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Bolsa: chuva de dividendos no Milan

Bolsas de valores incertas na Ásia – Duelo final sobre a Grécia – Tsipras escreve a Lagarde: “Não vamos conseguir pagar em junho” – Itália: depois do boletim S&P vem o desembolso extra para pensões – Piazza Affari subiu 23% desde o início do ano – O IPO de Zanetti está chegando – Títulos Maxi para Atlantia – Mps: últimos movimentos antes do aumento – Começa uma semana quente para Telecom.

Bolsa: chuva de dividendos no Milan

Uma semana financeira pobre em compromissos macro se abre sob a bandeira da incerteza. A crise grega pesa, agora perto do fim da linha. A preocupação com a desaceleração da economia americana paira sobre as bolsas de valores, destacadas na sexta-feira tanto pela queda inesperada da produção industrial quanto pela queda na confiança do consumidor. Os sinais de recessão também chegam da China: em abril, o índice de preços das casas novas caiu fortemente (-6,1%). O índice Nikkei em Tóquio subiu 0,4%. As bolsas chinesas contrastaram: Hong Kong em baixa (-0,7%), Xangai pouco acima da paridade. O dólar está fraco, sendo negociado a 1,1428 em relação ao euro. 

CONSULTORIA DO BANCO CENTRAL SOBRE TAXAS. MINUTOS DE ALIMENTAÇÃO EM BREVE

A temporada de cortes de juros está chegando ao fim? Depois de duas semanas de elevada tensão nos mercados obrigacionistas, os banqueiros centrais vão reunir-se dentro de alguns dias em Sintra, Portugal, por ocasião da cimeira que todos os anos reúne, sob a égide do BCE, representantes da Fed, do Banco de Inglaterra e de institutos asiáticos. O aumento das taxas de mercado está sob observação, impulsionado tanto pelos rendimentos dos Bunds alemães quanto pelos títulos dos EUA. O BTP de dez anos recomeça de 1,76% marcado na sexta-feira.

A reunião será precedida de algumas indicações importantes: quarta-feira, haverá a publicação da ata da última reunião do Fed, útil para entender as reais crenças dos líderes de Washington. Janet Yellen falará na sexta-feira. Após garantias de Mario Draghi, Yves Mersch, membro do BCE, disse também que o está a funcionar bem e não se prevê a sua interrupção em setembro. 

Entre os macrotemas mais importantes da semana estão os dados do PMI da China e do Japão, ambos em desaceleração. Na Europa, destacam-se a confiança do consumidor e os dados de inflação da UE.

CARTA DE TSIPRAS AO FUNDO: EM JUNHO NÃO PODEREMOS PAGAR

No entanto, o fator desconhecido mais urgente e dramático nos mercados continua sendo a situação grega. Alexis Tsipras, numa carta à diretora-geral do FMI Christine Lagarde, fez saber que, na ausência de novos fundos provenientes da UE, "em caso algum" a Grécia poderá pagar as próximas tranches da dívida para com o Fundo Monetário. De Washington responderam que, se não houver notícias, será inevitável que o Fundo retire os recursos já disponíveis para Atenas. 

Nesta altura, a cimeira de Riga marcada para quarta-feira e para a próxima quinta-feira será decisiva. A situação, porém, parece estar em alto mar. Segundo rumores, Atenas está se preparando para apresentar uma longa lista de aumentos de impostos, mas nenhuma ação sobre pensões ou funcionários públicos. De Berlim, o vice-primeiro-ministro social-democrata Sigmar Gabriel reiterou que, enquanto se aguardam compromissos mais rígidos, não haverá ajuda. Enquanto isso, a Fitch confirmou a classificação CCC dos títulos gregos. 

ITÁLIA, APÓS A VOTAÇÃO DO S&P, O PAGAMENTO EXTRA DAS PENSÕES

Esta manhã, os mercados avaliarão o relatório da S&P para a Itália na sexta-feira: classificação BBB-, perspectiva estável. A evolução da economia nos últimos meses depende quase inteiramente de fatores externos (ver Qe), e está comprometida pelos desembolsos com pensões na sequência do despacho da Consulta. O foco está, portanto, nas decisões do governo. 

O primeiro-ministro Matteo Renzi antecipou a solução via TV: 500 euros chegando para 4 milhões de aposentados, ou seja, para quem ganha menos de 3 mil euros. O custo da operação, de 2,2 bilhões, será coberto pelos 2 bilhões já destinados a medidas antipobreza. 

A AÇÃO DO MILAN DESDE O INÍCIO DO ANO SUBIU 23%

A Bolsa de Milão foi a única da Europa a fechar a semana em terreno positivo (+0,7%). O desempenho acumulado no ano é de +23%. Orçamentos no vermelho em vez de Paris (-1,9%) e Frankfurt (-2,3%). O índice Eurostoxx 600 encerrou a semana com queda de 0,8%.

