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Assifact, pagamentos atrasados ​​Pa custam 0,33% do PIB

As empresas têm créditos de abastecimento da Administração Pública no valor de cerca de 90 mil milhões de euros – Os atrasos de pagamento são em média 90 dias: o prazo médio de cobrança aumentou assim para 180 dias – Se o Estado italiano tivesse pago as suas dívidas em 30 dias o benefício teria foram 5,3 bilhões, 0,3% do PIB

Assifact, pagamentos atrasados ​​Pa custam 0,33% do PIB

Para além das iniciativas governamentais, como podemos intervir para resolver o problema dos atrasos de pagamentos da Administração Pública que pesam sobre as empresas, ainda mais nesta fase recessiva da economia? A indústria de factoring elaborou suas propostas, apoiadas durante a mesa redonda Negócios e pagamento de dívidas da Administração Pública: intervenções no sistema e contribuições de factoring, coordenado pelo gerente geral da Ifitalia Massimo Ferraris, que aconteceu esta manhã em Milão por ocasião da reunião anual da Assifact, a associação que reúne os operadores do setor.

De acordo com as últimas estimativas, as empresas têm créditos de abastecimento da Administração Pública num valor total próximo dos 90 mil milhões de euros. Os atrasos de pagamento são em média de 90 dias: o prazo médio de cobrança aumentou para 180 dias. Um estudo recente da Finest, uma rede de economistas europeus, calculou o custo social e econômico desse atraso: se em 2011 o Estado italiano tivesse pago suas dívidas em 30 dias, conforme indicado pela regulamentação da UE, o benefício geral para a economia seria foram de 5,3 bilhões, equivalentes a 0,33% do PIB.

Mas os atrasos da Administração Pública – reiterou-se – não decorrem apenas dos desequilíbrios estruturais das contas públicas e da estratificação da dívida ao longo dos anos.

São também efeito de deficiências organizacionais, de ineficiências operacionais e processuais, de regras caóticas ou em conflito com a legislação europeia. Sem contar – sublinhou – o enraizamento generalizado de maus hábitos de pagamento impostos graças ao poder negocial da Administração Pública, a que estão especialmente sujeitas as pequenas e médias empresas.

Para melhorar esta situação através da atribuição de créditos com fórmula de factoring, vantajosa para as empresas face ao crédito bancário, Assifact propõe:

1) ferramentas para melhorar os prazos de cobrança das empresas, ao mesmo tempo que permitem à Administração Pública gerir de forma mais racional as suas contas a pagar e explorar economias de escala;

2) formas de liberalização dos procedimentos relativos aos créditos devidos pelas empresas à Administração Pública, com vista a favorecer o desinvestimento dos próprios créditos e assim contribuir para a resolução dos problemas financeiros das empresas;

3) eliminação de algumas anomalias importantes que estão na origem dos atrasos de pagamento e do comportamento pouco ortodoxo da Administração Pública.

O recurso ao sistema financeiro e em particular ao factoring já foi escolhido, com os mesmos objectivos, pelo governo espanhol: foi o que testemunhou durante a mesa redonda Josep Selles, gerente geral da Eurofactor Hispania e membro do comitê executivo da AEF-Associaciòn Espanola de Factoring, que ilustrou as disposições adotadas em Madri para acelerar o pagamento das dívidas comerciais da administração ibérica.

Uma perspectiva positiva para o sistema finalmente veio de Domingos Casalino, director-geral da Consip, empresa do Ministério da Economia e Finanças que tem por missão racionalizar as compras da Administração Pública. Casalino falou do papel do Consip na preparação de uma plataforma eletrónica que vai favorecer o procedimento de certificação, necessário para simplificar a transferência de créditos da própria Administração Pública, conforme indicam os decretos governamentais de maio passado.

No final da mesa redonda havia oMontagem do Assifact. Os dados foram examinados sobre a evolução do factoring nos primeiros cinco meses de 2012. Após o crescimento muito forte em 2011, a 31 de maio de 2012 o volume de negócios (volume de negócios acumulado) foi de 65,057 mil milhões de euros, com um novo crescimento de 3,57% face ao mesmo mês do ano anterior. O valor dos empréstimos por liquidar é de 48,40 mil milhões de euros (+3,57%), enquanto os adiantamentos e contrapartidas pagos aumentaram 6,25% para 36,64 mil milhões.

A Itália continua a ocupar as primeiras posições no ranking do factoring mundial, que em 2011 registou um verdadeiro boom, como confirmam os últimos dados divulgados hoje pela Assifact: o total mundial ultrapassou os 2000 mil milhões de euros (2.015,413), com um aumento de 22,28% em relação a 2010.

A Diretoria da Assifact designou Massimo Ferraris como presidente da Associação para o biénio 2012-2014.

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