De hoje e até o 3 de abril aplicação da lei e a polícia local podem usar drones para controlar os movimentos dos cidadãos no território. A luz verde veio na segunda-feira com uma disposição ENAC, Autoridade Nacional de Aviação Civil. O objetivo da medida é encontrar aqueles que se deslocam sem motivo válido, violando as regras de contraste com o coronavírus.
Isso significa que os municípios equipados com drones poderão usá-los, mas também que os prefeitos poderão nomear operadores privados ou associações para realizar voos de patrulha.
Os drones também podem ser usados pelas autoridades em áreas até então proibidas para esses dispositivos, desde que não voem a mais de 15 metros. Basicamente, o ENAC estabelece que os drones podem ser usados nos casos em que o piloto é capaz de manter contato visual com o dispositivo em todos os momentos.
Na realidade, já vários Municípios de Norte a Sul começaram a usar drones para monitorar as ruas e pegar quem não respeitasse as restrições impostas para conter os contágios.
Segundo dados fornecidos pelo Ministério do Interior, as forças policiais verificaram mais de 157 pessoas em toda a Itália na segunda-feira. Destes, 10,326 foram denunciados porque foram flagrados circulando em desacordo com decretos do governo. Ao todo, 212 pessoas haviam deturpado suas autocertificações.
Drones já haviam sido usados na cidade chinesa de Wuhan, o primeiro surto de coronavírus do mundo. Nesse caso, porém, os aparelhos foram usados para duas outras finalidades: espalhar desinfetante pela cidade e transmitir mensagens de voz à população, para lembrar de sempre usar máscara e lavar as mãos o máximo possível. Na Coreia do Sul, por outro lado, os drones têm sido usados principalmente para fins de controle, como acontece hoje na Itália. Na Europa, os mesmos dispositivos já estão sendo usados para reduzir o risco de infecção por coronavírus na França e na Bélgica.