecnológico cotadas nos EUA, recuperou 1,5% graças ao contributo decisivo das duas redes sociais chinesas, Alibaba e Baidu.com, as mais visadas pelas pressões sobre a tecnologia. É muito cedo para dizer, mas a sensação é de que os grandes gestores, em busca de alternativas às listas de preços ocidentais no topo, começam a olhar com interesse para os fundamentos das empresas amarelas, muito mais baratas.

As bolsas da China estão em torno da paridade após a nova intervenção das autoridades de supervisão no mundo corporativo: o efeito sobre as ações, porém, desta vez é marginal, senão nulo. Índice CSI 300 das listas de Xangai e Shenzen -0,3%, Hang Seng de Hong Kong +0,1%, Taiex de Taipei -0,5%.

AUSTRÁLIA E COREIA EM BAIXA, NIKKEI AUMENTA

Em outros lugares, na Ásia-Pacífico, o Nikkei ganhou 0,3%. O S&P ASX 200 de Sydney perdeu 0,9% no dia da divulgação do dado recorde da balança comercial: o boom das commodities empurrou o superávit para 12,2 bilhões de dólares locais em julho. Hoje a lista é prejudicada pelos fracos preços do minério de ferro.

Kospi de Seul perde 0,9%. Em agosto, a inflação foi ainda mais longe dos níveis de guarda indicados pelo Banco Central: a variação dos preços ao consumidor foi de +2,6%, enquanto o consenso esperava +2,4%.

NOVO RECORDE PARA NASDAQ

Os futuros dos EUA não mudaram muito. Ontem, porém, foi novamente em festa para o Nasdaq (+0,33%) e um novo recorde em 15.309. O S&P 500 está quase estável (+0,03%), o Dow Jones está fraco (-0,14%).

Avanço tecnológico e de serviços públicos, após as garantias do Fed sobre as taxas.

OPIÓIDES: UM DEBATE DE US$ 4,5 BILHÕES DE DÓLARES

A decisão de um juiz federal de aceitar a proposta da família Sackler, uma das mais poderosas da América, causa sensação: por trás de uma multa de 4,5 bilhões de dólares, os donos da Purdue, empresa responsável pela epidemia de opioides que causou mais de meio milhão de mortes nos EUA, saem imunes do processo.

O DÓLAR FLAPS, O PETRÓLEO TAMBÉM

O petróleo WTI caiu 0,3%, para US$ 68,3 o barril. A OPEP decidiu continuar no caminho dos aumentos de produção conforme acordado na altura. 80% das instalações do Golfo do México permanecem fora de ação após o furacão.

O dólar e as taxas caem. Notas do Tesouro de dez anos a 1,30%, cruzamento euro-dólar a 1,184.

WEIDMANN: SIM ÀS TAXAS BAIXAS, MAS O PEPP DEVE ACABAR

A inflação da zona do euro corre o risco de exceder as expectativas do Banco Central Europeu, já que fatores temporários por trás de seu pico recente podem se infiltrar no crescimento subjacente dos preços. Assim, o presidente do Bundesbank, Jens Weidmann, partiu para o ataque à política monetária do BCE, que, segundo ele, prenuncia um aumento duradouro da inflação. “O primeiro P na sigla 'Pepp' significa 'pandemia', não 'permanente', e com razão", disse ele em referência ao programa de compra de títulos, que deve expirar não antes de 31 de março. Weidmann acrescentou que uma política monetária expansionista ainda é apropriada, mas o BCE também deve se preparar para o fim de seu programa de compras emergenciais. Pela primeira vez, as pombas estão inclinadas a dar pelo menos uma satisfação parcial aos falcões.

LAGARDE: AUXÍLIO SIM, MAS "CIRÚRGICO"

O vice-presidente do BCE, Luis De Guindos, destacou que do ponto de vista económico, “2021 está a correr melhor do que o esperado”. Em entrevista, porém, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, defendeu que a economia da zona euro está a recuperar da pandemia do coronavírus e só precisa de apoios “cirúrgicos”, dirigidos a setores que ainda se encontram em dificuldades.

MILÃO +0,66%. A FABRICAÇÃO MADE IN ITALY FUNCIONA

A Piazza Affari fechou em alta de 0,66%, aos 26.181 pontos, após ter registrado um trimestre junho-agosto em alta de cerca de 5%.

O setor manufatureiro da Itália manteve um crescimento sólido em agosto, apoiado por uma forte demanda após a reabertura após os bloqueios, de acordo com a pesquisa mensal de negócios. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) da IHS Markit ficou em 60,9, acima dos 60,3 de julho e bem acima da marca de 50 que separa o crescimento da contração. Foi a terceira leitura mais alta de todos os tempos, superada apenas pelos números de maio e junho. O consenso da Reuters foi de 60.

