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Bancos, o pesadelo dos aumentos de capital

Quanto ao Pop Vicenza, o Atlante também deve intervir no aumento do Veneto Banca após o resultado decepcionante das adesões que alarmam o Banco Pop e o Unicredit – Poste: depois do verão 29,7% do Tesouro está na bolsa – maio positivo para o estoque exchanges, mas não para Milão – Amazon ultrapassa Facebook – Brexit: sim à frente, libra em baixa.

Bancos, o pesadelo dos aumentos de capital

Piazza Affari fechando a retaguarda, Wall Street em alta pelo terceiro mês consecutivo. Dólar (+2,6% face ao euro) e petróleo (+3,8%, após +21% em abril e +11% em março), recuo do ouro (-6% no mês). Assim fecharam os mercados financeiros o mês de maio que, depois de suscitar receios pelo pior, terminou sem grandes estragos.

A Bolsa italiana, mais uma vez graças à crise bancária, sofreu uma queda de 2,5% no mês, que reduz para um mais modesto -0,3% se levarmos em conta o descolamento dos dividendos. Mas o resultado continua sendo o pior: Frankfurt registra maio com ganho de 2,3%, em Nova York o S&P 500 sobe cerca de 2%. Desde o início do ano, a perda é de 15%.

Mesmo junho, apesar do otimismo na frente de sofrimento mostrado por Ignazio Visco nas Considerações Finais do Banco da Itália, promete ser problemático: o aumento do Veneto Banca está a revelar-se um fracasso, nuvens ameaçadoras pairam sobre a operação do Banco Popolare, a tensão aumenta entre os acionistas da Unicredit.

JAPÃO: O AUMENTO DO IVA CANCELADO, SERÁ NOVAMENTE EM 3 ANOS

Enquanto isso, os mercados lidam com dados conflitantes da economia real. Dupla leitura na China para o índice PMI, que sinaliza a tendência de compras empresariais: o número oficial é de 50,1 pontos, um fôlego acima da fronteira entre crescimento e estagnação. Mas para o autoritário Caixin, a barra para em 49,2. A Bolsa de Valores de Xangai está estável, ainda em alta Shenzhen (+0,9%): crescem as expectativas para a possível entrada das ações A-Shares no índice Morgan Stanley Global.

Os dados que chegam do resto da Ásia são contraditórios: a economia da Coreia do Sul está ganhando velocidade, Taiwan está sofrendo. O Japão, apesar da contração (investimentos -4,2% no primeiro trimestre), se sai melhor do que o esperado. No entanto, a Bolsa de Valores de Tóquio (-0,5%) cai no vermelho após cinco dias de alta. O iene subiu ligeiramente.

Esta manhã, o primeiro-ministro Shinzo Abe fez o anúncio mais esperado: o aumento do IVA, já previsto para o próximo mês de abril, será adiado para outubro de 2019.

O CONSUMO DOS EUA AUMENTA. AMAZON SUPERA O FACEBOOK

A sessão de Wall Street também foi condicionada pelos numerosos dados macro recebidos. No final, graças à desaceleração do setor de energia (índice setorial -0,56%), as cotações caíram: S&P -0,4%, Dow Jones -0,7%. O Nasdaq ficou praticamente inalterado (-0,03%), apoiado pela Apple. Ao longo de maio, a Apple recuperou 6,5% após a queda do trimestral. Enquanto isso, a capitalização da Amazon (340,03 bilhões de dólares) ultrapassou ontem a do Facebook (339,95 milhões).

Os holofotes agora estão voltados para os números que serão divulgados até sexta-feira, decisivos para avaliar a orientação do Fed: o índice ISM, que detecta a evolução da atividade manufatureira, das vendas de automóveis em maio e, ainda mais, da tendência de contratações no setor privado (amanhã) na pendência dos dados globais sobre o mercado de trabalho (na sexta-feira). A probabilidade de um aumento em 2 semanas é esperada por 24% dos traders, no mínimo por 2 semanas. Por outro lado, a probabilidade de movimento do FOMC em 50 de julho permanece acima de 27%.

A incerteza sobre o vigor da recuperação justifica a prudência do mercado. O dado mais forte diz respeito à evolução do consumo, que registrou o maior crescimento desde agosto de 2009. O índice de confiança do consumidor elaborado pelo Conference Board, por outro lado, registrou queda em maio para 92,6 de 94,2 em abril, o consenso esperava uma aumentar para 96,1. Dois indicadores de atividade econômica na região de Dallas e Chicago também estão abaixo das expectativas. O núcleo da inflação está estável (1,6%).

PESQUISAS PARA BREXIT, libra esterlina cai

Um dia marcado por quedas ontem também nas principais bolsas europeias, com volumes negociados que continuam em níveis baixos. A divulgação de duas pesquisas que davam os partidários da saída da Grã-Bretanha da UE contribuiu para agitar as coisas durante a tarde. O efeito Brexit, além de deprimir a libra (-1,1%) e em menor grau o euro, favoreceu a recuperação dos títulos do governo na área “core”. Paris fechou em -0,5%, Frankfurt em -0,7% e Londres em -0,6%. A pior Bolsa, condicionada pelas vendas do setor bancário, foi a de Milão: -1,5%, o índice Ftse Mib fechou em 18.025 pontos.

