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Vuelta: Sierra Nevada coroa López

Nas montanhas, o camisa vermelha Froome ganha mais 6 segundos sobre Nibali - Contador ainda no ataque cede na final - Zakarin segundo 26" atrás de Lopez ultrapassa Kelderman em terceiro lugar - Amanhã, após o descanso de hoje, o contra-relógio de 40 km é programado com o favorito de Froome sobre os outros grandes nomes

Vuelta: Sierra Nevada coroa López

Sierra Nevada quase não muda nada entre Froome e Nibali no topo da classificação, mas um graduado com mestrado Miguel Angel Lopez, um predestinado a ser falado no topo do ciclismo mundial. As comparações com campeões do passado que desabrocharam para o grande público aos vinte e poucos anos são sempre difíceis e incertas, mas este colombiano, que se revelou na Volta à Suíça vencida em 2016, tem tudo para ser protagonista nos próximos grandes circuitos. Poderosa subida com um ritmo que nesta Vuelta ninguém, nem mesmo Froome, parece conseguir aguentar, Lopez depois de ter destacado toda a gente no Observatório de Calar Alto fez um bis extraordinário a 2.510 metros na Sierra Nevada, escalando outros lugares em os dez primeiros que o colocam agora em sexto a 2'51” de Froome, bem à frente do seu “capitão” Fabio Aru, o piloto em quem Astana apostou tudo para a vitória final.

A etapa, curta mas dura como poucas com mais de 3.500 metros de altitude para subir, começou nas rampas do Alto de Purche, a segunda aspereza do dia, praticamente uma antecâmara da subida final: mais uma vez foi Alberto Contador, que partiu para o ataque quando ainda faltavam 22 km, levando vantagem sobre os outros grandes nomes que logo se aproximaram do minuto. Só Lopez estava pronto para seguir o Pistolero, que uma semana depois de sua despedida das corridas estava tentando quebrar o banco na Vuelta, incendiando a torcida espanhola. Começou um final de etapa pulsante: na frente estava Adam Yates que havia destacado Romain Bardet depois dos outros companheiros da fuga nascida no sopé da primeira colina, o Alto de Hazallanas. 

Contador deu show, Lopez não foi diferente. Os dois logo fisgaram Bardet sem obter nenhuma cooperação dos franceses, e sim no anzol. Atrás, Froome não mostrou sinais de reação subindo sem solavancos. Para alterar o rumo da etapa, que subia numa estrada, larga e sem curvas fechadas, que parecia infinita, foi um sprint certeiro e decisivo de Nibali que saiu cem metros à frente, movimento que alertou Froome que começou a rolar mais forte. Nibali, generoso, mas não imprudente, entendeu que seria um esforço inútil continuar sozinho.

Foi reabsorvido pelo grupo de camisola vermelha tal como à frente de Bardet e logo a seguir a Contador, com falta de oxigénio também devido à altitude bem superior a 2 metros, perdeu as rodas de López, que nasceu nestas altitudes e o ar rarefeito parece exaltar . O colombiano começou a perseguir Yates e o alcançou com facilidade. O inglês tentou acompanhá-lo por alguns metros, pagando tanto pelo esforço que se plantou e acabou sugado para a retaguarda da corrida. Lopez conquistou seu segundo sucesso solo no Alto Hoya de la Mora, que já viu outro de seus compatriotas, Felix Cardenas, vencer em 2003.

Contador foi primeiro adicionado e depois separado do time de Froome, Nibali, Zakarin, Keklderman, Chaves e Aru. O Pistolero, corajoso e orgulhoso como poucos, com a torcida aplaudindo sua passagem, sai derrotado da Sierra Nevada, que sonhava desbravar a poucos quilômetros da chegada.

Fora de jogo de Contador, a etapa triunfante de Lopez vivia os últimos fogos de mais um dia de grande ciclismo com as escaramuças finais entre os grandes nomes com Zakarin que se afastou indo para o segundo lugar 26” atrás de Lopez.

Kelderman terminou em terceiro com 45" embolsando o último bônus de 4" disponível. Dois segundos depois do holandês, Chaves antecipou Froome. Sexto aos 50” foi o canadense Woods, sétimo aos 56” veio Nibali, um tanto surpreso na disputa final. Contador cruzou a linha de chegada logo após Bardet, décimo terceiro a 1'27” de Lopez. Até a Sierra Nevada, como anteontem a Sierra de la Pandera, embora ofereça duas etapas espetaculares, deixa a classificação quase inalterada, embora nesta Vuelta o jogo dos segundos tenha sido decisivo até agora.

E ontem Froome tirou seis de Nibali, agora segundo a 1'01”, enquanto perdia 17 de Zakharin, que entra na área do pódio, e sete de Keldernan que, no entanto, perdeu o terceiro lugar em vantagem para o russo de Katusha. Como já foi dito, quem mais ganhou foi Lopez, que ainda está bastante longe da primazia mas que, com as montanhas a restar antes do mortal Angliru no próximo sábado, começa a ser olhado por Froome, que no entanto tem o seu o contra-relógio de 40 km na terça-feira após o dia de descanso de hoje, etapa que o britânico vai querer explorar ao máximo para ampliar a classificação, ficando cada vez mais perto de acertar a dobradinha do Tour plus Vuelta.

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