CHUVA DE DIVIDENDOS NA PIAZZA AFFARI

Enquanto isso, hoje é o grande dia de dividendos na Piazza Affari. Dezenas de empresas listadas destacam o cupom, incluindo, na cesta Ftse Mib, Ansaldo (0,15), Atlantia (0,445), Azimut (0,78), Bper (0,02), Bpm (0,022), Buzzi (0,05), Campari (0,08), Enel Green Power (0,032), Eni (0,56 no balanço), Generali (0,6), Intesa (0,07 0,081 ou d. 1,44 economia) Luxottica (0,02) Mediaset (0,12), Moncler (0,367), Pirelli (0,431 ord, 0,05 resp.), Saipem (0,42), Ferragamo 0,25), Snam (0,3), Tenaris (2 dólares de saldo) Tods, (0,12 euros), Unicredit (1,065 ord. 0,08 resp.), Ubi (XNUMX). 

Entre os mid caps, no entanto, Anima (0,167), Banca Generali (0,98), Banca Popolare di Sondrio (0,06), Brunello Cucinelli (0,12), Cattolica (0,35), Credem (0,15), Diasorin (0,6), Erg (0,5), Italcementi (0,09), Parmalat (0,016), Rai Way (0,1234), Sias (0,18 0,11), Sol (XNUMX. XNUMX). 

Por fim, entre as Estrelas, Amplifon (0,43), Banca Finnat (0,01), Biesse (0,36), Bolzoni (0,035), Brembo (0,6), Cembre (0,36), Cementir (0,1), Ei Towers (1,1), Igd (0,0375), TerniEnergia (0,065), Txt Solution (0,25 + 1 ação a cada dez grátis).

O IPO ZANETTI ESTÁ CHEGANDO. MAXI BOND PARA ATLANTIA

Várias operações no local esta manhã: 

– começa a oferta do título pela Autostrade per l'Italia (grupo Atlantia);

– inicia-se o IPO do grupo Massimo Zanetti, do qual 36,5% do capital será colocado (grande parte dos recursos é usada para reembolsar a Banca Intesa um empréstimo atendido para aquisições concluídas em 2014);

– Banca Carige agrupa as ações: uma nova ordinária e poupança para cada 100 em circulação. 

MONTE PASCHI, ÚLTIMOS MOVIMENTOS ANTES DO AUMENTO

Grandes manobras em torno de Monte Paschi, aguardando o lançamento do aumento de capital de 3 bilhões previsto para segunda-feira, 25 de maio. Hoje haverá um agrupamento de ações: 1 para cada 20 em circulação. A aprovação do Consob também pode chegar. O preço do aumento será fixado pelo Conselho de Administração na quinta-feira. A operação será realizada sob a direção de um consórcio liderado por UBS, Citi, Goldman Sachs e Mediobanca que apresentará a operação ao mercado nestes dias. 

Entre os acionistas que participam do hard core do banco, Fintech (4,5%) e Btg Pactual (2%), além de Alessandro Falciai (1,7%) e Axa (3,7%) garantem subscrição. Ainda em dúvida a Fundação Mps, que deve investir 75 milhões para manter sua participação de 2,5%. 

Mas o aumento, que vai permitir o reembolso da última tranche (um bilião) da ajuda estatal, não põe fim à emergência: o BCE ordenou o encerramento do jogo Alexandria, o derivado com a Nomura, por 4,7 mil milhões até 26 de junho. 

O objetivo da cúpula é poder contabilizar o contrato sem multa e/ou chegar a um acordo com o banco japonês. Será a última missão de Alessandro Profumo antes de se despedir da presidência. Provavelmente não será ele quem negociará as condições de uma fusão com algum banco (ver Ubi) como sempre pede o BCE. 

TELECOM, COMEÇA UMA SEMANA QUENTE

Começou a contagem regressiva para a dissolução da Telco e o consequente ingresso da Vivendi na estrutura acionária da Telecom Italia. Entretanto, porém, o mercado é chamado a precificar a notícia da confirmação da multa de 103,8 milhões aplicada ao ex-incumbente pelo Antitruste por abuso de posição dominante.

O jogo da banda larga é sempre atual. Após os rumores sobre o plano da Enel e o envolvimento da Terna, na sexta-feira a A2A também se dispôs a colaborar em um projeto de instalação da fibra. 

FCA, NOVO REEMBOLSO DE TÍTULOS DA CHRYSLER

A Fiat Chrysler pagou US$ 2,875 bilhões em títulos de 2019 emitidos pela subsidiária de Detroit antes da fusão. Agora só faltam os títulos com vencimento em 2021. Uma vez quitadas as antigas dívidas pendentes nos próximos meses, a FCA recuperará a plena liberdade de ação no mercado de títulos norte-americano, necessária para financiar o plano de investimentos do grupo a partir da próxima decolagem do projeto Alfa, prevista para 24 de junho em Arese. 

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