PARA BUND E BTP O OSCAR DO MÊS

Os títulos de dívida, setor vencedor em maio, não se movimentaram muito; no mês o Bund a 1,2 anos ganhou 1%, o BTP também manteve o ritmo (+10%). A evolução dos títulos do governo grego foi surpreendente graças ao acordo com os credores (+0,3%). Por outro lado, os títulos do Tesouro dos Estados Unidos desaceleraram: a expectativa de alta das taxas fez com que o título de XNUMX anos perdesse XNUMX%.

O ESPECTRO DO VENETO BANCA ASSUSTOU OS BANCOS

O grande prejudicado na tabela de preços da Piazza Affari continua sendo o setor de crédito. Na realidade, a julgar pelas novas perdas do Deutsche Bank ontem -2% (-29% desde o início do ano) o mal-estar é geral: o índice Eurostoxx Banks cai mais de 2%.

Mas paira sobre a Piazza Affari o pesadelo dos aumentos de capital, necessários para responder aos pedidos do BCE. Após o fracasso do Popolare di Vicenza, o mercado agora está lutando com o resultado igualmente decepcionante da operação do Veneto Banca; as subscrições do mercado à operação (mil milhões) são praticamente nulas, apesar do preço de emissão de 0,10 euros. Mais uma vez, como em Vicenza, o fundo Atlante terá que socorrer, adquirindo pelo menos 75% do capital. O restante, se tudo correr bem, poderá ser comprado pelos atuais acionistas, permitindo assim a criação de um free float suficiente para admissão na Piazza Affari. Por ora, porém, a incerteza permanece soberana mesmo neste ponto.

O espectro de uma nova falência paira sobre o destino do Banco Popolare (-7,3%), às vésperas do aumento necessário antes da fusão com o Popolare di Milano (-4,8%). Banca Veneto é a pior blue chip em 2016: -65%.

O resto do setor também está em declínio acentuado. Monte Paschi rende 3,8%, apesar do CEO Fabrizio Viola ter dito que o Banco está avaliando ofertas não vinculativas para vender um pacote de empréstimos malparados por 200 milhões. O Mediobanca também caiu (-2,8%), que também negou a compra de ações do Veneto Banca, assim como o Ubi (-4%). Até o Intesa, que transferiu o ônus de garantir o aumento do banco de Montebelluna para o fundo Atlante, deixa 3,2% sobre a mesa.

Enquanto isso, a Unicredit (-4%) aumenta a inquietação dos investidores internacionais com os métodos escolhidos para a busca do sucessor de Federico Ghizzoni. Enquanto isso, a Allianz decidiu mudar sua representação no Conselho: sai Helga Jung, substituída por Sergio Balbinot. Manfred Bischoff também renunciou "por motivos pessoais". "Não sou absolutamente candidato a presidente", disse entretanto a economista Lucrezia Reichlin. Os analistas do Equita Sim (presidido por Alessandro Profumo) afirmam que um aumento de capital de pelo menos 5 bilhões de euros é a única opção realista para elevar o CET1 do banco acima de 12%.

Entre as muitas reduções, destaca-se a exceção Carige (+3%): o Conselho de Administração preparou as linhas orientadoras do novo plano de negócios a apresentar hoje ao BCE.

DEPOIS DO VERÃO, OFERTA DE 29,7% DA POSTE: VALORIZA 2,7 BILHÕES

Em baixa Todas as sociedades gestoras de activos em baixa, com destaque para a Anima (-3,8%). A Poste Italiane também foi fraca (-0,07%), o que promete ser um formidável concorrente dos bancos na corrida para arrecadar o dinheiro dos investidores. Ontem, aliás, um decreto do Conselho de Ministros autorizou a venda dos 29,7% restantes nas mãos do Tesouro após a passagem de 35% da empresa para a CDP. As ações serão ofertadas na Bolsa a partir do verão: arrecadação esperada entre 2,7 bilhões (valor atual de mercado) e 3,2 bilhões.

BLUE CHIPS FRACAS, S&P PROMOVE LUXOTTICA

As outras fichas azuis estão abaixo do par. Petróleo e serviços públicos fracos: Eni -1,1%, Saipem -1,6%, Enel -0,6%, A2A +0,1%. Entre os industriais, a Cnh Industrial se recuperou (+1%). Fiat-Chrysler +0,1%. Leonardo (-1,2%) e StM (-1,5%) estão em baixa. A S&P revisou para cima a perspectiva da Luxottica (-1,42%) para 'positiva' de 'estável' graças aos "sólidos resultados alcançados pelo grupo em termos de geração de caixa". Classificações A/A-2 confirmadas.

RECORDATI GO SHOPPING. VOLANTE ISAGRO E DIGITAL BROS.

As multinacionais de bolso do nosso país brilham na lista. O Óscar vai sem dúvida para a Recordati (+0,04%), uma das melhores ações da Piazza Affari (+88% no ano passado). A farmacêutica adquiriu o controlo da Italchimica numa transacção de 130 milhões de euros financiada integralmente com dinheiro da empresa.  

A Digital Bros salta 24% para 7,10 euros, o valor mais alto desde janeiro: 700 ações trocadas de mãos, a maior quantidade dos últimos dois anos. A empresa de jogos eletrônicos anunciou a venda dos direitos do Payday para a Starbreeze AB e espera que o negócio até 30 de junho de 2016 gere receitas consolidadas mais altas de € 25,5 milhões, bem como lucro bruto maior de € 22,5 milhões. 

A Isagro também está voando (+7%). A empresa de agrofarmacêuticos (tanto de origem química como biológica), anunciou que a sua biossolução ECODIAN SL obteve autorização para comercialização na Itália do Ministério da Saúde.

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