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Tour de France, Froome triunfa: é pôquer

Não há mais vestígios do marciano de 2013, mas duas boas colocações nos contra-relógio foram suficientes para que ele conquistasse seu quarto Tour: a passarela dos Campos Elísios.

Tour de France, Froome triunfa: é pôquer

O contra-relógio de Marselha, que atribuiu definitivamente a quarta Volta a Chris Froome, não trouxe surpresas, tudo de acordo com o roteiro, mas entre os efeitos colaterais deve ter finalmente aliviado um peso de Franco Balmamion, vencedor de duas Voltas à Itália, para superar. fora em 1962 e 1963, mas um piloto quase esquecido e maltratado porque os conquistou sem nunca vencer uma etapa, correndo economicamente, nunca atacando.

A partir de hoje até o velho Franco, piemontês de Nole, poderá dizer que até o grande Froome levou para casa seu quarto Grande Boucle sem nunca vencer uma etapa – ainda falta uma, mas apenas Hinault com a camisa amarela conseguiu prevalecer sobre todos na chegada aos Champs Elysées, uma façanha mais única do que rara. Froome venceu esta edição logo em Balmamion, jogando mais na defesa do que no ataque – não se lembra de ninguém que mereça ser chamado assim. Dois contra-relógio de pouco mais de 33 km no total foram suficientes para o britânico juntar alguns segundos sem exagerar o suficiente para entregar este Tour em suas mãos, onde grandes nomes como Quintana e Contador logo desistiram da classificação.

O vencedor de ontem foi o polonês Maciej Bodnar com um segundo de vantagem sobre seu mais conhecido compatriota Mikael Kwiatkwoski. Para Bodnar é uma recompensa merecida depois do insulto sofrido em Pau, quando foi apanhado pelo pelotão a apenas 200 metros da meta. Froome terminou em terceiro com 6″ no final de uma corrida calibrada nos tempos que Rigoberto Uran estava a afinar, o único que, sendo um bom cronomano, o poderia ter preocupado. Mas o colombiano perdeu 25″ de Froome para terminar em oitavo. A sua é uma prova que, se o distanciar 54″ da camisola amarela, lhe permite tirar Romain Bardet do segundo degrau do pódio. Sua coleção de segundos lugares nas corridas de etapas principais sobe para três após as duas colocações de honra obtidas nos Tours de 2013 atrás de Nibali e em 2014 atrás de Quintana.

Foi o próprio Bardet quem arriscou a saída in extremis da zona do pódio, a favorita da casa, aclamada pelos adeptos do Vélodrome de Marselha, para quem os contrarrelógios evidentemente ainda são muito indigeríveis. Tanto que corre o risco de ser ultrapassado até mesmo por Mikal Landa, agora quarto na classificação geral, apenas um segundo atrás do francês. Aru, já pensando no próximo Tour, defendeu sem esforço seu quinto lugar. No top ten final, merece destaque a enésima prova do orgulho de Contador, que ao se colocar em sexto no contra-relógio a 21″ de Bodnar, ultrapassou Barguil, recuperando o nono lugar da classificação. Última passarela hoje em Paris, a última oportunidade de prestígio para os velocistas restantes na corrida.

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