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Contas: eletricidade sob controle, gás +2,3%

A atualização tarifária decidida pela Autoridade de Energia tem início a 1 de janeiro e diz respeito ao primeiro trimestre de 2019. A eletricidade manteve-se estável graças à queda do preço do petróleo que permitiu também a reativação dos encargos do sistema. Gás é afetado por maior demanda no inverno e atualização de tarifas (+1%)

Contas: eletricidade sob controle, gás +2,3%

Os gastos com eletricidade não aumentarão no primeiro trimestre de 2019. De fato, haverá um leve queda na fatura para a família típica - que regista um consumo médio de electricidade de 2.700 kWh por ano - com uma variação da despesa global de -0.08% face ao trimestre anterior, conforme refere a nota oficial da ARERA, Entidade Reguladora das Redes de Energia e Ambiente.

Esta variação deve-se a uma diminuição “na componente de custos de aquisição de matérias-primas (-5,32% da despesa do cliente típico). No entanto, a redução foi compensada por um aumento nas despesas com taxas de sistema de +5,% e nas tarifas de transporte e gestão de contadores, de +0,24%.

A quebra da componente de matéria-prima para a electricidade é determinada por vários factores, entre os quais se destacam: a queda dos preços internacionais das commodities energéticas após o forte crescimento registado nos meses de verão, a consequente redução do preço do gás natural - reforçada pela maior disponibilidade de oferta de gás liquefeito na Europa – e a travagem da tendência ascendente dos preços das licenças de emissão de CO2 que, no entanto, continuam a sofrer uma volatilidade acentuada, também por efeito do excesso de oferta que o mercado ainda não reabsorveu.

Já no gás, a partir de 1 de janeiro haverá um aumento da fatura de +2,3%, associado à dinâmica das cotações nos mercados grossistas e ao aumento dos preços gerais do gás.

Para o gás natural, o aumento das despesas com matérias-primas (+0,9% das despesas do agregado familiar típico) associado aos preços esperados nos mercados grossistas no próximo trimestre, é acompanhado por um aumento de encargos gerais, esperado em +1%, e um ligeiro reajuste das tarifas de transporte, distribuição e medição – +0,4%.

Para a eletricidade, a despesa estimada, bruta de impostos, para a família típica no ano corrente – entre 1 de abril de 2018 e 31 de março de 2019 – será de 560,2 euros, com uma variação de +4,7% face aos equivalentes 12 meses do ano anterior ano e correspondendo a um acréscimo de cerca de 25 euros/ano. No mesmo período, o custo médio do agregado familiar com a fatura do gás será de cerca de 1.150 euros, com uma variação de +10% face aos equivalentes 12 meses do ano anterior, correspondendo a cerca de 105 euros/ano.

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