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Contratos, após 4 anos de acordo Confindustria-sindicatos com o sim da CGIL. Manobra, os bilhetes estão de volta

Após seis horas de negociação, a Confindustria e os sindicatos chegam a um acordo unitário sobre contratos e representação sindical e após 4 anos a CGIL de Camusso também assina. Tremonti segura a manobra e o saldo total em 4 anos sobe para 47 bilhões, mas apenas 2 neste ano e 5 em 2012: reaparecem os tíquetes de saúde.

Contratos, após 4 anos de acordo Confindustria-sindicatos com o sim da CGIL. Manobra, os bilhetes estão de volta

Demorou seis horas, mas finalmente a fumaça branca chegou. A Confindustria e os sindicatos chegaram ontem à noite a um acordo unitário sobre contratos e sindicatos, ao qual também se juntou a CGIL pela primeira vez em 4 anos.

Esta é a passagem crucial do acordo: se um acordo de empresa for aprovado pela maioria dos Rsu (os representantes sindicais unitários) ou do RSA (os representantes sindicais da empresa), as regras passam a valer para todo o pessoal "em vigor do empresa" e vinculam todas as organizações sindicais signatárias do próprio acordo.

Assim, depois de 17 meses – como sublinhou a presidente da Confindustria Emma Marcegaglia – termina o tempo das divisões sindicais e a liderança da secretária-geral Susanna Camusso é fortalecida na CGIL. No entanto, o acordo - por resistência da CGIL - não tem efeito retroativo sobre os critérios previstos em matéria de representação e exigibilidade dos contratos societários.

Ponto que poderia ser aplicado aos acordos Fiat de Pomigliano e Mirafiori, já assinados nos últimos meses após furiosas polêmicas com a ala radical da CGIL, representada pela Fiom. A este respeito, Marcegaglia afirmou que “vamos falar com a Fiat” e que com este acordo “estamos a caminhar para a lógica de tornar os contratos empresariais mais exequíveis e certos”.

Não há dúvida, porém, de que esse é um ponto fraco do acordo e que a resposta de Lingotto ainda está por ser vista. No entanto, a virada também abre uma nova fase na casa sindical e sobretudo na CGIL porque a Fiom terá que se adaptar, sob pena de correr o risco de ser colocada em concordata. O protocolo também estabelece o princípio da trégua para evitar violações e greves, sem efeito retroativo.

Sobre a manobra, que passou de 43 para 47 bilhões, mas dos quais apenas 1,8 este ano, a linha Tremonti se manteve, também graças à disponibilidade do ministro para o diálogo. Amanhã o Conselho de Ministros vai aprová-lo juntamente com a proposta de lei da reforma fiscal, que não prevê cortes imediatos de impostos.

Ainda existem muitos pontos polêmicos tanto na tributação (comerciantes e artesãos não querem o aumento do IVA), quanto no aumento da idade de aposentadoria das mulheres e no aumento das contribuições dos trabalhadores semi-subordinados. Nos próximos anos, uma enxurrada de tíquetes de assistência médica será acionada. Repressão ao custo da política.

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