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Trabalho: 8 em cada 10 contratos são precários, mulheres ainda penalizadas em termos salariais

Os dados surgem do último Relatório de Coesão Social elaborado pelo Istat, INPS e Ministério do Trabalho - 6,9% da população com graves dificuldades materiais - 14% das famílias são pobres - Salário médio de 1.286 euros, mas os homens ainda ganham 20% mais do que mulheres.

Trabalho: 8 em cada 10 contratos são precários, mulheres ainda penalizadas em termos salariais

A Itália está entre os países europeus com a desigualdade social mais profunda: mesmo 6,9% da população enfrenta sérias dificuldades econômicas. É o que revela o Relatório sobre a Coesão Social elaborado pelo Istat, INPS e Ministério do Trabalho. A fazerem-nos companhia nas últimas posições estão Espanha, Portugal e Grécia. Em suma, mesmo desse ponto de vista, a terrível sigla "Pigs" tem sua razão de ser. No topo do ranking estão a Holanda, Áustria, Finlândia e Suécia, onde a proporção de pessoas em condições de “privação material grave” é inferior a 3%.

Aqui estão os outros principais dados contidos no Relatório e relativos ao nosso país:

NOVAS CONTRATAÇÕES: 8 EM 10 SÃO PRECÁRIAS

O precariado é o senhor indiscutível do mercado de trabalho italiano. Dos 10 novos contratos, oito são de prazo determinado ou de colaboração (precisamente 76,3%). Acresce que, no primeiro semestre de 2011, foram activados mais de 5,325 milhões de vínculos de trabalho assalariado ou semi-subordinado e 67,7% das contratações foram efectuadas com contratos a termo certo, 8,6% com contratos de colaboração e apenas 19% com contratos sem termo. As relações de aprendizagem representavam apenas 3% do total.

Cerca de 14% das pessoas na Itália são pobres e, para famílias numerosas, a situação está piorando. Segundo o relatório de coesão social elaborado pelo Istat, INPS e Ministério do Trabalho, em 2010 existiam 2,734 milhões de famílias em situação de pobreza relativa (11% das famílias residentes), correspondendo a 8,272 milhões de pobres, 13,8% da população .

14% DAS FAMÍLIAS POBRES, NUMEROSAS ESSAS SÃO PIOR

10,2% das pessoas vivem em famílias com baixa intensidade de trabalho, onde menos de 20% do tempo teoricamente disponível é empregado em atividades laborais. Este valor "é também explicado pela convivência prolongada com os pais dos jovens dos 18 aos 34 anos à procura de trabalho". pobreza), enquanto ultrapassa os 2010% para os que vivem em famílias com membros agregados (28% na pobreza absoluta).

SALÁRIO MÉDIO DE 1.286 EUROS, OS HOMENS MAIS RICOS

O salário médio dos italianos é de 1.286 euros, mas as diferenças de gênero ainda são importantes. Os homens continuam a ganhar muito mais do que as mulheres: a média é de 1.407 1.131 euros contra 973 1.118. O salário médio dos estrangeiros é ainda mais baixo, que não ultrapassa os 788 euros líquidos por mês. Além disso, entre os não italianos, a disparidade salarial entre homens e mulheres "é mais acentuada para a população estrangeira, com os homens recebendo em média XNUMX euros e as mulheres apenas XNUMX euros".

NOVAS MÃES: 91% SÃO PERMANENTES

Na Itália, a maternidade está quase sempre vinculada a um contrato permanente. Em 2010, cerca de 380 mil funcionárias usufruíram de licença maternidade compulsória. Entre eles, 91% tinham contrato sem termo, enquanto 58% moram na região Norte. Entre os trabalhadores que tiraram licença parental apesar de não terem trabalho fixo (6,5%), quase três quartos (74%) concentram-se no Sul e nas ilhas.

PARASUBBORDINATOS: UM EXÉRCITO DE 1,7 MILHÕES DE PESSOAS

A população de trabalhadores parasubordinados é de 1,7 milhão de pessoas. São trabalhadores precários com idade média de 42 anos. Em 2010, havia 1,7 milhão de contribuintes dessa modalidade, dos quais 1,4 milhão (85%) eram colaboradores e pouco mais de 250 mil (15%) profissionais. Também neste caso, a componente masculina “predomina (58,7%, cerca de 995 mil) sobre a componente feminina (41,3%, cerca de 700 mil)”. O número de colaboradores diminuiu 1,7% em relação ao ano anterior, enquanto o de profissionais aumentou 3,2%. Os parasubordinados concentram-se nas regiões do Norte (55,4%) e muito menos no Centro (25,9%), no Sul (12,5%) e nas ilhas (6,2%).

 

Para mais informações, leia a nota oficial do ministério.

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