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Contas de luz e gás: a Arera impede o derramamento de sangue, mas os aumentos correm

A partir de 1 de outubro, as tarifas de eletricidade e gás vão subir respetivamente 7,6% e 6,1% - Arera volta a bloquear tarifas gerais do sistema

Contas de luz e gás: a Arera impede o derramamento de sangue, mas os aumentos correm

A Arera bloqueia novamente as cargas gerais do sistema para evitar o aumento dos custos. “Para fazer face aos fortes aumentos dos preços das matérias-primas energéticas e dos preços grossistas da eletricidade e do gás que atingiram níveis recorde em Itália e na Europa, para a eletricidade a Arera decidiu renovar o bloqueio das tarifas gerais do sistema”.

É o que se pode ler na nota da Autoridade Reguladora. Após a paragem no final de junho, a Arera decidiu adiar o aumento das contas por mais um trimestre de forma a conter a despesa com os consumidores de eletricidade, domésticos e não domésticos, em cerca de mil milhões de euros (para todo o ano de 2018), para o benefício dos mercados livres e protegidos.

Na base das tensões que caracterizam o mercado energético estão vários fatores: desde o aumento dos preços das matérias-primas (gás e carvão +13% e +12% no trimestre) ao aumento dos preços do gás transportado por via marítima (GNL) nos mercados asiáticos (+22% - em Euros - face ao segundo trimestre de 2018).

Destaca-se ainda o crescimento sem precedentes do preço das licenças de emissão de dióxido de carbono (CO2, +29% nos últimos três meses face ao trimestre anterior) e as limitações e incertezas associadas ao encerramento total ou parcial de 22 dos 58 reatores nucleares na França, para manutenção ou limitações no uso de água para resfriamento dos sistemas devido às altas temperaturas do verão.

Devido a estes fatores, segundo os dados, “o preço da bolsa de eletricidade italiana (PUN) aumentou cerca de 29% face ao segundo trimestre de 2018, descontando também a quebra da produção hidroelétrica e as temperaturas acima da média sazonal no mês”. de setembro. Acresce que as cotações nos mercados de futuros para o quarto trimestre não apresentam indícios de inversão da atual tendência ascendente”, lê-se na nota da Autoridade.

Apesar do bloqueio, porém, o gasto com energia ainda vai aumentar. Em detalhe, a partir de 1 de Outubro, o gasto energético da família tipo1 sob protecção vai registar um aumento de 7,6% para a electricidade (+1,5 cêntimos €/kWh) e 6,1% para o gás natural (+4,78 cêntimos €/Scm) face ao gasto em o terceiro trimestre.

“Relativamente à eletricidade, a despesa (antes de impostos) da família típica no ano deslizante 2 (entre 1 de janeiro de 2018 e 31 de dezembro de 2018) será de 552 euros, com uma variação de +6,1% face aos equivalentes 12 meses do ano anterior. (1 de janeiro de 2017 – 31 de dezembro de 2017), correspondendo a um acréscimo de cerca de 32 euros/ano. No mesmo período, a despesa do agregado familiar típico com a fatura do gás será de cerca de 1.096 euros, com uma variação de +5,9% face aos 12 meses homólogos do ano anterior (1 de janeiro de 2017 - 31 de dezembro de 2017), correspondendo a cerca de 61 euros/ano”, conclui a Arera.

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