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SÉRIE A - Milan sorri pela metade: primeiro acende e depois apaga, igual a Toro (1-1)

SÉRIE A - Os rossoneri jogam bem na primeira parte e marcam por Bacca, mas depois cedem o gol de empate de Baselli e fecham mesmo arriscando a zombaria do ex-Maxi Lopez. Mihajlovic: "Falta-nos personalidade: jogámos bem até ao golo e depois parámos"

SÉRIE A - Milan sorri pela metade: primeiro acende e depois apaga, igual a Toro (1-1)

Um meio sorriso. Assim como o desempenho do Milan: bom e convincente até a vantagem do Bacca, feio e instável na meia hora restante de jogo. Assim sai um empate contraditório do Olimpico de Turim, não tanto pelo resultado (que, na véspera, teria sido bem recebido) mas pelas formas como chegou. Se a nível táctico houve grandes melhorias, do ponto de vista mental já não se pode dizer o mesmo: a equipa joga discretamente, depois, às primeiras dificuldades, apaga a luz. “Tenho sempre que dizer as mesmas coisas – comentário desconsolado de Mihajlovic. – Jogamos bem até o gol, depois paramos. Não arriscamos quase nada, depois sofremos o gol no primeiro lance. Falta-nos personalidade, temos de aprender a gerir os jogos."

Mais uma vez o sérvio não se escondeu, por outro lado a classificação deixa pouco espaço para diversas justificativas. O décimo primeiro lugar (e a Juve poderia colocar a flecha hoje) está longe de suas ambições iniciais, mas pelo menos o desempenho de ontem pode levar a um pouco mais de otimismo. Aliás, Mihajlovic pode ter encontrado o cerne da questão com o 4-3-3, que permitiu conter o Torino e criar um bom número de oportunidades de golo. “Reitero que não são as formações que ganham os jogos mas devo dizer que fomos muito compactos – a análise pós-jogo. – Defendemos-nos tão bem que não pensei que fosse sofrer um golo: infelizmente, porém, o período não é dos melhores…”.

Durante uma hora farta vimos AC Milan de sobra: curto, compacto e corajoso, no estilo perfeito de Sinisa. O que faltou na primeira parte foi sobretudo a incisividade na área, com Luiz Adriano perdido e Cerci prisioneiro da sua inexplicável involução. No início do segundo tempo, a jogada que parecia dar a virada: saiu o brasileiro e entrou o Bacca, deixado parado após a viagem intercontinental. Mas o colombiano logo demonstrou que descartou o fusível ao sacar a assistência de Bertolacci, para uma vantagem que explodiu a torcida do Milan (63'). Uma partida em declive também porque Torino, até então, era quase inexistente.

Então, conforme o (mau) hábito, a metamorfose em negativo. As granadas se lançaram no ataque e o Diabo, que chegou perto de dobrar com o próprio Berry pouco antes, voltou a mergulhar em seus medos. Aos 73 minutos, Baselli cobrou assistência de Belotti e matou Diego Lopez (longe de ser inocente) na trave: 1 a 1 e bola no centro. Na final, o Toro esteve perto de um sensacional 2 a 1 com Maxi López, anulando assim o bom desempenho dos rossoneri na primeira parte da partida. "Vamos sair desta situação, o campeonato ainda é longo e a recuperação da Lazio prova isso" comenta Mihajlovic. Porém, mais do que certeza, cheira a esperança. 

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