Em terreno positivo, exceto Frankfurt (-0,09%), também os demais mercados: Paris (+1,18%), Amsterdã (+0,3%), Madri (+1,65%) e Londres (+0,43%).

VOE PERNOD, BIOMERIEUX E DIASORIN ATÉ O TOPO

A Pernod Ricard, +3,4%, é a melhor blue chip europeia no dia da publicação dos dados do ano fiscal. A empresa de bebidas espirituosas, que voltou aos níveis pré-pandemia nos últimos meses, acredita que o crescimento não vai parar.

Destaque também em Paris para o salto nos testes diagnósticos da Biomérieux, com alta de 5%. Mesma tendência para Diasorin (+3,7%), no máximo absoluto.

LVMH SAI DO CARREFOUR E COMEÇA INDITEX

A financeira Agache, que pertence à Lvmh, vendeu a totalidade da sua participação no Carrefour, igual a 5,7%: uma operação no valor de 757 milhões de euros.

Também se destacaram a Inditex (Zara), +3,4%, e a Philips, +3,5%.

Na Alemanha, as vendas no varejo caíram muito mais do que o esperado em julho, após dois meses de forte crescimento: é um sinal precoce de que a recuperação liderada pelo consumidor na maior economia da Europa pode perder força no terceiro trimestre. O Departamento Federal de Estatística informou que as vendas no varejo caíram 5,1% mês a mês em termos reais.

SUPER RENDIMENTOS PARA BTPs. GRÉCIA LANÇA UM ANIVERSÁRIO DE TRINTA ANOS

A yield do BTP a dez anos sobe para 0,70%, nos máximos do último mês e meio após um máximo de 0,73%, contra -0,36% do Bund. O spread cai para 106,70.

Do lado da oferta, após os leilões de BTP no final do mês, a Alemanha foi o centro das atenções ontem, com a colocação de 30 anos ofertada por 5,5 bilhões (18 bilhões de pedidos).

A demanda também está crescendo para a Grécia, que novamente durante o período de trinta anos reportou pedidos de mais de 7,3 bilhões.

CAMPARI BRINDE, LEONARDO VOANDO ACIMA DAS SETE

Leonardo esteve bem (+2,26%), que “ultrapassou a fasquia técnica dos 7 euros, que desencadeou os encobrimentos.

Na onda do crescimento da Pernod em Paris, a Campari está em alta (+1,92%). Graças à formidável recepção de Campari e Aperol Spritz. “A concorrência da Lvmh é bem-vinda – diz o CEO Kunze-Concewitz – Prevemos um futuro em grande expansão dos nossos aperitivos”. A Akros confirmou o seu rating acumulado com um preço-alvo de 12,7 euros. Em vez disso, o Intesa Sanpaolo confirmou a classificação de manutenção e o preço-alvo de 10,7 euros. Julgamento também confirmado pelos títulos do Mediobanca, que tem um rating neutro sobre a ação e um preço-alvo de 10,6 euros.

BANCOS E UTILITÁRIOS BOM, CHIPS SEGURA STELLANTIS

 Os bancos foram bem, com o grande Unicrédito subindo 1,4% e o Intesa Sanpaolo 1,1%. Em causa Deputados (+0,2%) aguardam evolução da negociação com o instituto liderado por Andrea Orcel.

Stm refaz (-0,1%) após forte alta na primeira parte da sessão. A emergência do chip desacelera o Stellantis (-0,6%). Venda Pirelli (+1,3%). Entre as concessionárias reguladas, a Terna se recupera (+2,27%), seguida da Italgas (+1,67%) e da Enel (+1,13%). Dinheiro no setor de petróleo. A Eni salta 0,6%, Saipem negativa (-0,9%), enquanto a Maire Tecnimont sobe 0,9%.

AUTOGRILL CONQUISTA BALI. BUSINESS EAST PARA GIGLIO E DBA

No restante da lista, forte resultado da Autogrill (+2,74%) que conquistou um novo contrato para a abertura de mais seis pontos de venda dentro do Aeroporto Internacional de Bali, na Indonésia. Money também na Mediaset (+2,88%).

O Grupo Dba (+8,31%) destaca-se na Aim, que obteve da entidade pública eslovena Arnes, através de concurso, o fornecimento de computadores que implementam os mais avançados padrões de mercado em matéria de eficiência energética. Em detalhe, a tarefa foi confiada à subsidiária Unistar LC doo

O bom momento da Unieuro continua (+3,4%). Por outro lado, a Interpump desacelera (-1,9%). O Grupo Giglio também opera (+3,7%) após o acordo de cooperação exclusivo para a Itália com a Edrone, uma empresa polonesa com sede em Cracóvia, especialista em software de Automação de Marketing para e-commerce.

Grupo Dba brilha na Aim (+8,31%): a empresa venceu o concurso da entidade pública eslovena Arnes para o fornecimento de computadores.

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